Terça-feira, 12 de março de 2019
O Dia do Consumidor foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reafirmar os direitos daquele que compra – entre eles, não ser exposto a produtos e serviços perigosos ou nocivos, receber informações verdadeiras sobre o que está adquirindo, escolher o que deseja e de ser ouvido. A data vem de uma referência a um discurso do presidente americano John Kennedy e, como data comercial, acontece sempre às quartas-feiras da semana do dia 15 de março.
No Brasil, a data só começou a ser adotada pelo varejo em 2014 e, dado seu crescimento, hoje já é a mais significativa do primeiro trimestre no país e impulsiona as vendas de início de ano – o que dá oportunidade às marcas, com uma boa e completa estratégia digital, de fazer boas ofertas e aquecer a operação.
Potencial é o que o Dia do Consumidor mais tem. Hoje, segundo o Google, mais de 35 milhões de pessoas sabem de que se trata a ocasião que, já em 2017, movimentava mais de 220 milhões de reais. Embora ainda muito longe da sexta-feira de novembro em geração de receita (que gerava quase R$2,5 bilhões), as buscas sobre a data cresceram 92% entre 2017 e 2018. A internet é uma grande protagonista nesse processo – só em 2018, ela foi decisiva para levar três quartos dos consumidores a uma visita nas lojas físicas.
Neste caso, é preciso se mostrar presente aluns dias antes da quarta-feira de compras. Mantendo contato com o consumidor por meio de anúncios simples, por exemplo, marcas que participem da data oferecendo descontos podem não só educar seus consumidores, apresentando as vantagens desse período do ano, como gerar lembrança de marca na hora que a data chegar, aumentando a procura e a conversão.
Apesar de excelente para o e-commerce e, em essência, ter grande afinidade com o comércio online (a data comercial foi trazida ao Brasil pelo Buscapé), é curioso que 39% dos consumidores não se interessem em fazer compras por outro meio que não o offline, fazendo a comunicação orbitar em torno de uma performance que não é a mais intuitiva. Isso significa que, para o dia do Consumidor, não estamos falando apenas de leads ou carrinhos de compra, mas de deslocamento até loja e experiências fora da internet.
Existe uma constante eterna quando se fala em automação de mídia e veiculação para audiências: é necessário conhecer quem se quer impactar. Um bom começo é prestar atenção em quem e como navega no site da marca – fatores como sazonalidade, gênero e idade podem gerar bons insights iniciais.
Também é importante considerar que as peças devem acompanhar o consumidor, mas também convencê-lo a fazer a compra. Nesse sentido, o uso de criativos dinâmicos, que abordam a audiência selecionada segundo sua preferência, são altamente indicados. Isso porque, uma vez que se gasta menos no dia do Consumidor que na Black Friday, as compras são feitas com mais ponderação – o que torna necessário que as peças já direcionem o consumidor para algo que ele realmente tenha interesse em comprar.
Outra estratégia inteligente para essa data é o uso de sincronizações offline. Já vimos que muitos consumidores preferem ir à loja, então é importante que a marca possa impactá-los quando eles estiverem perto de um ponto-de-venda ou consumido informações que vão usar para concretizar a compra, por exemplo. Trabalhar com mídia out-of-home ou sincronização dos anúncios da internet com os da televisão são, dessa maneira, muito valiosos para a ocasião, pois a programática pode favorecer, com essa ação que transita entre o online e o offline, que a marca seja não apenas lembrada, mas de fato considerada em um momento em que a compra pode ser feita.
Com estratégias como essas e um bom parceiro de soluções programáticas, as marcas podem se destacar não só em promoções, mas também gerar fidelizações. O importante é ter responsabilidade na hora de comunicar, fazer promoções e atender para que as comprar aumentem nesse período, mas se mantenham durante o ano todo.
tem 20 anos de experiência em publicidade digital, em mídia online e na área comercial. Começou sua carreira na Itália, onde trabalhou por 2 anos e, a partir do ano 2000, já de volta ao Brasil, passou por grandes agências de publicidade e veículos de comunicação, como JWT, Isobar, Yahoo e Globosat. Implantou a operação da Tradelab no Brasil em 2016, assumindo o cargo de Managing Director da companhia no país desde então. Essio é formado em economia pela USP, com MBA em Marketing de Serviços pela ESPM e Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela FGV.
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