Quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Quando se fala em transformação digital, muitas pessoas pensam apenas nas tecnologias disruptivas que irão acelerar processos, gerar mais eficiência e reduzir custos. Não há nada de errado em pensar nesses pontos como consequência das mudanças da nova revolução que vivenciamos, porém a transformação digital depende muito mais de uma transformação cultural das organizações, que deve ser “abraçada” pelas lideranças.
Não há dúvidas de que a transformação digital é uma questão de tempo e que as empresas deverão adotá-la para acompanhar as mudanças que serão decisivas para a sobrevivência num mercado cada vez mais dinâmico e competitivo.
Para trilhar a transformação digital de maneira bem-sucedida e exponencial, as corporações precisam entender o papel da cultura organizacional neste contexto, valorizando a mudança de mindset. Para que o mercado as reconheça como inovadoras, é preciso que a mudança seja percebida internamente. Os colaboradores precisam se inspirar – muitas vezes, a partir do exemplo do líder – para se tornarem mais criativos, engajados e colaborativos.
Acreditamos que a transformação digital só exista por causa das pessoas. Por mais que as tecnologias sejam importantes para a evolução da sociedade, elas são apenas um meio. A transformação digital, de fato, é uma transformação cultural, que começa na cabeça dos líderes e se estende por todas as pessoas da organização.
Uma pesquisa elaborada pela Mckinsey mostra que o principal gargalo nas transformações digitais é a falta de uma cultura forte. Segundo o levantamento, um quarto das empresas pesquisadas relatou que o maior desafio é o medo de correr riscos, enquanto outros 20% acreditam que a falta de compreensão comum à cultura da empresa é um limitador de mudanças.
Para que as empresas possam se transformar digitalmente, é importante que os novos modelos de negócios estejam alinhados com a estratégia geral da empresa, que pode ser definida a partir de um novo propósito, criado de maneira colaborativa, para traduzir a essência do que a organização de propõe a realizar neste momento, seja junto aos colaboradores, clientes e sociedade.
O início da jornada digital é como um grande mergulho no desconhecido, pois é impossível prever todos os passos e resultados. Embora o CEO não saiba exatamente onde chegará, ele tem consciência de que precisa iniciar a mudança, mesmo que não tenha 100% de certeza de que tudo dará certo. Essa é a grande virada de mindset e o grande motor de transformação de uma empresa, que deseja se posicionar de maneira diferenciada na construção de um futuro inspirador.
A transformação cultural que conduzirá à transformação digital necessita de uma liderança ativa, em todas as áreas da corporação, que instigue o time a se transformar constantemente com foco na experiência do cliente.
As novas tecnologias revelam um mundo repleto de possibilidades, onde as pessoas podem criar mais, explorar mais e realizar mais. É um ecossistema abundante, onde as conexões e integrações permitem pensar, testar e implementar projetos transformadores, a partir da cocriação de soluções para um futuro melhor.
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é fundador e CEO Global da Stefanini. Formado pela USP/SP em Geologia, Marco iniciou sua carreira na área de informática, como trainee no Bradesco, maior banco privado do país. Sempre atuante em seu segmento, o executivo foi um dos fundadores da Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (BRASSCOM). Em 2017,o fundador do Grupo Stefanini recebeu o Prêmio Líderes do Brasil na categoria Líder em Tecnologia da Informação.
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