Terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Eu sei que soa clichê criar um texto que compila as possíveis tendências da publicidade para 2018, mas temos que admitir que 2017 foi um ano muito disruptivo para o mercado de mídia digital e tradicional.
Nesse ano, vimos grandes players assumirem as suas próprias fraudes, o início do processo de modernização das mídias tradicionais e a ascensão do uso da geolocalização como os cookies do mundo offline.
Em 2018, o mercado continuará apontando na direção da integração entre o on e o offline, otimizando a experiência dos usuários de dispositivos digitais.
O famoso game Pokémon GO foi apenas o primeiro passo da popularização de soluções em realidade aumentada em larga escala.
Para os profissionais de marketing e publicidade, a realidade aumentada é uma oportunidade promissora para que as marcas engajem o seu público-alvo.
Os novos modelos de iPhone, X e 8, já vieram com suporte nativo à realidade aumentada. O Snapchat, apesar da queda de popularidade no Brasil, já conta com uma funcionalidade chamada “Bitmoji” onde os usuários podem projetar imagens no mundo real a partir da câmera do smartphone. E, como já ficou claro, tudo o que o Snapchat lança, é copiado por outras redes sociais.
Em 2017, muito se ouviu falar sobre os chatbots, robozinhos virtuais que respondem de forma automática mensagens enviadas em plataformas como Whatsapp, Facebook Messenger e SACs de sites de grandes marcas.
Talvez você ainda não tenha entendido o que é exatamente um bot. Mas não se preocupe, eu explico.
Um bot é um programa de computador que é criado com o objetivo de automatizar procedimentos repetitivos para facilitar a vida das pessoas.
Una a praticidade dos bots com o uso da inteligência artificial e o resultado será revolucionário para o mercado de publicidade e marketing.
A minha aposta é que, em 2018, o uso de bots inteligentes por marcas ganhará ainda mais força na hora de conversar com o consumidor.
Além dos já consagrados chatbots, a busca por voz está se popularizando cada vez mais. O Amazon Lex, é um serviço voltado para a criação de interfaces que permitem que as pessoas interajam com aplicativos usando a voz. Ao invés de ter que digitar as informações, o usuário precisará apenas falar com o app. Ao unir comando de voz, a automação de atividades com um bot e a inteligência artificial, o Amazon Lex é um serviço que aponta para o futuro do marketing e da publicidade.
Em 2017, vimos a mídia OOH sincronizar as suas campanhas com o mobile. A expectativa para 2018 é que outras mídia sigam o mesmo caminho.
Com o desenvolvimento das tecnologias de geolocalização, ficará cada vez mais fácil para as marcas impactar o consumidor na hora e no local certo.
Por isso, no futuro, será possível enviar um anúncio mobile para o público-alvo que esteja assistindo um comercial na TV, que assine uma revista ou até mesmo um jornal.
Da mesma forma que a geolocalização vai modernizar as mídias tradicionais em 2018, essa tecnologia também trará métricas do mundo físico para a mídia online.
A comercialização de campanhas mobile a partir do custo por visita às lojas físicas, o tão falado CPV, irá se consolidar e será cada vez mais comum ver campanhas focadas em mensurar o número de pessoas que foram impactadas pela publicidade e se dirigiram a alguma loja física.
Esse movimento é muito importante em um momento onde o mercado está sendo abalado por casos de fraude e métricas infladas por grandes players do mercado.
A partir do momento em que as marcas podem acessar os números gerados pela mídia digital no mundo físico, elas ganham o poder de descobrir quais ações resultam em um impacto real no volume de vendas.
é CEO e co-fundador da In Loco Media. Formado em Ciências da Computação, pela Universidade Federal de Pernambuco, começou a empreender com 19 anos, ao aplicar os conhecimentos acadêmicos na criação de tecnologia de geolocalização indoor mundialmente exclusiva e eleita como a mais precisa do mundo, em 2014, pela Microsoft Research.
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