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Tendências no Marketing Digital em 2017

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Chegou o fim de ano, é hora de refletirmos o que ocorreu de melhor e de pior no ano que está fechando. Toda a análise do que foi feito, toda a evolução do mercado e o comportamento dos consumidores, nos fazem aprender qual a melhor forma de agir para melhorar a comunicação com eles e garantir uma captação mais eficaz, e se possível, com um custo bem menor. E depois de tantas análises, tantas tentativas (com acertos e erros) em ações de marketing digital, conversas com vários profissionais do mercado e lendo muitos artigos, já é possível apontar algumas tendências para o ano de 2017.

 

Wi-fi Ads

Usar rede wi-fi como estratégia de marketing não é nenhuma novidade, porém acredito que as empresas estão começando a aprender a fazer isso melhor e por isso prática deve ganhar muita força no próximo ano. A oportunidade para estabelecimentos físicos monetizar suas redes e para as marcas conseguirem se aproximar de um público novo e, em vários casos muito perto do local de consumo, são alguns dos atrativos.

Mas o que deve atrair o investimento nesse tipo de ação em 2017 é a maior possibilidade de impactar o consumidor de forma out-of-home, dando a chance do anunciante ter métricas digitais, com informações detalhadas das ações e do perfil do consumidor através de uma plataforma web. Algumas empresas especializadas já surgem, como a INTV Brasil, rodando publicidade em redes wi-fi instaladas em diversos lugares do país (como aeroportos, shoppings e até na orla do Rio de Janeiro) e oferecendo acesso gratuito para o usuário em troca de exibição de publicidade.

Nesse caso o dono do estabelecimento ganha um percentual pago por uma marca para rodar sua campanha, que por sua vez, tem acesso a todo tipo de métrica necessária para acompanhamento de performance. E cada vez mais a criatividade vem chegando nesse tipo de midia, permitindo um bom poder de conversão e de geração de leads. Ficaremos de olho em 2017, pois com certeza as empresas deveriam apostar e inovar nesse formato de mídia.

 

Personalização e segmentação de conteúdo

O marketing de conteúdo se tornou o queridinho dos profissionais de marketing digital e as ações de inbound marketing ditaram as estratégias de várias empresas nos últimos anos. Porém, seguindo a cartilha do inbound, muitas empresas colocaram no ar muitos e-books, infográficos e artigos muitas vezes com qualidade duvidosa, fazendo com que a atenção do usuário fosse atraída inicialmente, mas rapidamente o perdendo pela falta de relevância do conteúdo.

O consumidor agora já aprendeu a ser mais seletivo no que “consome” de conteúdo na internet e por isso as empresas precisarão se preparar para entregar ao máximo aquilo que o usuário realmente precisa ver. Um gerenciamento inteligente de leads da base será primordial, para que a entrega automatizada e qualificada seja realizada através de e-mails e outros canais de mídia. Entender melhor a jornada de compra do consumidor para saber em qual fase do funil de vendas ele está, e assim entregar um conteúdo mais relevante, é uma coisa que sai do básico para o extremamente necessário.

As redes sociais também precisarão ter sua segmentação definida e em alguns casos o mesmo conteúdo poderá ser entregue com chamadas diferentes para públicos distintos, tudo isso para encontrar a melhor forma de impactar cada uma das buyer personas da marca. Muitas ferramentas podem ajudar nesse processo, mas o importante é ter em mente que a “conversa” com o consumidor precisará ser cada vez mais direta e personalizada.

 

Vídeo e influencers

Desde 2008 quando iniciei um trabalho na área de marketing e mídia no site Videolog.tv, acompanhei a evolução do vídeo como estratégia de marketing. Depois de 5 anos conversando com agências digitais, clientes e profissionais, evangelizando as oportunidades e tentando “vender” o poder viral, de engajamento e de segmentação que o vídeo trazia, somente hoje consigo ver que o mercado amadureceu e entende como o vídeo é benéfico em ações de marketing digital. Na época, muitas empresas ainda insistiam em apenas replicar anúncios da TV na internet, o que obviamente não trazia muitos resultados positivos, poucas eram as empresas que investiam em vloggers.

Atualmente, esses vloggers (ou youtubers) são considerados digital influencers, pessoas que conseguem muitos seguidores em seus canais (seja Youtube, blog, instagram, snapchat, etc…) e com isso conseguem se monetizar para divulgar todo tipo de produto. Esses produtores de conteúdo se aperfeiçoaram, as empresas entenderam o valor que eles tem e, por isso, acredito que a pessoa que estiver fazendo a mesma função que eu fazia lá atrás em 2008, terá uma vida muito mais fácil para convencer as empresas que quiserem investir em video nesse ano de 2017!

Minha dica, é que as empresas invistam mais em video, seja para brand ou performance, os resultados com certeza serão positivos se o planejamento e execução forem bem feitos. São tantos os bons produtores no Youtube hoje em dia que já existem várias empresas especializadas em achar o melhor youtuber para a sua ação ou ajudá-lo a conseguir os resultados que você deseja, empresas como a Celebryts e a 301.yt, por exemplo, fazem isso muito bem. Então aproveite e se planeje, pois a tendência é que o tráfego dos vídeos cresça cada vez mais nos próximos anos.

 

Mobile Commerce

O acesso mobile está cada dia maior, o forte ainda são as redes sociais e consumo de conteúdo. Porém, aos poucos o perfil do consumidor está mudando e ele começa a aprender a comprar pelo seu celular, aliás ele faz tudo pelo celular, acho que o que menos se faz hoje pelo celular é ligar! Em 2017 o mobile já deve representar 40% de todo o faturamento do e-commerce brasileiro (fonte: Ebit) e por isso é necessário que as empresas do setor prepararem melhor e de forma mais profissional os seus aplicativos e sites para dispositivos móveis.

O próximo ano não deve ser o “futuro” do mobile como sempre ouvimos, muito provavelmente será o “presente”, será “a hora da verdade” para o mobile no setor de e-commerce e uma grande oportunidade para os varejistas. Quem não se adaptou ou se planejou, acho bom correr se quiser ter bons resultados via mobile em 2017! A ideia tão dita por aí sobre “mobile first”, nunca foi tão real!

Profissional de Marketing, no mercado digital desde 2002. É Head de Novos Negócios da UM Agência e consultor de comunicação estratégica com foco no desenvolvimento de negócios, inbound, branding, inside sales, planejamento e gestão de marketing. É também produtor de conteúdo e fundou em 2012 o projeto INTRIP, um site de viagem sobre turismo de experiência.

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