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4 coisas que o estudante desaparecido do Acre pode nos ensinar sobre Marketing Digital

 

Nos últimos dias, o caso do Bruno, o estudante desaparecido do Acre, que sumiu deixando para trás 14 livros escritos à mão e criptografados, foi o acontecimento mais comentado nas redes sociais.

A história preenche todos os requisitos para ser cenário  de um filme do Dan Brown. Além dos livros, desenhos geométricos simetricamente espalhados pelas paredes e uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno, também fazem parte da composição do quarto.   

Diante de uma narrativa dessa, as teorias começaram a surgir: de jogada de marketing ao surgimento de um missionário, as possibilidades parecem ser infinitas.

Resolvemos entrar nessa  ~onda conspiratória~ e analisar os fatos por um ângulo improvável (se é que isso ainda é possível, rs). Já parou pra pensar no tanto que uma história improvável, inusitada e viral pode nos ensinar sobre Marketing Digital?

 

1 – O poder da viralização

Ninguém nunca sabe quando algo vai viralizar ou não, mas é inegável que essa história sempre teve muito potencial. A narrativa é completamente fora da caixa, chegando a ter uns toques de ficção que deixam uma duvidazinha sobre a veracidade de tudo; desperta a curiosidade por um desfecho, afinal, todo mundo quer saber aonde foi parar o menino do Acre; e faz com que todo mundo se sinta um pouquinho Sherlock Holmes, com o poder nas mãos para inventar uma nova teoria sobre o caso.

A sua marca já fez alguma ação ou campanha que viralizou? Você já parou para pensar em como pode usar o poder de propagação da internet para alavancar o marketing?

Saia do ambiente comum de trabalho e convide a sua equipe para um um brainstorming. O objetivo é sair de lá com ideias que tem potencial de viralizar.  Uma boa dica é usar datas comemorativas como um gancho para colocar toda a criatividade pra fora e planejar uma super campanha.

Lembre-se que aquelas que parecem loucura, em um primeiro momento, são as que têm maior potencial. As pessoas querem ver o novo, gostam de marcas que ousam fazer coisas que nunca foram feitas.

Só não esqueça de manter a coerência no discurso e zelar pelo branding, exatamente como Reclame Aqui fez (e viralizou) com o Jantar da Vingança.  

 

2 – Design importa (até para o Bruno do Acre)

Dá uma olhada nessa diagramação e na perfeição desses traços… Acalma o coração de qualquer designer, né?

Os desenhos seguem proporções quase áureas e a escultura dá o toque final na produção.

Agora imagina se o quarto estivesse todo bagunçado, com vários papéis picados com o conteúdo espalhado e nenhuma estátua.

Ou se fosse um quarto “normal”, mobiliado com cama, armário e uma escrivaninha.

O conteúdo poderia ser o mesmo e estar lá, esperando para ser descoberto. Mas será que alguém daria tanta atenção assim? Eu duvido.

Viu como o layout importa? Somos extremamente visuais e por isso, você deve se preocupar constantemente com a identidade do seu negócio.

Ah, e tem outra comparação interessante aqui: o seu site é de fácil navegabilidade? Facilita a experiência dos usuários?

Apesar de ter deixado os livros criptografados, o Bruno se preocupou em dar uma mãozinha para quem se interessasse por decodificá-los, deixando uma chave para guiar a tradução dos símbolos usados para as letras.  

Mas e você? Tem ajudado os consumidores a encontrarem o que estão procurando dentro do site?

 

3 – Estimule o engajamento

Você já está cansado de saber que a maior parte das pessoas que acessam o seu site não interagem com a marca, certo? Elas só entram, procuram por alguma oferta de seu interesse e depois, saem.

Com a história do menino do Acre também é assim. Muita gente acessa algumas matérias, lê sobre o caso em diferentes sites, e depois, vida que segue.  

Mas sempre tem aquelas pessoinhas que QUEREM interagir, entender melhor o que aconteceu, decodificar os livros e só estão esperando uma oportunidade para isso.  

É aí que surge o site “Decifre o livro”, uma criação de dois desenvolvedores que permite que qualquer internauta ajude a decifrar os textos por meio de um teclado personalizado com os símbolos utilizados.

Essas pessoas poderiam deixar a história pra lá, se não encontrassem um site como esse.

Comparativamente, elas representam aquele 95% do seu tráfego que vai embora depois de conferir básica no que você pode oferecer.

Por quê, então, você não cria mecanismos para engajá-las? Pode ser uma landing page que ofereça um conteúdo útil e exclusivo ou um social bounce que permita que os visitantes se conectem com a sua marca por meio de um Facebook Login.

O importante é não deixar pra lá e pensar em estratégias para trabalhar esse público e depois, vender por engajamento.

 

4 – Saiba contar histórias

A capacidade de transmitir valores, ideias e fatos através de uma narrativa fluida, relevante e coesa, pode ser a chave para ocupar um lugar único na mente dos consumidores.

Um bom storytelling é uma ferramenta poderosa que não deve ser deixada de lado.

A narrativa desse estudante desaparecido é um ótimo exemplo.

Ela tem todos os elementos de uma boa história: é visual, tem um personagem forte, desperta emoções e tem um conflito que precisa ser resolvido.

Com tudo isso, não é de se espantar que o caso tenha ganhado tanta repercussão.

E como você tem usado o storytelling para divulgar o seu negócio e posicionar a sua marca?

Lembre-se que uma única história pode virar pra sempre a lembrança definitiva sobre sua marca. Esse é o poder da viralização.

Então, pare para pensar: o que você vem contando? Ela tem ajudado a empresa a se conectar com os seus clientes de uma forma incrível?

Agora que você já aprendeu algumas coisas que o Bruno do Acre pode te ensinar sobre marketing digital, é a gente que quer saber: e você? Tem alguma teoria sobre o que aconteceu com ele? Ou consegue fazer mais alguma relação do caso com esse tema?

Deixa a sua opinião pra gente nos comentários 😉

 

Artigo completo originalmente publicado no blog da Social Miner.  

é engenheiro de computação com mestrado em inteligência artificial pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Trabalhou em centros de pesquisa no Brasil e França, foi professor universitário de data scientist na startup Peixe Urbano. Foi selecionado para o programa Techmission como empreendedor de alto potencial no Silicon Valley (EUA) em 2014 . Hoje é cofundador da startup Social Miner, que entrega soluções de inteligência para grandes empresas do e-commerce brasileiro.

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