Quarta-feira, 25 de abril de 2018
Cada dia que passa temos uma certeza maior de que a tendência está se concretizando. Podemos ver isso no nosso cotidiano, onde os artistas estão perdendo espaço para celebridades virtuais em propagandas, eventos, etc. As redes sociais e blogs formaram uma série de influenciadores digitais, movidos pela liberdade de expressão e, muitas vezes, temas que são pouco abordados em outros meios de comunicação. A sensação de proximidade e intimidade que eles trazem para seus seguidores e leitores cria uma empatia e sinergia muito grande, algo que nunca existiu antes, fosse na televisão, no rádio ou nos demais meios, tendo assim, uma forte influência ao exercer sua opinião ou estilo de vida.
A acessibilidade à internet está cada vez maior, além de surgir uma série de celebridades virtuais, inúmeras oportunidades foram geradas, trazendo benefícios e facilidades para o nosso cotidiano. Hoje em dia, mesmo pessoas de gerações mais antigas que tinham dificuldade de usar a internet, estão transformando os seus hábitos de comunicação e consumo, levando-os para o digital. A facilidade com que as pessoas se comunicam traz uma gigantesca facilidade para a sociedade.
Assim como a sociedade está se adaptando e evoluindo para conquistar novas oportunidades e se entregar à “digitalização”, o marketing de grande parte das companhias também está se transformando.
As marcas descobriram uma maneira de anunciar muito mais barata e eficiente. Definir melhor o alcance, a comunicação direta com o usuário e, a segmentação das campanhas, é algo que pode ser feito em minutos, com muito mais assertividade. Seguindo assim, a tendência mundial de desenvolvimento, simplificação, praticidade e agilidade.
Se avaliarmos nos dias de hoje, o canal de comunicação entre consumidor e marca é muitas vezes a sua página em uma rede social, tornando ela muito mais eficaz e efetiva. O controle do atendimento pode ser feito com muito mais qualidade e objetividade. O investimento em desenvolvimento de sites mais completos e visualmente melhores e manutenção frequente das redes sociais são uns dos principais processos da digitalização das marcas. Podemos ir até além disso para empresas de varejo, que hoje têm um número significativo do seu faturamento originário do e-commerce que atende uma quantidade de pessoas simultaneamente muito maior do que uma loja física.
Visto toda essa evolução, vimos que os departamentos de marketing e agências digitais estão cada vez mais ocupando o espaço do OOH (Out of home) e offline. Com o mesmo dinheiro que é utilizado no offline, no digital é possível ter um alcance maior, uma mensuração de ROI muito mais precisa e em muito menos tempo. Veja em uma campanha digital de uma marca de varejo, voltada para seu e-commerce, onde a mensuração de resultado acontece praticamente em tempo real, avaliando sua efetividade e otimizando seu investimento.
Quando falamos em marketing digital, existem inúmeras formas de anunciar e mensurar resultados. Desde o básico search, até a complexa mídia programática e suas formas de uso. Tudo depende da estratégia e objetivo da marca, geralmente, Adwords e programática são associados a resultados, ROI e performance. Tudo isso por conta do gigantesco alcance que ambas as ferramentas de anúncio possuem. No Brasil, dificilmente escuta-se falar da utilização da mídia programática ou DSPS para campanhas de awareness e branding. Já nos Estados Unidos ou na Europa é diferente. Lá, a programática surgiu voltada para esse tipo de campanha, devido ao seu grande alcance, os usuários poderiam ser impactados por um preço muito menor que através da compra direta de sites ou adnetwork.
Cada parte do digital tem a sua importância, o próprio search é uma das mais efetivas ferramentas. Hoje qualquer tipo de coisa que uma pessoa precisa pesquisar é feita via sites de busca, ou seja, estar presente no search é algo quase que obrigatório. Já as adnetworks (rede de sites e blogs) são vantajosas para associar os blogueiros a uma marca. Além de campanhas com banners, nesses sites muitas vezes são utilizados publieditoriais e post patrocinados, os quais geralmente são criados na própria linguagem do veículo, quebrando aquele ar de propaganda e tornando a mídia mais espontânea.
O mesmo acontece com as campanhas em vídeo, que estão se tornando cada vez mais fortes, devido ao grande crescimento de Youtubers e demais plataformas de streaming. Muito eficaz para campanhas de branding, o vídeo se tornou uma alternativa boa e barata de anúncio, com uma visibilidade muito grande no ambiente digital.
No caso da mídia programática em vídeo, certamente, essa é uma das melhores maneiras de anunciar. Custo baixo, grande abrangência de público e engajamento maior do que nas outras plataformas. Dentro da programática é onde o investimento mais cresce, já que as marcas perceberam o resultado exponencial desse tipo de veiculação.
E faltou praticamente o principal… o mobile. Hoje existem mais celulares do que pessoas no Brasil, o inventário é abusivo. Grande parte da população passa mais horas na tela do celular do que em qualquer outro tipo de tela ou meio de comunicação. A facilidade de segmentar por região, operadora e GPS faz com que o mobile se torne um método de anúncio bem atrativo. A evolução do 4G e internet móvel no geral aceleraram significativamente esse crescimento.
Ainda dentro do mobile, fala-se muito sobre segunda tela. A explicação é simples: quem não utiliza o computador com o celular do lado? Ou quem não assiste tv com celular por perto? E graças as mídias programáticas, hoje em dia, é possível disponibilizar o mesmo anúncio nas suas “duas telas”.
A sincronização de campanhas já é muito usada nos EUA e vem crescendo bastante no Brasil. Hoje as campanhas seguem uma estratégia de impacto 360º, onde a publicidade aparece na TV e, ao mesmo tempo, no computador, no tablet, no celular, em sites e, além disso, o usuário é impactado também em suas redes sociais.
A sincronização é muito usada por marcas que querem cobrir o espaço deixado por seus concorrentes que fazem anúncios apenas na TV e no rádio. A tecnologia de hoje permite que todos os tipos de anunciante tenham chances iguais de impacto e alcancem seu público.
A sociedade e as pessoas estão cada vez mais familiarizadas com o mundo digital e a propaganda não pode seguir um caminho diferente, portanto, essa é a hora de digitalizar!
é Economista, publicitário e Sócio da W7M Investiments. Atua no mercado de mídia digital a 7 anos, sendo um dos precursores da Rich Media e mídia programática no país.
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