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[Expo Digitalks] Futuro do trabalho: como se preparar para a nova economia digital

De acordo com Liliane Rocha, CEO da Fundação Kairós, e Paula Paschoal, Diretora Geral do PayPal Brasil, o futuro do trabalho está na inclusão de profissionais e reformulação de habilidades

 

Por Gabriel Dias*

Para onde estamos caminhando em relação ao futuro do trabalho? Certamente muitas profissões exigirão habilidades com as principais tecnologias como: inteligência artificial, Big Data, robótica, IoT, nanotecnologia, entre outras. Mas essa relação com as máquinas e robôs serão benéficas para os seres humanos?

De acordo com relatório do Fórum Econômico Mundial de 2018, The Future of Jobs Report, 75 milhões de empregos poderão ser substituídos por mudanças na divisão do trabalho até 2022. A estimativa leva em conta as chances da automação acabar com algumas funções e tarefas, e o crescimento de novos produtos, serviços e empregos gerados pela adoção de novas tecnologias.

Segundo o relatório, o conjunto de habilidades exigidas em ocupações antigas e novas mudará na maioria dos setores e transformará como e onde as pessoas trabalham. Além disso, a 4ª Revolução Industrial pode afetar de maneira diferente trabalhadores femininos e masculinos e transformar o desequilíbrio de gênero nas profissões. “O modo de se preparar para a nova Economia Digital é trabalhar a diversidade”, apontou Paula Paschoal, Diretora Geral do PayPal Brasil, no painel de debate sobre o futuro do trabalho no Expo Fórum Digitalks 2019.

De acordo com Paula, é mentira que a revolução digital vai acabar com os empregos. “Vamos precisar de novas capacitações para atuar nesse novo cenário. Skills como planejamento estratégico e liderança são exemplos para o futuro”, afirmou.

Liliane Rocha, CEO da Fundação Kairós, também participou do debate e assegurou que a transformação tecnológica é o caminho para enfrentar as desigualdades étnicas, culturais, sociais e sexuais.

“Devemos usar a drástica mudança tecnológica para refletirmos sobre quem somos e como vemos o mundo”, declarou Liliane.

 

Como se preparar para o futuro do trabalho?

A CEO da Fundação Kairós alega que existem três pilares para profissionais e empresas se prepararem para o futuro do trabalho: desenvolver novas habilidades dentro do contexto da 4ª Revolução Industrial; compreender em profundidade as questões de desigualdades e diversidade; além de pensar e criar novas formas de trabalho.

 

Foto: Duas mulheres no palco.
Paula Paschoal e Liliane Rocha debatem no Expo Fórum Digitalks 2019 o futuro do trabalho.

 

Paula Paschoal afirma ser otimista com a transformação tecnológica nas profissões do futuro, mas garante que, para o mercado atingir sucesso nas mudanças de habilidades e nas igualdades de oportunidade, é preciso apoio das lideranças. “A gente depende de políticas públicas voltadas para esses objetivos e decisões de grandes empresas na busca e capacitação de profissionais”, justificou Paula.

 

Diversidade como solução

Liliane Rocha e Paula Paschoal dizem que é necessário um movimento a favor da diversidade nos ambientes de trabalho.

“Diversidade é realidade da vida na Terra. A escolha é se vamos ser ou não inclusivos”, afirmou Liliane. “Os ambientes de alto nível ainda são muito separatistas em relação aos negros. É difícil ter negro nesses meios”, apontou Paula.

A diretora geral do PayPal revelou que trabalha a inclusão em sua empresa e nota diferença nos resultados com uma equipe diversificada nos locais de trabalho. Segundo Paula, empresas com time mais diverso possuem 33% a mais de chances de performar melhor.

Paula Paschoal reforçou que diversidade é buscar visões diferentes de grupos sociais, culturais e sexuais distintos. Para Paula, graças à tecnologia, é possível capacitar colaboradores que tiveram menos oportunidades de aprendizado e que trabalhar times mais diversos depende de vontade. “Temos ferramentas para capacitar as pessoas. Existem caminhos para a tecnologia ser super inclusiva também”, alegou.

*Gabriel Dias é jornalista formado no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Analista de Comunicação no Digitalks, Gabriel também tem experiência nas áreas de jornalismo político. Trabalhou em agências de comunicação e na Câmara dos Deputados. Gosta de produzir conteúdos digitais e foca no Marketing Digital.

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