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Inteligência artificial: por de trás da concorrência entre bancos e fintechs

Imagem: papeis em cima de mesa em que pessoas trabalham. Mídia programática.

O mercado financeiro mudou e requer um atendimento sob medida. Por isso, na disputa de mercado entre grandes instituições financeiras e as enxutas fintechs, uma nova ferramenta tem ganhado destaque: a chamada mídia programática por performance. São plataformas digitais que lançam mão de Inteligência Artificial para revolucionar o relacionamento com usuários das mais diversas tecnologias. O desafio das instituições é interpretar milhões de dados coletados todos os dias, transformar essas informações em produtos e serviços relevantes e oferecer a solução na hora certa.

Os dados gerados permitem anúncios muito segmentados, olhando perfil do usuário e momento na jornada de compra. E a mídia programática consegue interpretar comportamentos e tirar as conclusões necessárias que resultem em serviços mais eficientes e, além de gerar mais receitas, ainda reduz custos. Isso porque a compra de anúncios é realizada via software, em uma espécie de leilão em tempo real, sem contato com os departamentos comerciais dos sites.

A jornada do cliente da forma como acontece hoje e o advento das fintechs são os dois fatores principais que impulsionam a transformação digital nas instituições tradicionais. Ficou claro que o comportamento do consumidor não é massificado e, muito menos, homogêneo no seu relacionamento com os bancos. Dentro do conceito 4.0, é preciso oferecer um leque de opções tão variadas quanto são as preferências de cada um. É isso o que as plataformas digitais e as mídias programáticas proporcionam.

Estudo global da empresa Salesforce, – realizado com 6.700 consumidores de 18 países – revela que 80% dos clientes de empresas de vários setores, incluindo o financeiro, dizem que a experiência proporcionada é tão importante quanto seus produtos e serviços. E 56% afirmam que procuram sempre comprar das companhias mais inovadoras.

E inovação hoje envolve inclusão. O Brasil ainda tem uma grande população fora do acesso ao sistema financeiro, seja por falta de comprovação de renda, de nome negativado ou simplesmente porque não há interesse para tal. Dados do Instituto Locomotiva mostram que a população “desbancarizada” movimenta mais de R$ 820 bilhões por ano e soma 45 milhões de pessoas. E é nesse público que as fintechs estão de olho.

Trata-se uma fatia da população brasileira que abre um enorme potencial e os bancos não querem ficar de fora. Assim, a mídia programática ajuda na busca por soluções para inclusão da população no sistema de concessão de crédito.

As novas tecnologias, de modo geral, têm se mostrado aliadas capazes nesse processo, pois conseguem apontar uma parcela que não é identificada pelos birôs tradicionais de crédito. Dados da Neurotech, pioneira em soluções de AI para o setor financeiro, mostram que é possível para uma instituição financeira aumentar aprovações de crédito em mais de 15% utilizando ferramentas mais acuradas de análise, conforme a experiência de empresas clientes.

Na prática, são as tecnologias as responsáveis por coletar dados de mercado; associar ao que banco faz; adicionar variáveis do dia, como a cotação do dólar; e oferecer um pacote de serviços integrando vendas e marketing.

Thiago Cavalcante é diretor de Novos Negócios e sócio-fundador da Adaction, startup especializada em ações de mídia digital, que tem na carteira clientes como Bayer, Bradesco e WMcCan.

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