Terça-feira, 14 de novembro de 2017
Muito se fala sobre a evolução geracional e suas relações com as novidades de um mundo hiperconectado. Geração Y, ou Millennials, e até mesmo sobre a geração X, você já deve ter ouvido ou lido algo a respeito. Mas o que sabe sobre a geração Xennial? É o mais novo grupo de pessoas, que mistura o nome das gerações citadas anteriormente e há pouco passou a ser conhecido. O termo surgiu em um artigo publicado em 2014 pela revista Good e tornou-se popular em julho de 2017 graças a um post que viralizou no Twitter e Facebook.
Entre o cinismo de uma geração que precisou viver em um período pós-guerra, em um tempo de incertezas e de polarização, e o otimismo e a garra, característicos dos tempos atuais, podemos dizer que os Xennials viveram a ruptura entre dois momentos geracionais e que foram os últimos antes da invasão da internet. Passaram por experiências que moldaram suas vidas de uma forma diferente da Geração X e dos Millenials, mas ao mesmo tempo acabaram desenvolvendo características desses dois contextos.
Os chamados integrantes da Geração X representam pelo menos um quarto da população e são responsáveis por mais da metade da renda gerada no País, segundo a pesquisa “O X da Questão”, realizada pelo Grupo Abril, divulgada em 2017, que analisou a força econômica e de consumo dessa geração reunindo também dados de pessoas entre 35 e 54 anos – ou seja, que também pertencem a essa microgeração dos Xennials.
Hoje eles têm entre 34 e 40 anos e, mesmo com uma infância analógica, vivem uma vida adulta digital. São antigos o bastante para serem pioneiros na criação das contas de e-mail, mas também estão ligados nas novidades. Usam as mídias sociais com pouca dificuldade, por exemplo. Porém, é fácil resgatar em suas memórias as lembranças de uma vida sem elas.
A internet não existia na época em que eram crianças, mas os computadores sim. A oportunidade de usar um era sempre encantadora e, por este motivo, os Xennials são mais familiarizados com o mundo digitalizado do que os nascidos na geração X.
Podem até ter entrado na universidade sem ter um celular, mas sabem fazer com facilidade uma pergunta para a Siri, assistente virtual por comando de voz da Apple. Fazem compras pela internet. E o mais interessante é que têm a habilidade de se desconectar. Mesmo adaptando-se facilmente aos avanços das tecnologias, conseguem saber o tempo certo de parar e isso não é um problema, como para os jovens da nova geração, na maior parte das vezes.
Muitos atingiram a vida adulta em 2000, momento em que a internet ganhava força e, por isso, o mercado estava em transformação. Mesmo sendo novos o suficiente para sofrer ao ver uma crise se instalar, viram as pessoas nascidas nos anos 60 e 70 passarem por períodos bem difíceis. Não são “nativos digitais” como os Millenials, mas já estavam no mercado de trabalho quando as empresas realmente começaram a evoluir tecnologicamente, levando processos que antes eram feitos à mão para o digital.
Atualmente, ocupam cargos de chefia e gestão, coordenam equipes e são donos dos seus próprios negócios. Alguns já têm filhos e formaram uma família. Possuem bens materiais, vivem em um apartamento próprio, são considerados ativos economicamente e estão constantemente atentos às inovações do mercado.
Mas, em algum momento, você chegou a pensar em como o mercado os percebe e os recebe? Mesmo sendo uma geração mais propensa a se fidelizar a marcas e produtos, as organizações acabam voltando suas estratégias para a conquista dos Millennials, quando, na realidade, são os Xennials e boa parte da geração X quem está realmente interessado em fechar um negócio. E, nesse cenário, diversas empresas precisam rever suas avaliações sobre público-alvo, procurar novas maneiras de compreender a relação entre marca-consumidor e de atender essas pessoas.
É preciso realmente estar atento ao engajamento do público, conhecer quem são seus clientes e falar diretamente com quem consome seu produto para ser efetivo a cada interação e realmente conquistar os clientes certos. Os Xennials estão aí, prontos para consumir e se relacionar com a sua empresa.
Formado em Sistemas da Informação, pela Faculdade Dom Bosco, em 2014 tornou Chief Technology Officer da Hi Plataform. Brentano possui mais de 10 anos de experiência na área de tecnologia, e participou ativamente de mais de 100 projetos como: sites, e-commerces, aplicações desktop e aplicações mobile atuando como desenvolvedor, arquiteto de software e analista de negócios/sistema.
Comentários