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A ascensão do AfroEmpreendedorismo Brasileiro

Como o AfroEmpreendedorismo tem crescido cada vez mais no Brasil e aumentado a representatividade no plano executivo

 

Foto: mãos dadas na água. AfroEmpreendedorismo.

Se você precisar comprar acessórios indígenas, ou roupas orientais, você sabe aonde encontrar? Pois é, esses produtos/serviços culturais são específicos e menos conhecidos do público geral.

Vou te apresentar um Brasil que, talvez você desconheça ou veja de outra forma, relatando dados importantíssimos para o cenário econômico, PIB, educação financeira, criatividade, oportunidade, tendências e mercado digital.

O Brasil é o país mais empreendedor do mundo, segundo a GEM (Global Entrepreneurship Monitor), justificado talvez pela nossa capacidade de adaptação em meio às mudanças, coragem, garra e o famoso “jeitinho brasileiro”. Entre os microempreendedores, cerca 56% são negros, oriundos do desemprego e amplo tempo para recolocação.

Tais empreendedores, antes vistos como apenas “bicos”, quando chegavam ao mercado de trabalho, deparavam-se com a falta de acesso à educação, tecnologia e a pouca representatividade na classe executiva do corporativismo. Contradizendo as expectativas de mudanças orgânicas, resolveram arriscar e escrever a sua própria história, investindo seu tempo em cursos, eventos e palestras e consultorias como o Sebrae. E uma ótima informação: está dando certo! 🙂

Algumas dificuldades presentes no início de uma empreitada são: a falta de investidor-anjo, crédito bancário, mentoria e conhecimento aprofundado em plano de negócios. Esses obstáculos são a causa central de tais ideias não saírem do papel.

Quero ressaltar que, não são projetos de negros para negros e sim projetos para pessoas que gostam e consomem produtos/serviços da cultura negra, assim como existem a cultura indígena, oriental, etc. Tais projetos não visam separar e, sim, promover uma cultura pouco explorada.

Abaixo alguns projetos digitais, que estão em crescimento e destaque, como grandes apostas para 2019.

Estilo Afro
É o primeiro Marketplace focado em unir, num só lugar, vendedores e consumidores amantes da moda afro-brasileira. Em dois anos de atuação, já conta com dezenas de lojistas, mais de 3 mil produtos. Há dois meses, também está em processo de aceleração pelo programa Vai Tec, da prefeitura de SP, de onde recebeu seu primeiro aporte financeiro.

“Aposta em vendas online é a maneira mais inteligente de possibilitar a geração de receita recorrente, já que as feiras e eventos afro são sazonais e regionalizados”, afirma Anderson Assis, fundador da Estilo Afro.

AfroHub
É um programa de aceleração para empreendedores negros idealizado pelo Instituto Feira Preta, Afrobusiness e Diáspora.Black, que recebe o apoio do Facebook. A iniciativa nasce com a proposta de fomentar o crescimento de negócios fundados por empreendedores negros, utilizando tecnologia e com mentoria de executivos do Facebook.

“Estamos bem avançados nisso. Acreditamos que será possível criar um fundo de investimentos olhando para a diversidade. Queremos muito que isso aconteça até o fim do programa”, diz Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta.

Movimento Black Money
Se faltava capacidade técnica, essa rede de profissionais vem suprindo essa necessidade. Com foco em comunicação, educação e empreendedorismo, o MBM produz conteúdos nas áreas de inovação, tecnologia e finanças; além de ofertar cursos de curta duração nas áreas de marketing, gestão e tecnologia.

“Ter experiência na área de Tecnologia e Gestão de negócios me auxiliou a estar nessa rede de agentes de impacto”, indica Nina Silva, fundadora do MBM.

Clube da Preta
O primeiro clube de moda afro por assinatura no Brasil. “Meu maior sonho é dar autonomia é liberdade financeira aos nossos parceiros”, revela Bruno Brígida, fundador do clube.

Com todo esse movimento acontecendo, visando a médio e longo prazo, teremos uma representatividade no âmbito executivo nos próximos anos, logo, geração de empregos. Com mais empregos, o aumento do poder de compra e um menor desequilíbrio socioeconômico, nós iremos promover assim a equiparação social e senso de igualdade.

O assédio do exterior tem sido constante e cada vez mais agressivo, oferecendo qualidade de vida, visto de trabalho e benefícios fiscais. Apesar disso, valorize os projetos culturais, apoie e dê oportunidades sempre. A prática de reter talentos deve ser diária e sincera. Ajude a escrever essa nova história, participe dessa mudança. Obrigado!

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