Quarta-feira, 29 de novembro de 2017
No mercado brasileiro, nos deparamos com o constante desafio de aumentar as vendas de uma loja online, sem aumentar o investimento em mídia, assim o CRO (sigla do inglês Conversion Rate Optimization) – junto com outras estratégias – nos ajuda a atingir este resultado, mas como fazer isso? Otimizar a taxa de conversão será um dos principais fatores que vai impactar os negócios digitais em 2018.
Começamos analisando o mercado digital, onde tivemos evoluções constantes, mas também vimos um buzz em assuntos como growth hacking, marketing de influenciadores e até mesmo o CRO. Este último é sobre o que falaremos! CRO ou otimização de conversão, é um processo de mensuração, teste e análise de dados com foco em aumentar as vendas com o mesmo volume de tráfego.
A hipercompetitividade gerou o encarecimento da mídia online e, em alguns casos, até a exaustão de segmentos de públicos-alvo. Deste modo, uma das melhores técnicas para conseguir superar as metas é otimizar a taxa de conversão. Ao pensar em conversão vale lembrar que a meta pode ser um contato se tornando um “lead”, a venda de um produto no e-commerce, entre outros.
O CRO é um trabalho constante e vem acompanhado das grandes tendências que teremos na experiência do consumidor e, para mim, ela é uma das grandes apostas que merecem ser acompanhadas de perto para conseguir gerar valor e inovar os modelos de negócio – junto com vídeo móvel, big data, realidade mista, conteúdo interativo, O2O(online to offline) e chatbots.
Para medir os resultados das ações do CRO é bem simples, vamos imaginar que uma loja online fatura R$1mil/mês e tem uma taxa de conversão de 1%, após os ajustes de CRO, em poucos meses, esta taxa suba para 1,4%, assim o resultado das otimizações representará uma receita adicional de R$400 mil por mês aos resultados do e-commerce.
Os números acima são conservadores, uma vez que a taxa de conversão do e-commerce brasileiro é cerca de 30% menor que mercados como os Estados Unidos – segundo estudo da Forrester. Com este cenário é possível identificar um grande potencial de crescimento com oportunidades para gerar uma relação custo x benefício (ROI) maior do que as atuais.
Umas das técnicas mais efetivas é testar variações nas páginas, assim é possível levantar hipóteses e validá-las estatisticamente utilizando ferramentas como o Google Optimize, que é gratuita e permite realizar experimentos com diversas opções de personalização, variantes e segmentações – inclusive com a possibilidade de realizar os testes somente para dispositivos mobile.
Na Vitrio, por termos uma cultura data driven, realizamos com nossos clientes testes A/B de forma recorrente, nas diversas etapas do funil de vendas, sendo esta parte do trabalho de otimização de conversão e premissas das nossas estratégias de digital intelligence. Somente testando e validando, somos capazes de construir uma grande base de conhecimento sobre o seu público-alvo e, claro, aumentar as vendas.
Sob a ótica do CRO, os responsáveis por este escopo devem ter uma visão do todo, não apenas habilidades específicas como redação, UX ou estatística. O profissional deve estar preparado para integrar times, analisar a experiência do usuário e o neuromarketing (a aplicação da neurociência à pesquisa de marketing) em um campo único, entendo cada etapa da jornada do consumidor.
Normalmente temos seis grandes etapas no processo de CRO, sendo elas: estratégica (planejamento das ações), design (criações de peças e UX/UI), implementação (desenvolvimento e validação dos testes), medição (acompanhar o tracking e mensurar os resultados), relatórios (acompanhar periodicamente os resultados) e a análise (com observações e recomendações), que alimenta o início do fluxo.
Agora que já passamos pelos primeiros passos para elaborar a estratégia de CRO, o que acha de aproveitar estes insights e colocar na prática? O processo de otimização de conversão abre um leque de possibilidades para ampliar as estratégias digitais de seu negócio e trazer maior resultado para seu e-commerce. Boas otimizações!
é head de digital intelligence na Vitrio, onde coordena contas como DPSP, Microsoft, Shure, Hotéis Transamerica, Teixeira Duarte, entre outras. É apaixonado por marketing e data analysis, onde atua desde 2004. Atua como editor da Casa do Blog, onde compartilha sua experiência com formadores de opinião e early adopters.
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