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Velocidade e assertividade: como melhorar suas taxas de conversão no mobile

Qualidade técnica do site, assertividade das mídias e usabilidade do site são alguns dos fatores que aumentam a taxa de conversão no mobile

 

Gráfico em formato de linha azul e no pico mais alto, uma mão fechada com o dedo indicador levantado tocando nesse ponto. Nesse ponto também um símbolo de $. Imagem com fundo azul claro e linha do gráfico azul escuro.

É impossível pensar em novidades tecnológicas sem destacar a predominância cada vez mais clara do uso do mobile em relação aos outros devices. Igualmente impossível seria o Google não se atentar a isso, ainda mais em um cenário onde mais da metade de todo o tráfego da internet vem do mobile.

Vamos falar então do novo Landing Page Mobile Speed Score. Funciona assim: cada página vai receber uma avaliação de 1 a 10 que representa a velocidade com que ela é carregada em um mobile. Quanto mais rápido uma página carrega, mais próximo de 10 está a sua avaliação.

Os anunciantes, por sua vez, podem conferir qual é a pontuação das páginas nas quais os seus anúncios estão sendo veiculados (basta entrar na aba de Landing Pages da sua conta no Google Ads). A relevância dessa métrica pode se resumir a um dado: 50% dos usuários de celular não comprariam em um site que demora muito para carregar. Como essa atualização de score será feita diariamente, é possível também analisar os índices de carregamento ao longo do tempo.

Enfim, já deu pra entender que não faltam possibilidades diante dessa nova ferramenta, certo? Ainda assim, enxergo uma vantagem que merece seu devido destaque: a possibilidade de entender com mais clareza o que de fato está impactando na sua taxa de conversão.

O Analytics entrega dados os quais definem se o tráfego de um site é de qualidade ou não. São eles: taxa de rejeição, páginas visitadas por sessão e tempo médio em cada sessão. Atrelado a isso, para que alguém tenha engajamento com o conteúdo e realize uma compra, é preciso que exista uma sinergia entre três principais fatores: a qualidade técnica do site (velocidade de carregamento, peso etc), a assertividade das mídias que forem entregues nele e a usabilidade do site. Essa usabilidade (UX) nada mais é do que a facilidade com que o usuário entenda as páginas facilmente e não tenha dificuldade em navegar.

Suponhamos que o seu site não esteja com uma taxa de conversão a altura do que se espera no mobile. O Speed Score vai oferecer uma visão de como está a primeira variável que citamos acima como “qualidade técnica do site”. Se a pontuação estiver distante de 10, é urgente que se analise quais páginas e elementos devem ser otimizados para que o número aumente. Esse, sem qualquer dúvida, é um fator decisivo no que se refere às conversões.

Quer exemplos? Então vamos lá. Sabe quanto a poderosa Amazon perderia de receita em um ano se o carregamento das suas páginas se tornasse 1 segundo mais lento? Nada mais, nada menos que 1.6 bilhões de dólares. No mínimo, assustador.

E tem mais. Cerca de 64% dos usuários de smartphone esperam que uma página demore, no máximo, 4 segundos para carregar. O Bing, um dos grandes sites de pesquisas da web também está atento a essa velocidade. Dois segundos de delay em uma busca representam 4.3% de perda de receita por visitante e 3.75% em redução de clicks. Chega de números? Um último dado então. Se o seu site faturasse 100.000 dólares por dia e você conseguisse melhorar o carregamento dele em 1 segundo, seus ganhos seriam de, no mínimo, 7.000 dólares a mais todo dia.

Agora, se a pontuação estiver boa no Speed Score, é melhor voltar suas atenções para a sua estratégia de mídia. Contratar um parceiro digital que entenda o mercado e saiba como entregar as publicidades certas ao público certo é uma ótima saída. Do ponto de vista de conversão, de nada adianta o site carregar rápido, ter páginas leves e oferecer um conteúdo relevante se os anúncios não causarem identificação com a audiência.

Atrelada a esse novo recurso, outra novidade também promete trazer os dados como protagonistas dentro do domínio do mobile. O Cross Device Reporting and Remarketing do Analytics permite reunir os dados de como cada pessoa se comporta dentro de um site, independente do device que ela está utilizando.

Ou seja, se eu comprar algo em site pelo desktop e depois fazer outra compra pelo celular, esses dados serão consolidados em apenas uma persona. Com isso, o modelo de atribuição fica muito mais justo, permitindo uma melhor visão da jornada do consumidor e a elaboração de estratégias crossdevice muito mais realistas.

Como a Transformação Digital muda constantemente a relação entre anunciantes, publishers e audiência, nada mais justo do que as ferramentas acompanharem esse movimento. Acho válido reforçar que as ferramentas citadas neste artigo são apenas uma parte do que foi demonstrado no Google Marketing Live 2018 do qual tive o prazer de participar. Têm mais novidades por aí que merecem e serão discutidas por aqui em breve.

Com quase 20 anos atuando na área de mídia digital, Guilherme Mamede tem como uma das grandes conquistas da carreira ter sido o criador da primeira empresa de mídia programática da América Latina: a Melt, em 2011. Atualmente, Mamede é CEO da Predicta.

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