Quarta-feira, 04 de março de 2020
Mais da metade da população mundial está online. É o que diz um relatório da ONU divulgado em 2018. São cerca de 3,9 bilhões de pessoas acessando a rede todos os dias, seja pelo computador, celular ou tablet.
No Brasil, o impacto da internet no cotidiano é ainda mais relevante, já que somos o segundo país do mundo onde as pessoas passam mais tempo na internet – cerca de 9 horas por dia -, isso de acordo com uma pesquisa realizada pela Hootsuite Inc e a We Are Social, empresas de Social Media dos EUA e UK.
A geração Z, que já nasceu em plena era digital, faz tudo online: trabalha, estuda, se diverte e se relaciona. E quem é de outros tempos vem se adaptando — e se viciando — nas novas tecnologias e mídias. Diante deste cenário, não surpreende que a produção e o consumo de conteúdo digital, especialmente o audiovisual, esteja se intensificando a ponto de levantar dúvidas sobre o futuro da televisão.
Ainda mais com a popularização da internet de banda larga e dos canais de vídeos on-demand, como o Youtube e a Netflix, ganhando cada vez mais força e dominando um espaço que antes era praticamente todo dela. Isso está ocorrendo pelo simples fato de que os canais digitais oferecem ao telespectador um poder que ele não tinha antes: o de escolher o que quer assistir, quando quer assistir e também onde quer assistir.
A disputa pela audiência é bem mais complexa hoje do que era até o início dos anos 2000. Afinal, ela já não é mais restrita às emissoras de televisão, ou aos veículos de rádio e impressos. A atenção do público, hoje, é dividida entre as redes sociais, os aplicativos de celular e os milhares de sites e vídeos disponíveis a qualquer hora ao alcance de um clique.
Tudo isso nos leva a crer que a TV está com os dias contados, afinal, o veículo não tem mais a importância que tinha antes, principalmente para a publicidade. Mas a verdade é que tanto as emissoras quanto as indústrias de eletroeletrônicos perceberam que, para sobreviver em meio a uma concorrência tão acirrada, elas precisavam se reinventar.
E foi nesse momento que a Televisão digital abriu as portas para que o conteúdo online entrasse na sala da nossa casa. Em seguida, fizeram o caminho inverso; migrando a sua programação analógica para o meio digital. E, para completar, passaram a produzir materiais exclusivos para assinantes das plataformas online.
Assim, os novos formatos e canais demonstram que o digital surge como um aliado para fortalecer a televisão, sendo mais um canal para distribuir sua produção audiovisual.
Entre todos os formatos disponíveis atualmente, o audiovisual é o mais consumido. Dados divulgados pela multinacional de tecnologia Cisco, revelam que o consumo de vídeo na Web chegou a 75% em 2017 e crescerá ainda mais, sendo responsável por 82% do tráfego global de internet até 2020.
Um dos responsáveis por este fenômeno é o Youtube. São mais de 2 bilhões de usuários únicos por mês em todo o mundo. O Brasil é vice-campeão em horas assistidas na plataforma, perdendo apenas para os EUA, de acordo com informações divulgadas pelo Think with Google.
Mas engana-se quem acredita que toda essa multidão está ali apenas em busca de entretenimento, como músicas, vídeos de humor e comentários dos digitais influencers mais badalados. A pesquisa Video Viewers, feita pelo próprio Google, mostrou que nove em cada dez usuários no Brasil utiliza a plataforma com a finalidade de adquirir novos conhecimentos e soluções para seus problemas, isto é, ali é o lugar certo para descobrir “como fazer” algo, além de encontrar referências sobre produtos e serviços.
Tanto é assim que mais de 50% dos consumidores nos EUA afirmam possuir o hábito de procurar um vídeo a respeito de um produto antes de tomar uma decisão de compra, segundo dados da HubSpot Inc. E mais: pelo menos 32% dos consumidores interagem com uma marca depois de assistir a um vídeo no Youtube.
Entendeu o que isso quer dizer? O vídeo é um elemento fundamental da sua estratégia de marketing online!
Nos Estados Unidos, empresas de todos os setores já se beneficiam do vídeo marketing — e do Youtube — para alavancar suas vendas. Enquanto isso, no Brasil, ainda são poucas as que fazem uso dessas ferramentas tão importantes, e as que fazem, geralmente não sabem aplicar as estratégias certas para obter resultados efetivos.
Mas, felizmente, essa realidade está mudando. Grandes empresas de Marketing Digital do Brasil, como a Resultados Digitais, Rock Content e Hotmart, já perceberam a importância dos vídeos para atrair novos clientes e fortalecer sua presença online. Com isso, elas estão saindo na frente no YouTube em relação a outras empresas do segmento B2B e B2C.
E para os céticos… isso é só o começo!
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