Terça-feira, 06 de novembro de 2018
As indústrias estão passando por uma grande transformação digital. Fintechs, Adtechs, Construtechs, Legaltechs, enfim, setores que estão pouco a pouco migrando de seus mercados tradicionais para o digital. Nessa mesma linha temos as Martechs, a mistura do marketing com a tecnologia, que agrega qualquer empresa focada em desenvolver o mercado do marketing através das novas tecnologias.
Como em outros segmentos, as equipes de uma Martech usam termos muitas vezes desconhecidos de outras pessoas, que ficam sem uma visão clara do que representam exatamente algumas palavras desse vocabulário. Pensando nisso, compartilho uma lista com as expressões do mundo do marketing digital.
Pequenos arquivos que os sites gravam no disco rígido do computador, a partir da primeira visita. Os cookies são a base da indústria de martech e adtech (tecnologias de publicidade ou a chamada mídia programática), porém não são a única forma de se acompanhar dados.
Para as ferramentas de Martech, a TAG é um snippet de código que, ao ser incluída no site, envia informações a terceiros, como soluções de digital analytics.
É um pacote que permite elaborar aplicativos para rodar em plataformas como Android e iOS, e nesse caso estamos usando o conceito para mensuração. Isso significa instalar o SDK das soluções de digital analytics em aplicativos, para enviar informações do uso do app.
First-Party Data: são os dados proprietários, coletados diretamente do consumidor, ou seja, todas as informações que uma empresa coleta diretamente, a partir de campanhas de marketing, análise de websites, sistemas de CRM, entre outros;
Third-Party Data: São dados de terceiros, com informações de consumidores que a empresa não dispõe diretamente, disponíveis para qualquer um que desejar pagar por eles, por meio de provedores de dados;
Second-Party Data – São dados de terceiros, porém são compartilhados de forma mais exclusiva com as empresas, para que, diferentemente do Third-Party, os concorrentes não tenham acesso.
É um conjunto de rotinas e padrões de programação para acesso a dados de um software, podendo ser para consulta, integração ou recebimento de dados.
É a diferença de tempo entre o início de um evento e o momento em que os seus efeitos se tornam perceptíveis. Este conceito é importante para entender o tempo de resposta da ferramenta. Temos soluções com latência de segundos (realtime) a horas. Assim, a análise de dados é viabilizada a partir da disponibilidade dos dados.
É um ramo da ciência da computação que se propõe a elaborar dispositivos que simulam a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. Nos ambientes da comunicação e do marketing, é a base de inúmeras ferramentas, tanto de transação de mídia, como otimização de comunicação.
É a plataforma utilizada pelos publishers para vender mídia digital de forma automatizada. Elas permitem que o veículo conecte-se com a solução para disponibilizar seus espaços publicitários (inventário). Essa tecnologia consegue analisar as ofertas de compra em tempo real de diversas fontes e quais são as melhores possibilidades.
É a plataforma utilizada pelos anunciantes ou agências para automatizar o processo de compra de mídia digital. Tais ferramentas têm por missão auxiliar na busca da melhor compra para o detentor da verba publicitária, comprando inventário de diversos publishers, embasado em segmentação e outras premissas. Ex: Adobe Media Optimizer, Kenshoo, Turn e Mediamath.
Plataforma que coleta, armazena, organiza e pode ser ativada para segmentações, públicos e demais quebras interessantes para a empresa. Os dados podem transpor de diversas fontes: DSP, Analytics, CRM, call center etc. A DMP pode ser usada por agentes de ambos os lados (compra ou venda).
É a tecnologia que permite o lance para a oferta de compra e venda de espaços publicitários em tempo real, similar a bolsa de valores mobiliários. Quando o lance disponibilizado pela DSP do anunciante chega ao objetivo de venda da SSP do publisher, ocorre a transação de mídia.
É a rede que congrega os anunciantes e os publishers de modo que possam comprar por categoria, ou seja, é uma ponte entre veículos segmentados e anunciantes. Uma AD network dispõe de dados de audiência de diversos veículos. Ela compra dos veículos por “atacado”, em uma espécie de pacote de mídia agrupado.
São parecidas com as AD networks, mas conseguem uma granularidade maior na transação, pois atuam em tempo real, sendo o ponto de contato entre anunciantes e publishers. É como um marketplace de espaços publicitários, com a possibilidade de analisar o local onde a impressão ocorreu.
É uma agência ou unidade de negócios que centraliza, gerencia e otimiza a venda de mídia. Normalmente utilizando uma DSP ou outra tecnologia de audience buying. Tem por missão otimizar o processo de compra no ambiente programático.
É o estudo da representação visual dos dados, definidos como informações que podem ser representados de forma a facilitar o entendimento. Tão importante como coletar e analisar os dados, é ter a capacidade de transmitir a informação. O Dataviz permite que as pessoas não envolvidas na rotina de dados consigam assimilar o conhecimento e reconhecer os dados, fazendo análises e comparações.
As Martechs chegaram para melhorar – e tornar mais fácil – a relação entre marcas e consumidores. Essas empresas trabalham para que as companhias proporcionem experiências que vão além do simples consumo. Com características próprias da era da informação, estão transformando as experiências.
Com mais de 10 anos de experiência em análise de marketing digital, Ariane trabalhou com as maiores empresas do Brasil, entre elas SKY, Fiat, Sony, Sadia, Embratur, Infraero, Citibank e Credicard. A executiva foi gerente na Agência Click Business Intelligence e responsável pela qualidade dos dados na implementação, medição, relatório e análise. Hoje é diretora na A² BI, empresa certificada em Google Analytics e Adobe Experience Cloud e especialista em Gestão de Dados.
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