Quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Cada vez mais as grandes marcas estão reconhecendo a importância de integrar search engine optimisation à suas estratégias de marketing.
O que antes, geralmente, era responsabilidade dos gestores de TI contratar, hoje, passa ser obrigação das áreas de marketing: correr atrás de agências especializadas em SEO ou formar equipes in-house para chegar ao topo dos resultados de pesquisas do Google e outros motores de busca.
De qualquer forma, search engine optimisation deve ser parte integral de estratégias de marketing em geral.
Por quê?
Por vários motivos.
Na maioria das vezes que utilizamos a busca, estamos buscando informações. Seja, uma direção, um resultado de jogo, uma receita, uma imagem, produtos e serviços.
Portanto, conquistar as primeiras posições nos resultados de pesquisa orgânica do Google para termos genéricos é de suma importância para aumentar o reconhecimento da sua marca.
Entende-se por termos genéricos palavras que descrevem um produto ou serviço de forma genérica. Por exemplo, Pinho Sol e desinfetante ou Nescau e Achocolatado.
O quão valioso seria para essas marcas estarem no topo dos resultados orgânicos para esses termos?
Partindo do princípio de que quem busca por desinfetante não conhece o Pinho Sol, podemos dizer que extremamente valioso, pois mensalmente são realizadas em média 22.000 pesquisas por mês.
Um dos pilares do SEO é o conteúdo, seja ele produzido para o site ou para estratégias de conquista de backlinks.
Em ambos os casos o conteúdo ajuda a construir autoridade de marca.
Uma estratégia de conteúdo proprietário focada em informar e auxiliar o público-alvo da marca a posiciona como autoridade em seu segmento. Um estudo, da empresa americana Conductor, revelou que marcas que produzem conteúdo informativo e educacional têm 131% mais chances de vender.
Já o conteúdo publicado em sites de nicho e grandes portais de notícias contribui diretamente para a construção da autoridade da marca. Esse processo em SEO é conhecido com Link Building.
Imaginem sua marca sendo mencionada como referência na Veja, Época ou Folha de São Paulo e de que quebra ganhando um backlink para seu site.
A título de informação, os links externos (de referência) continuam sendo o principal fator de ranqueamento da pesquisa orgânica do Google.
Quanto mais competitivo um nicho, mais caros são os custos por cliques (CPC). Quem trabalha com Google Ads de desentupidoras sabe bem o que estou falando.
Portanto, em vez de ficar gastando caminhões de dinheiros com campanhas de PPC (pay-per-click), passem a direcionar parte dessa verba para conquistar bons posicionamentos orgânicos para as mesmas palavras-chave e com o tempo reduzir os investimentos em mídia sem perder performance.
Antes de continuarmos, uma pergunta:
A sua marca está bem posicionada para termos relacionados à comunicação utilizada em campanhas de redes sociais e display?
Imagem que vocês possuem uma marca que vende queijo de cabra rico em proteínas e tais atributos são utilizados em seus anúncios de Facebook Ads.
A plataforma do Facebook Ads é extremamente efetiva para entregar os anúncios para seu público-alvo, mas no momento em que são impactados seus consumidores não estão em “shopping mode“.
Se a sua marca não se preocupou em estar em primeiro no Google para a palavra-chave “queijo de cabra rico em proteína”, sua equipe de marketing está desperdiçando alguns milhares de reais.
Por quê?
Pelo simples fato que ninguém vai no Facebook buscar por informações.
Que hoje somos muti-telares já não é nenhuma novidade. Mas o que muitos marketeiros ainda têm dificuldade em compreender é o que fazemos com essas telas quando somos impactados por seus anúncios no rádio, na TV e até mesmo em outdoors.
Para aqueles que ainda não sabem. Nós utilizamos o Google para buscar mais informações sobre o novo produto ou marca anunciado.
O Superbowl é a final do Futebol Americano, um dos eventos esportivos mais assistidos do planeta e de longe o espaço publicitário mais caro da via láctea, até que provem o contrário.
Ano após ano, grandes marcas, gastam milhões de dólares para anunciar seus produtos durante os intervalos da partida e falham em continuar a comunicação com seus públicos por não considerarem “search” como uma extensão dos seus anúncios.
São inúmeros os casos de anunciantes que falharam em potencializar a mensagem de seus anúncios por não levar em consideração que os usuários utilizam a busca enquanto assistem seus anúncios multi-milionários.
Desde 2009, Vanessa Fox, ex-Google, vem documentando estes fatos. Em sua coluna no Search Engine Land vocês podem ler todos os artigos na íntegra. Para facilitar segue o link de um dos primeiros artigos.
De acordo com Dr. Philip Kotler, um dos princípios do marketing é entender as necessidades do público-alvo para então desenvolver produtos e serviços visando atender tais necessidades.
“a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de uma audiência de mercado com lucro. O Marketing identifica necessidades e desejos não atendidos. Define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro. Ele aponta quais segmentos a empresa é capaz de atender melhor e projeta e promove os produtos e serviços adequados. ”- Dr. Philip Kotler
Se pararmos para pensar, cada pesquisa realizada no Google é uma intenção. Uma intenção de buscar uma informação, uma direção ou uma ação, como comprar.
Portanto, compreender o comportamento de pesquisa das diferentes personas do público-alvo da sua marca é de suma importância para compor estratégias de marketing muito mais robustas.
Ferramentas como Keyword Planner do Google Ads, Google Trends, Answer the Public, Keyword Magic Tool da SEMrush e outras, são essenciais para compreender como e com que frequência os usuários pesquisam.
Mas não deixe de utilizar os métodos tradicionais. Vá a campo, interaja com seu público, tente entender as nuances de como falam sobre seus produtos e serviços.
Compreender esse comportamento é de suma importância para a estratégia de marketing da sua marca e para um novo tipo de pesquisa que vem aumentando dia a dia. A busca por voz!
Assunto para quem sabe um próximo artigo.
Não negligencie o poder do marketing de busca, pensem de forma integral. Pesquisa paga e orgânica são complementares, assim como, outros estratégias de marketing digital.
Integre as equipes, tragam o time de SEO para dentro dos times de marketing ou não deixe mais que o TI contrate sua próxima agência ou profissional.
é co-fundador do WP SEO Boost e sócio na agência inglesa de Marketing Digital Hedgehog Digital. Há mais de 10 anos apoixonado por SEO, Content Marketing e Marketing Digital em geral. Já liderou mais de 100 projetos de SEO e Content Marketing em empresas como Saraiva, Grupo Boticário, Editoria Abril, Estadão, Shopify entre outras.
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