Quarta-feira, 14 de junho de 2017
A user experience (UX) é mensurada de acordo como um usuário se sente ao usar seu site ou aplicativo, ou seja, que tipo de impressões a interação com o conteúdo causa.
Isso inclui o tempo de carregamento de cada página, se o aplicativo é simples de usar, se a aparência facilita ou dificulta o acesso, entre outros fatores que podem ser decisivos entre um usuário satisfeito ou um usuário que abandona o site ou aplicativo.
Em primeiro lugar, é importante saber que se a experiência é boa, o usuário não vai notá-la logo de cara. Parece contraditório, mas isso significa que o usuário não vai precisar fazer esforço algum em sua interação com o produto, logo, a interface não vai chamar atenção pelas razões erradas, como quando o usuário tem que parar o que está fazendo porque não entendeu como o aplicativo funciona ou quando os elementos demoram muito tempo para serem carregados.
Para conseguir uma boa experiência de usuário, é preciso pensar como um. A forma mais simples de fazer isso é se imaginar no lugar dele. Teste seu aplicativo para saber se tudo está funcionando bem e com rapidez, ou se visualmente ele te agrada, se as cores estão boas, se o texto está legível e tudo que pode melhorar ou atrapalhar a experiência. Uma boa dica é tentar lembrar o que te irritou ou te surpreendeu em outros aplicativos e fazer uma comparação com o que você está desenvolvendo. Também é legal pedir para os amigos testarem, já que eles não estão com a experiência “viciada”, porque nunca viram o aplicativo.
Outra coisa importante é que o usuário não estranhe o ambiente novo. Se seu aplicativo é tão inovador que ninguém tem a menor ideia de como começar a usar, a experiência está comprometida. Assim, ícones familiares e um layout que lembre apps parecidos podem ajudar o usuário a navegar intuitivamente. É mais comum do que deveria que alguém não saiba o que significa algum ícone do app e muita gente acaba não usando todas as funcionalidades pelo “medo do desconhecido”.
Você pode estar se perguntando se UX não é, na verdade, outro nome para arquitetura da informação. Mas são dois termos distintos. Na arquitetura da informação, a função principal é deixar o acesso fácil e entregar o conteúdo da maneira mais eficiente. Na user experience, você usa o processo de arquitetura da informação como complemento ao total de elementos que melhoram a experiência, porque aqui a intenção é que a navegação não apenas seja fácil, mas também prazerosa. Uma maneira simples de pensar a diferença é que a arquitetura da informação deixa o uso de tudo mais fácil e a UX deixa o uso de tudo mais legal. A UX sempre deve levar em conta a arquitetura da informação, embora nem sempre quem faz a arquitetura de informação considere a UX.
Sabendo dessa diferença e entendendo a importância de um aplicativo que nos traga uma experiência prazerosa, é possível ampliar as possibilidades em relação ao cliente e tanto a aumentar presença da marca via marketing digital, como melhorar a forma como os usuários lembram dela. Você não vai querer ser lembrado por aí por um aplicativo que funciona mal, certo? Mas também não adianta nada ele funcionar bem se a experiência final não for agradável.
é analista de conteúdo digital na Agência Linka e jornalista formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Apaixonado por novas mídias, cultura digital e economia criativa.
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