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As tendências do comércio eletrônico em 2020

Imagem: eletrônicos em cima de uma mesa. comércio eletrônico.

O faturamento das cerca de 90 mil lojas virtuais existentes no Brasil deve chegar a R$ 80 bilhões em 2019, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). No último ano, pela primeira vez, as compras por smartphones e tablets ultrapassaram os números do desktop: 53,8% contra 46,2%. No entanto, a taxa de conversão de sites móveis costuma ser a metade da taxa de uma página de computador, conforme a ABComm.

Com a experiência de um e-commerce que fatura 1,5 milhão de pedidos por ano e vende uma peça a cada 6,7 segundos, acredito que 2020 nos espera com mudanças sutis, mas de grande impacto para o usuário. Uma delas, as avaliações de produtos com fotos e vídeos, já é uma tendência nos e-commerces da China e deve ganhar força no Brasil. Ela vai permitir que o cliente anexe uma foto do produto adquirido junto com a avaliação sobre o que comprou. Essa mudança simples tem impacto principalmente para e-commerces de moda e vai contribuir positivamente para aqueles que vendem produtos reais e não ilusões nas fotos apresentadas na loja virtual.

Outra tendência é investir em sites mais leves. As pessoas não querem baixar mais um aplicativo em seus aparelhos; elas querem navegar de forma rápida, seja qual for a ferramenta utilizada: tablet, smartphone ou desktop. Nesse sentido, a tecnologia PWA (Progressive Web Apps) deve ganhar força. A novidade, que já adotamos no Posthaus tanto na versão mobile quanto desktop, deve ganhar força nos próximos anos, transformando os sites das empresas em uma espécie de aplicativo, que ocupa bem menos espaço nos equipamentos dos usuários e traz benefícios como navegação mais fácil, além de baixo consumo de internet.

Os sites que utilizam PWA podem ser usados independentemente do browser ou dispositivo; consomem muito menos internet e até funcionam offline; enviam notificações push; permitem que o usuário adicione um atalho no smartphone ou computador que abre o site, como se fosse o ícone de um app; atualizam automaticamente e proporcionam uma experiência parecida com a de um aplicativo nativo. Desde que a tecnologia PWA foi implantada na versão mobile do Posthaus, o aumento na taxa de conversão foi de 22%.

As pesquisas por voz também estão se popularizando. Estima-se que 15% de todas as buscas no Google, já são feitas por voz, diretamente no navegador ou pelo assistente digital, como a Siri. Devido aos diferentes dispositivos disponíveis, como smartphone, alto-falantes inteligentes ou até mesmo a TV, o reconhecimento da fala está em constante aprimoramento.

Embora os sites e aplicativos de comércio eletrônico que utilizam a pesquisa por voz ainda sejam raros, algumas pesquisas já provaram que há oportunidades para explorar neste segmento. Os usuários tendem a formular suas consultas no formato de uma pergunta ao invés de palavras-chave ao fazer uma pesquisa por voz. Por esse motivo, é possível garantir os melhores lugares entre os resultados de pesquisa com métodos de SEO, estruturando dados e elaborando frases para os mecanismos de busca.

A criação e personalização automatizadas de anúncios também é uma tendência que merece atenção, pois a eficácia da mídia publicitária depende de sua relevância no contexto em que é inserida. Além do conteúdo do anúncio, isso também inclui o ambiente do usuário, por exemplo, sua localização. Por isso, é importante investir nos anúncios automatizados. As tecnologias que personalizam automaticamente a criação de anúncios usam informações de contexto disponíveis para adaptar dinamicamente as várias partes da mídia publicitária, como as imagens e call to action. Por meio de machine learning e exploração (teste A/B automático) das variantes, as ferramentas melhoram continuamente as suas taxas de cliques dos anúncios. O resultado é maior conversão dos anúncios e mais vendas, o que todo e-commerce deseja ao atrair um visitante para o seu site, não é?

é Administradora com MBA pela FGV, sua carreira foi sempre ligada ao mundo da moda e desde 2008 é gestora do Posthaus, um portal de moda, democrático, que se empenha em “ser simples” e fazer “do jeito certo, sempre”.

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