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O renascimento do native advertisement

Como tudo na vida, tendências e técnicas de marketing digital são cíclicas. Display já teve seus altos e baixos, assim como search e até social. Mas uma das ferramentas mais antigas do marketing está passando por um momento “revival”, atualmente. Estou falando do native advertisement, ou “publieditorial”.

O grande responsável por essa volta é o tão amado e odiado ad blocker. Quando ele surgiu, há alguns anos, os publishers e os profissionais de marketing tiveram que rever as suas maneiras de trabalhar para contornar essa nova tendência. No meio de tantas novidades, surge o publieditorial – ou melhor, ressurge. Se você ainda tem dúvidas quanto ao significado de native, saiba que ele é um conteúdo de marketing que adiciona valor e se mistura com a experiência do usuário. Um texto patrocinado em meio às pautas do site, um vídeo pago por uma empresa para valorizar seus serviços, ou qualquer outro conteúdo patrocinado, mas que se adapte ao estilo e ao visual do site. O importante é que não pareça uma publicidade, e sim um conteúdo.

Em um mundo onde as pessoas querem cada vez menos publicidade e mais conteúdo relevante e customizado para elas, algo como publieditoriais são essenciais. Com ao menos 309 milhões de pessoas bloqueando anúncios em seus celulares atualmente – de acordo com a Business Insider – a rejeição a interações como takeovers e pop-ins só aumenta, e os profissionais de marketing estão procurando maneiras alternativas de passar seu recado. E talvez eles estejam no caminho certo.

Também de acordo com a Business Insider, espera-se que os native ads gerem, em 2017, uma receita de $20,9 bilhões, mundialmente – o mesmo valor que a Apple Store gerou no ano passado, para comparação. Já em 2021, estima-se que a receita gerada por native ads seja 74% de toda a receita de advertising.

Para se trabalhar com publieditorial, a chave para uma ótima experiência de marketing é a integração das campanhas no ambiente orgânico e natural do conteúdo, mas garantindo, ainda, que o consumidor é quem possui o controle final. Dessa maneira, prepare-se para trocar o foco das suas comunicações e do seu plano de marketing, pois o native já está aqui, e pelo que parece, não tem nenhuma intenção de ir embora.

Reconhecido como pioneiro do mercado digital Brasileiro, Edmardo Galli fundou sua primeira empresa digital em 1996 - a agência interativa 10'Minutos, adquirida pela Ogilvy & Mather em 2007. Foi presidente para a América Latina da Umbro.com e presidente Brasil da Todosport Network. No mercado de entretenimento, Galli ganhou reconhecimento nacional através de suas bandas de rock, Hanói-Hanói e Heróis da Resistência, atingindo discos de ouro e platina em vendagens. Atualmente, é responsável pelas operações na América Latina da IgnitionOne e combina sua experiência artística e corporativa no dia-a-dia de sua liderança executiva.

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