Quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
Parece nome de banda com aspirações rebeldes fundada numa garagem bem organizada por filhos de engenheiros do Vale do Silício, mas liberdade algorítmica é a expressão que se tornou o cálice sagrado na busca pelo crescimento – e monetização – no mercado de criação de conteúdo.
Ganhar a vida na creator economy é a profissão dos sonhos de vários jovens. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, a profissão de “vlogger” é a mais desejada entre as crianças, sendo que 30% delas revelaram que esperam seguir essa carreira no futuro – segundo dados da Fundação Lego. Enquanto isso, no Brasil, 75% dos jovens no país desejam se tornar influenciadores, segundo uma pesquisa realizada pela empresa de publicidade INFLR.
Para que toda essa nova geração de empreendedores digitais, infopreneurs e influenciadores possam ter uma chance de fazer carreira no mercado digital, é preciso encontrar maneiras de transformar o alcance das redes sociais em comunidades próprias.
E só existe um caminho possível: a liberdade.
Liberdade de conteúdo, flexibilidade de monetização, independência dos algoritmos. Não construir em terreno alugado, esse é o mantra da creator economy. O terreno alugado, claro, são as redes sociais, onde somos todos sujeitos à moderação de conteúdo e todas as nem sempre sutis mudanças no algoritmo, que ditam o alcance e o formato dos conteúdos. Cada creator precisa ter a liberdade de explorar formatos que sejam adequados ao seu conteúdo, pensando no seu público. Ao invés de seguir criando no formato que mais agrade o algoritmo, desfigurando seu conteúdo em busca de alcance.
E só assim, a partir da tão sonhada liberdade algorítmica, que soa como palavrão mas é desejo e necessidade, é possível uma monetização justa, diretamente com seu público, sem a relação de sociedade compulsória com plataformas que ficam com boa parte da receita gerada por creators.
A liberdade algorítmica pode parecer distante pela onipresença das redes sociais na Creator Economy, mas, cedo ou tarde, criadores de conteúdo percebem que só podem brilhar em um ambiente digital com transparência, equidade e diversidade.
Algumas das estratégias que têm sido utilizadas pelos profissionais da área para garantir esse cenário são:
A liberdade é a principal catalisadora da inovação e da criatividade. Quando criadores produzem conteúdos sem restrições rígidas, abrem-se novas possibilidades para novas experimentações e inovações, o resultado são produtos originais e que atingem pessoas reais.
A capacidade de creators de definirem suas próprias narrativas afeta significativamente a percepção do público, já que as suas histórias e opiniões são contadas de uma forma autêntica e de acordo com os seus objetivos profissionais. Do outro lado, os seguidores entendem a sinceridade daquela mensagem e o quanto o ambiente em que ela é transmitida é genuíno, estabelecendo uma relação de confiança e fiel.
E, claro, isso só é possível com a liberdade de escolha das plataformas. Os criadores devem ter a chance de selecionar onde e como desejam compartilhar suas ideias, sem depender totalmente das mídias tradicionais.
Dessa forma, se deixarmos essas mentes criativas trabalharem e assumirem as responsabilidades dos seus negócios, é questão de tempo até vermos uma competição acirrada e saudável de quem consegue inovar primeiro.
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