Segunda-feira, 05 de fevereiro de 2018
Em um momento em que os publishers online fazem malabarismos com RPM (receita por mil impressões) e a experiência do usuário, o conteúdo patrocinado leva ao equilíbrio perfeito.
O conteúdo patrocinado tornou-se mais popular nos últimos anos entre anunciantes, como forma de combater as baixas taxas de conversão em banners e engajar os consumidores com experiências de conteúdo mais ricas.
Enquanto a qualidade, relevância e o valor para o leitor do conteúdo de marca (geralmente em forma de editoriais publicitários, vídeos ou podcasts com a personalidade da publicação), tem melhorado continuamente, o mesmo ocorre com a aceitação e a resposta do consumidor.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pelo provedor de software Polar, 30% dos consumidores dos Estados Unidos, e um a cada três millennials, disseram que fizeram uma compra após verem um anúncio de marca. O MediaRadar revela que as marcas que compram unidades de anúncios nativos têm quatro a cinco vezes mais engajamento do que com a compra de unidades de banner tradicionais.
Mas e o outro lado da equação? Qual o valor que os publishers online conseguem com essa nova abordagem de monetização?
Uma das vantagens do conteúdo patrocinado para os publishers é que ele é uma exceção à tendência dos formatos de anúncios que aparecem do nada na cara do consumidor (não muito efetivos).
A medida que os anunciantes se esforçam para se destacar na multidão de anúncios com formatos mais disruptivos como banners de auto-expansão, “page takeover” e vídeo de execução automática, a experiência do usuário tornou-se barulhenta e distrativa. Os consumidores não só estão desligados, como esse caos está prejudicando as publicações premium com altos padrões editoriais e expectativas dos leitores.
Já o conteúdo patrocinado pretende se incorporar discretamente com o conteúdo editorial da página. Normalmente, é colocado no final de um artigo, permitindo que o leitor termine a história sem interrupção, e a maioria dos anúncios aparece em um tamanho fixo.
Muitos feeds de conteúdo patrocinado também são altamente planejados, direcionados especificamente ao leitor e/ou relacionados ao tema do conteúdo. Isso aumenta consideravelmente a probabilidade de um leitor se engajar com o anúncio e, até mesmo, fazer uma compra a partir dele.
A capacidade de os publishers aumentarem as RPMs com programas de conteúdo patrocinados robustos sem comprometer a experiência do usuário têm salvado muitas publicações de alto nível.
De acordo com a previsão da Contently, BI Intelligence e Interactive Advertising Bureau, a publicidade nativa gerará US$ 21 bilhões em investimentos publicitários até 2018. Segundo relatório do Adage, as publicações premium podem obter até US$ 75 mil por mês por uma única colocação de anúncio nativo.
Com formatos nativos projetados para envolver de forma perfeita, textos e vídeos patrocinados podem ser adaptados à identidade do site do publisher. Esta é outra forma com a qual os publishers podem manter os padrões da marca e a experiência positiva do leitor, que é a chave para sustentar e construir uma audiência.
Especialmente à medida que os formatos mais inovadores e as estratégias de conteúdo orientadas para o leitor emergem no domínio do anúncio patrocinado, os publishers olharão cada vez mais para esse modelo como uma forma de aumentar a receita e fazer com que o público volte ao site.
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acumula mais de 25 anos de experiência nos segmentos de marketing e publicidade, sendo um dos pioneiros no mercado digital nacional desde 1996. Dirigiu grandes agências e empresas como Modem Media, Yahoo! Brasil, Razorfish, MRM McCann e Turn, com experiências diversas em Digital, CRM, Marketing Direto, Mobile, Games e AdNetworks e Programmatic. Reconhecido como um líder na indústria local, foi nomeado como um dos Top 10 Business Internet em 2000, 2001 e 2002. Atualmente, lidera o escritório brasileiro da Taboola.
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