Sexta-feira, 27 de abril de 2018
Apesar de estar diariamente presente em nossas vidas, há mais de duas décadas, a internet ainda é um ambiente cheio de desafios. A rede, que deu os primeiros passos no Brasil em 1988, logo se tornou um espaço fundamental para o desenvolvimento de diferentes mercados. A partir disso, novas questões entraram em pauta: “Como regulamentar o que acontece no meio digital?” e “Como torná-lo seguro?”. Foi buscando essas respostas e com foco no mercado publicitário que o CENP (Conselho Executivo de Normas-Padrão) elaborou o Anexo D.
O dinamismo e a rapidez que caracterizam a comercialização de mídia exigem um cuidado redobrado no que se refere à transparência e efetividade do trabalho das três partes do processo: anunciantes, agências e veículos. É aí que entra o Anexo D. O documento propõe uma série de normas a serem obedecidas nos quesitos de “Transparência e Prestação Responsável de Contas”, “Formação e Divulgação de Preços e do Inventário” e “Faturamento e Pagamento”, além da própria relação entre as partes citadas acima.
Quem lida com esse dia a dia reconhece a importância de concretizar essas mudanças. Em mercados mais maduros, como o americano, a transparência é o padrão em qualquer relação, inclusive na mídia programática. Tanto eu, quanto a Predicta como um todo, concorda com a iniciativa, até porque, estamos trabalhando com transparência já há bastante tempo.
Esse paralelo com o mercado americano nos faz chegar à seguinte conclusão: por mais que o mercado midiático brasileiro esteja em evolução, ainda é fundamental que existam normas e regras que evitem potenciais fraudes. O Anexo D vem em um ótimo momento, mas é uma pena que ele seja necessário para garantir a transparência dentro do mercado. A partir do momento em que a indústria começa a entender que tem uma caixa-preta que precisa ser aberta com relatórios de mídia, clareza nas metas, dados mostrando de onde o investimento está saindo e para onde está indo, todo mundo só tem a ganhar.
Outro ponto positivo está no fato de que os anunciantes, as agências e os veículos de comunicação passam a ter mais influência no momento de exigir dados mais claros a respeito de uma determinada operação. O CENP é uma instituição muito importante e reconhecida dentro do mercado. Então, quando ela estabelece uma regra, chama mais a atenção. Se alguém ainda tiver interesse em se beneficiar da falta de transparência para aumentar sua lucratividade, vai enfrentar mais barreiras. Os anunciantes, por exemplo, poderão exigir muito mais clareza nas informações de onde o seu investimento está sendo direcionado.
Com experiências tanto no meio digital como no televisivo, Ezio Jemma começou a sua carreira jornalística em 2011, quando ingressou na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). O primeiro estágio veio no 3º ano de faculdade como redator e produtor de conteúdo do Guia da Semana, de onde sairia apenas em 2015 para se aventurar no programa Estagiar da TV Globo. No ano seguinte, veio a efetivação como produtor de reportagem. No entanto, na metade de 2017, o fascínio pelo mundo digital e a sede por desafios falou mais alto. Uma proposta da Predicta para ser executivo de Costumer Success da YContent veio na hora certa, dando início a um novo capítulo nessa história.
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