Terça-feira, 17 de julho de 2018
Termo familiar à maioria das companhias, o Business Intelligence é a tecnologia que busca coletar, organizar e analisar – por meio de softwares de gestão – os dados gerados por uma empresa, entregando informações relevantes para a tomada de decisões mais assertivas. Porém, a situação mais recorrente que vemos nas corporações que implementam este tipo de serviço é ter um grande volume de dados – sem uma segmentação eficiente – que pouco oferece de insumos e insights para auxiliar os decisores.
Em grande parte, esta falta de controle do dados de uma companhia se deve pelo pouco conhecimento dos profissionais em técnicas de análises e também ao uso de soluções pouco intuitivas. Este cenário, ainda tão comum no mundo corporativo brasileiro, tende a mudar nos próximos anos. Isto porque uma das evoluções tecnológicas que estamos presenciando é o aprimoramento de análise de dados, utilizando a arquitetura de Data Lake, tecnologia que coloca o BI em um novo patamar ao utilizar uma cloud automatizada. Este tipo de arquitetura de dados busca dar visibilidade a massa de informações perdidas ou mal trabalhadas e, com isso, entregar insights que suportem decisões estratégicas.
Um exemplo é o e-commerce. Todos os dias pessoas compram produtos em lojas virtuais, mas, muitas dessas empresas não conseguem extrair, no momento da interação com os clientes, informações consistentes que possam ser utilizadas em seu benefício.Com a arquitetura de Data Lake é possível entregar um BI mais refinado, pois nessa construção consolidamos dados de diversas fontes em uma única linguagem.
A abordagem tradicional de BI entrega uma base de dados macro. Quando aplicamos Data Lake e um cientista de dados aplica machine learning, os bots utilizados para as buscas, por exemplo, aprendem quais são os resultados que mais interessam a cada gestor, fazem uma filtragem inicial e a cada busca aprimoram ainda mais entrega das informações adequadas para cada área.
Um CFO de uma companhia de logística, por exemplo, pode se interessar pelo gasto de cada frota, tempo da entrega e custo benefício de cada venda. Já um CIO pode querer entender como o rastreamento dos caminhões e as informações das compras agilizam o trabalho dos motoristas. Este cenário, porém, ainda não é o mais comum nas empresas brasileiras. Hoje todos os executivos recebem o mesmo volume de dados e precisam filtrar buscar o que mais interessa a cada um. É exatamente nesse ponto que um projeto de Data Lake pode ajudar. E muito!
A tecnologia tem passado, nos últimos anos, por constantes evoluções. De 1760 a 1840 tivemos a 1ª Revolução Industrial, com o desenvolvimento da máquina a vapor, que impulsionou a indústria têxtil e de ferro. Em seguida, de 1850 a 1945, o mundo assistiu a 2ª Revolução Industrial e os avanços da indústria química, elétrica, de petróleo e aço. A 3ª Revolução, de 1950 a 2000, trouxe os computadores e o cloud computing, que mudaram de forma definitiva a sociedade, impactando profundamente o modo como as empresas fazem negócios. Nos dias atuais, estamos vivendo a 4ª Revolução, com fábricas inteligentes, big data, IoT e suas disrupções. Este movimento é marcado – principalmente – pela reinvenção constante da tecnologia e, as companhias que souberem aproveitar essas transformações, serão – sem dúvidas! – aquelas que ditarão os próximos passos do mundo corporativo.
Teles é Executivo de Contas na Mandic Cloud Solutions. Possui MBA em Administração, Negócios e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Atua no mercado de TI desde 2000, com ampla experiência na transformação de empresas que buscam soluções de automação, IA e Data Lake. Trabalha no desenvolvimento de projetos, de ações estratégicas para reduções de custos e aumento de faturamento, planejamento e implantação de sistemas, gerenciamento de ambiente tecnológico heterogêneo em grandes data centers e na reestruturação de processos.
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