Terça-feira, 24 de outubro de 2017
O mundo, como um todo, é impactado por revoluções irrefreáveis. Apesar de algumas empresas e alguns profissionais tentarem negar a realidade, isso não impede que ela aconteça, tampouco anula suas consequências. A revolução digital é fato há décadas, tanto que as pessoas convivem com a inteligência artificial dos filmes de ficção científica todos os dias, os Jetsons e sua automação para todos os lados estão cada vez mais presentes entre nós. Entretanto, a admirável praticidade também tem seu viés negativo: facilita o desenvolvimento dos especialistas de conhecimento raso. Em um cenário no qual o digital vive o paradoxo de maturação e crescimento contínuo, e os especialistas são formados em buscadores, qual a próxima fronteira a ser rompida para, de fato, impulsionar a evolução de uma empresa e o avanço de seu negócio?
Antes de tudo, é importante compreender que o Marketing Digital tem potencial para promover a evolução de uma empresa. Esta observação não confere à disciplina méritos extraordinários, ao contrário, apenas entende que frente ao notável crescimento e abrangência da tecnologia em todas as esferas do cotidiano, é lógico reconhecer que a área, que se dedica ao estudo e à construção da ponte entre produto e/ou serviço e o consumidor por meio de estratégias, táticas e análise comportamental digital, tem um papel decisivo na inclusão e progresso da empresa. Muito além da comunicação e do domínio de plataformas e ferramentas de gerenciamento, o Marketing Digital atua com um desbravador do futuro, abrindo, por vezes até criando, um caminho estruturado para que a empresa siga adiante e, acima de tudo, para que a empresa observe com atenção o que vem adiante e adapte-se.
Por questões óbvias, as inovações e processos digitais demandam, minimamente, familiaridade com ferramentas e contexto tecnológico. Para quem convive diariamente com tecnologia pode parecer absurdo que implementações não funcionem por ausência de profissionais com conhecimento mínimo para o uso de um tablet. Talvez a citação de Jetsons e revolução digital transmitam a sensação de tecnologias altamente avançadas e recém-criadas, porém, no dia a dia corporativo, a dificuldade de uso de um smartphone é uma limitação real e que impacta diretamente na integração do Marketing Digital com a área de vendas, por exemplo.
Há mais de 20 anos atuando com Gestão Empresarial, Gestão de TI e Gestão de Riscos, o que vejo agora é o momento da transformação, da integração e do pensamento 360 graus de forma digital. Equipes de Marketing e Vendas com ampla capacidade de conectar tecnologias e serviços para monitoramento, aumento de vendas e análise comportamental, sem depender da tecnologia da informação; TI com dificuldades de manter orçamento e estar realmente dentro do negócio; áreas de Cibersegurança e Marketing disputando a análise comportamental, uma para vender mais e melhor, a outra para prever e minimizar impactos e violações de segurança da informação. Tração, atração e predição são conceitos que poderão mudar o futuro!
A posição de conexão do Marketing Digital, ou seja, área que tem contato com todos os demais setores da empresa e que direciona seus principais esforços no público, torna a relação de interdependência uma constante. Logo, qualquer desnível ou despreparo de qualquer ponto desta conexão reflete em toda a cadeia. Vale ressaltar que a falta de preparo também existe entre os profissionais de Marketing Digital e, obviamente, não é exclusividade das outras áreas. Dessa forma, lacunas no conhecimento e nas atividades de Marketing Digital também provocam reações em cadeia, o que compromete o desempenho de todo o negócio. Nenhuma destas situações é definitiva ou consequente de falta de profissionalismo. O considerado nesta ótica não são hiatos por irresponsabilidade ou ausência de comprometimento, mas sim os impactos da carência de especialização, domínio técnico e conhecimentos gerais.
Em alguns segmentos, a ausência de especialização é inimaginável. Por exemplo, quem cederia a posição de Diretor de Cardiologia a uma pessoa sem formação em Medicina? Ou quem consultaria alguém sem formação em Direito para questões jurídicas? Mesmo quem justifique alegando Medicina e Direito são disciplinas bastante antigas e consolidadas, reconhece que isso não invalida a importância do profissional de Marketing Digital ser um especialista autenticado, assim como a relevância de todos os profissionais de uma empresa serem capacitados a fim de viabilizar implementações digitais.
A transformação digital é ininterrupta, por vezes voraz, outras sutis, mas sempre o estopim que impulsiona mudanças e adaptações. Em um segmento tão habituado com a pressão das tendências e tão motivado pelos imperativos de agilidade, velocidade e conectividade, o estudo e a especialização são fundamentais. Outros critérios que podem ser apreendidos das disciplinas clássicas é a padronização de ciências e técnicas, assim com o compartilhamento de inovações por institutos e publicações focados na área, o que promove a evolução da categoria com um aspecto de classe.
O horizonte é promissor. A ruptura da fronteira da especialização para o Marketing Digital já tem seu alicerce fundamentado: um instituto dedicado ao estudo e fomento da certificação da área. O DMI – Digital Marketing Institute, presente em mais de 90 países oferecendo cursos e certificações oficiais para áreas relacionadas ao Marketing Digital, aporta no Brasil com a expectativa de transformar o Marketing Digital e abrir novas fronteiras. Afinal, profissionais mais capacitados e preparados têm condições de ir além e, elevando ainda mais as expectativas, têm potencial para impulsionar a digitalização e aumento da capacitação de todos da empresa, criando uma cadeia de progresso por meio da especialização.
Empreendedor desde os 19 anos com negócios em tecnologia e Internet, Jeferson é Presidente do Grupo DARYUS. Criador e Coordenador do MBA em Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação, desde 2005, criou e apoia a coordenação do primeiro curso de Pós em Gestão de Riscos e Continuidade de Negócios do Brasil, apoiou a criação do primeiro curso de Pós em Cyber Segurança e também o de Pós em Forense Computacional. É um pensador disruptivo, evangelista em Novos Negócios Digitais e Cyber Segurança e educador por opção.
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