Segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
Robôs atendendo pessoas nos mais variados tipos de transações de compra e venda, dando explicações, proporcionando a informação que o usuário precisa e ajudando a resolver diversos problemas. Esta já é a nossa realidade. Você pode até não perceber, mas com certeza interage com bots inteligentes no dia a dia, já que eles estão vendendo e tratando de questões ligadas a reservas de hotel, compra de passagens, roupas, atendimento médico, material de construção e praticamente tudo mais que você imaginar.
Nesta era de mídias sociais e da crescente digitalização em todos os aspectos da nossa vida, as empresas encontram no atendimento automatizado um importante diferencial estratégico, investindo em tecnologias como os bots para a comunicação com o público e também para vender. A pesquisa Chatbot Survey 2017, realizada pela MindBowser e o Chatbots Journal, apontou que chatbots para comunicação aparecem como interesse de 75% dos mais de 300 profissionais de diferentes setores do mercado entrevistados.
O mesmo levantamento mostrou que o e-commerce está entre os cinco segmentos que mais podem se beneficiar com o uso de bots. Isso porque a comunicação direta e diária com o público é um dos pilares do setor e aperfeiçoar esse atendimento é uma grande necessidade, principalmente, por meio das redes sociais e plataformas web. Podemos perceber então que os bots constituem hoje um dos principais e mais estratégicos investimentos para o comércio eletrônico.
A automação vem ao encontro do objetivo de aperfeiçoar a experiência do consumidor com as empresas. Afinal, graças aos chatbots, as marcas podem estar à disposição nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana, nas plataformas que seus clientes mais costumam usar – como Facebook , e ainda reduzir significativamente o custo de cada atendimento.
Mais dados que reforçam a importância da adoção dos chatbots: companhias que oferecem aos clientes algum tipo de atendimento automatizado obtêm aumentos de até 30% no ticket médio, o crescimento em sua taxa de conversão pode ser de até 10 vezes. As retenções de atendimento chegam até 75%.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOmm) aponta a preferência de 73% dos clientes por fazer contato com uma empresa usando um chat inteligente. E um levantamento da consultoria americana Tractica estima que o número de usuários que se relacionam com assistentes virtuais digitais (VDA, na sigla em inglês) como bots e chatbots, vai crescer de 390 milhões em 2015 para 1,8 bilhão até o final de 2021.
Atendendo simultaneamente inúmeros consumidores, os bots são capazes de aprender com as experiências, aperfeiçoando continuamente a comunicação com os seus clientes. Não é por acaso que empresas como a Netshoes, entre outros grandes varejistas online, adotam as soluções de autoatendimento como a interface principal com o seu público. Para se ter uma ideia, mais de 60% dos chamados da Netshoes hoje são resolvidos e encerrados ainda na conversa com o robô.
A atuação destes robôs inteligentes reduz o tempo de espera dos clientes por uma solução ou resposta às dúvidas mais simples – que constituem mais de 70% da demanda. Com isso, a equipe humana ganha condições para se dedicar apenas a questões que realmente necessitem da sua intervenção para serem resolvidas. E ganha tempo, também, para dedicar-se a atividades mais estratégicas para o negócio, deixando os aspectos mais operacionais do atendimento para os bots.
Imagine um cliente que deseja ver se há determinado produto na sua loja. Ele vai informando suas preferências por meio do atendimento online e o bot vai reduzindo o leque de mercadorias, selecionando apenas o que mais se adequa ao que a pessoa quer. Quando receber a resposta, a pessoa terá mais chances de efetuar a compra, já que estará vendo sugestões bem alinhadas com o que solicitou.
Outra possibilidade é o reconhecimento de clientes recorrentes, permitindo personalizar ofertas. O sistema permite orientar o consumidor enquanto ele está navegando pelo site, acompanhando sua jornada e intervindo quando for necessário.
E não se pode deixar de falar na ajuda do bot para evitar o maior pesadelo do comércio eletrônico: o abandono do carrinho. Os chatbots – ao “aprender” em que etapas da jornada de compra acontecem os maiores índices de abandono – podem começar uma interação com os consumidores, de maneira automática, ficando disponíveis para acompanhar o cliente e/ou resolver qualquer problema que aconteça.
Mesmo que muitas pessoas possam ainda associar o atendimento via robôs com uma comunicação impessoal, a experiência mostra que não é mais assim. Os chatbots podem ser programados para usar o tom e o estilo de comunicação da marca, eliminando a impessoalidade e, portanto, causando uma impressão muito positiva no consumidor.
Garantir ao cliente uma experiência que seja satisfatória de uma ponta a outra é o que almejam todas as empresas para que, bem atendido e contente, ele volte a fazer negócio e torne-se um fiel defensor da marca. Assim, uma solução capaz de mostrar informações precisas e oferecer ajuda concreta para diferentes perfis de clientes, sem que eles precisem enfrentar filas, sem serem passados de um atendente a outro e sem despesas com ligações telefônicas e perda de tempo na espera, certamente tem um enorme potencial de agradar o cliente.
é diretor de desenvolvimento de negócios e parcerias da Hi Platform e tem mais de 17 anos de experiência em Finanças, e-Commerce e Novos Negócios. Experiência adquirida em Instituições Financeiras, empresas de TI, Marketing Digital, E-Commerce e Varejo. Em sua formação acadêmica, Insper Certificate in Business Administration (CBA), Business Administration, 2009 - 2010, FIA - Fundação Instituto de Administração Certificate, Business Administration, Economics, 2008 - 2008 e Fundação Armando Alvares Penteado Bachelor's degree, FAAP - Business Administration, 1999 - 2003.
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