Quinta-feira, 14 de maio de 2020
É verdade que a 4ª Revolução Industrial trouxe muitas oportunidades, colocando os RHs das empresas na vitrine da inovação, como a “bola da vez”. Mas também temos que reconhecer que foi graças ao mindset de muitos profissionais que o negócio caminhou. E que bom que isso aconteceu! Imagina como seria impulsionar esse crescimento sem um sponsor? Ou somente com a pressão dos novos perfis de colaboradores e até mesmo da própria indústria de tecnologia?
Quero compartilhar com vocês uma jornada de conversas que tive com mais de 200 líderes de RH de renomadas empresas brasileiras, ou com sedes no Brasil, entre 2019 e 2020, sobre os impactos da inovação nos instrumentos de Gestão de Pessoas.
O pano de fundo era uma questão trazida à tona pela Harvard Business Review, quando os líderes de RH questionaram sobre: “faz sentido o que estamos fazendo?”. Na matéria, entrevistas e pesquisas com grandes empresas, como Accenture, Microsoft, GE, dentre outras, que contavam sobre suas experiências ao abandonarem os modelos tradicionais de Avaliação de Desempenho.
O tema continua sendo de extrema complexidade. Afinal, faz sentido avaliações anuais, 9box, curva forçada, PLR associado à metas e feedbacks enviesados pela própria avaliação? Deixo a pergunta aberta para você opinar e faço questão dessa troca.
Mas vamos em frente, porque na jornada eu ouvi um pouco de tudo e quero compartilhar sobre para onde estaríamos indo com a tendência de inovação do modelo. O que acredito ter dado legitimidade ao artigo.
A pergunta é daquelas que vale 1 milhão de dólares. Afinal, não há uma resposta absoluta. Mas, tendência é tendência, e os pontos incomuns em 90% dos casos foram:
Há no mundo milhares de HR Techs trabalhando para o aprimoramento dos instrumentos de Gestão de Pessoas, pois, sem tecnologia será muito difícil, ou melhor, será impossível conduzir a inovação, atrair e reter talentos, e ainda, manter o negócio competitivo frente aos adventos das revoluções industriais, transformação digital e de conceitos como Employee Experience e Future of Work.
Nós brasileiros somos menos hard techs. Ou, para caprichar na abordagem, somos de um perfil mais soft tech. Precisamos de ajuda para operar bem as tecnologias, mesmo elas sendo do tipo friendly. O que não é de todo ruim, afinal, há também milhares de consultorias que propõem sustentação aos projetos.
Nunca fez tanto sentido para mim a famosa citação de Jacob Morgan: “Em um mundo movido por tecnologia, ser humano nunca foi tão importante”.
Uma boa forma de começar a preparar as mudanças inevitáveis desse modelo tradicional é começar a ouvir melhor as pessoas, seus próprios colaboradores. E aqui vão mais alguns pontos importantes.
Associar tecnologia à serviços e estar atento às expectativas do colaborador, atender a gestão de pessoas, preparar a liderança e adequar o ambiente de trabalho, são, sim, os ingredientes de uma fórmula mágica. Mas sabe aquele ingrediente secreto que toda poção mágica tem? Para mim ele se chama Cultura Organizacional. Ela que deverá reger tudo e todos que estiverem submetidos ao processo, seja ele o velho e tradicional, ou o novo e disruptivo.
Head de Negócios Estratégicos para o BWG. Graduado em Administração de Empresas pela Anhembi Morumbi e em Gestão de Marketing pela Universidade Paulista, pós graduado em Comunicação Corporativa pela FAAP. O especialista tem mais de 15 anos de experiência realizando projetos com tecnologias para impulsionamento da Cultura Organizacional e dedica horas de conhecimento em projetos sociais como Diretor de Comunicação da FEG - Fraternidade Espírita Gina e como Educador de disciplinas correlacionadas, nos cursos de capacitação do Projeto Semear.
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