Quinta-feira, 03 de novembro de 2022
Uma das palestras mais concorridas do primeiro dia de Web Summit foi com a CEO da OnlyFans, Amrapali Gan. Ela falou sobre o futuro da plataforma, quem são e para onde irão, além de reforçar que segurança é o core da empresa.
A plataforma de conteúdo adulto tem números surpreendentes. Segundo Gan, existe uma série de pessoas que vivem dos rendimentos obtidos pela plataforma atualmente, algo que seria impensável no mundo pré-digital. Para conseguir essa marca, a plataforma transfere 80% da receita total para quem produz no site. Em números mais palpáveis, isso representa mais de US$ 10 bilhões entre os seus mais de 2 milhões de criadores de conteúdo, desde 2016.
Além de um processo de verificação robusto, todo conteúdo publicado no OnlyFans tem moderação humana. “Se as pessoas acham que podem publicar conteúdo ilegal, tudo é escaneado e levado para um humano: fotos, vídeos e direct messages. Sabemos quem é todo mundo. A segurança e o bem-estar estão em primeiro lugar”, afirma Amrapali Gan.
De acordo com a CEO, cerca de 60% dos criadores de conteúdo que se inscrevem são rejeitados, pois não fornecem informações corretas ou suficientes. Esse é um dos passos para garantir a segurança dos usuários.
Por fim, Amrapali destacou que a empresa não serve apenas para o comércio de conteúdo adulto, mas que qualquer comunicador e influenciador pode rentabilizar sua comunidade na plataforma, algo que, de certa forma, vai contra o senso comum sobre o que é o OnlyFans. Sediada no Reino Unido, a rede possui uma base de 2,1 milhões de criadores de conteúdo com mais de 188 bilhões. “Somos inclusivos. Pode ter conteúdo adulto, de culinária. Não categorizamos o público”, brinca a Amrapali Gan, ressaltando que a rede é exclusiva para criadores acima de 18 anos.
Em termos de investimentos, a empresa aposta no OFTV, aplicativo de streaming gratuito sem conteúdo adulto, apresentado em agosto do ano passado, e na Creative Fund: Comedy edition, competição no Reino Unido e Irlanda que destinará 100 mil libras para o vencedor de um reality transmitido no app. Já sobre regiões com potencial de crescimento, a executiva aponta a América Latina e a Austrália.
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