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O potencial da Inteligência Artificial na Educação

Enquanto o debate sobre o tempo que crianças e adolescentes devem ficar conectados a tablets e celulares acontece, é outra tecnologia emergente – a inteligência artificial (IA) – que começa a alterar e moldar o que conhecemos como futuro na educação.

Espera-se que a utilização da inteligência artificial na educação cresça 47,5% até o ano que vem nos Estados Unidos, segundo o relatório Artificial Intelligence Market do US Education Sector. E, embora a maioria dos especialistas acredite que a presença dos professores seja insubstituível, haverá muitas mudanças tanto no seu trabalho como nas práticas educacionais.

A IA já é aplicada atualmente à educação, principalmente na aplicação de testes. E, conforme as soluções educacionais continuam a amadurecer, a esperança é que ela preencha as lacunas de necessidades de aprendizado e permita que instituições e professores sejam mais eficientes e necessários do que nunca.

Como? Essa tecnologia pode gerar personalização e simplificar tarefas administrativas, permitindo que os professores tenham tempo e liberdade para trabalharem em searas onde as máquinas teriam dificuldade, como a adaptabilidade dos alunos a essa novidade.

Ajustar o aprendizado com base nas necessidades específicas de um indivíduo tem sido uma prioridade para os educadores (principalmente corporativos) há anos. E a IA permitirá um nível de diferenciação impossível para professores que precisam cuidar de 30 ou até 40 alunos em cada classe.

À medida que o mercado global de treinamento corporativo ultrapassa US$ 300 bilhões, as organizações começam a adotar plataformas de experiência de aprendizagem capazes de acomodar treinamentos digitais, remotos e em trânsito.

Semelhante ao Spotify que sugere listas de reprodução personalizadas, essas plataformas usam a inteligência artificial e aprendizado de máquina para agregar dados e selecionar conteúdo personalizado.

E iniciativas impressionantes não faltam. A empresa chinesa Squirrel AI ajuda escolas deste país ao oferecer aulas particulares personalizadas. Um algoritmo de IA faz a curadoria dos conteúdos, ao invés de um professor de carne e osso. E os resultados são animadores, transformando a vida de muitos alunos.

A China, mais uma vez, sai na frente quando o assunto é a educação. Nos últimos anos ela tem conduzido o maior experimento do mundo em IA na educação, envolvendo desde gigantes da tecnologia a startups que movimentaram junto dos Estados Unidos mais de 60% dos gastos globais com esse tipo de educação. São dezenas de milhões de estudantes usando no dia a dia algum tipo de inteligência artificial.

O interesse nos algoritmos têm movido também americanos famosos como a Chan-Zuckerberg Initiative e a Bill and Melinda Gates Foundation. Em um relatório publicado no ano passado, ambos apontaram a IA como uma iniciativa educacional que merece receber investimentos.

As oportunidades para apoiar a educação são tão amplas que a Microsoft encomendou uma pesquisa ao IDC. Os resultados ilustram a natureza estratégica da IA ​​na educação e destacam a necessidade de tecnologias e habilidades para tornar promessas realidade.

Há uma aceitação quase universal entre os educadores de que a IA é importante para o futuro: 99,4% dos entrevistados disseram que a IA seria fundamental para a competitividade de sua instituição nos próximos três anos. E para 15% deles ela é simplesmente revolucionária.

Ao aproveitar os melhores atributos de máquinas e professores, a visão da inteligência artificial ​​na educação é aquela em que ambos trabalham juntos visando o melhor resultado possível. Pensando que os alunos de hoje precisarão trabalhar em um futuro onde a IA será corriqueira, é importante que as instituições educacionais comecem a analisar sua adoção. Você já pensou como a IA pode ajudar na educação? Dos seus filhos e na capacitação dos seus colaboradores? Se não pensou ainda, é melhor começar.

Administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos. É especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais e agora CEO da NextGen Learning.

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