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A Internet das Coisas e o seu impacto no dia-a-dia

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Estamos testemunhando o início de uma nova era da Internet das Coisas (Internet of Things). De um modo simples, a Internet das Coisas se refere à interligação em rede de objetos do cotidiano à internet.

No Brasil isso já é mais comum do que imaginamos. Televisões do tipo Smart que se conectam ao Youtube e Netflix já são fáceis de serem encontrados nas lojas populares. Vídeo games que conectam jogadores do mundo inteiro através da internet e câmeras de segurança que podem ser acessadas através de aplicativos de celulares, cada vez mais se tornam populares no país.

Mas esse tipo de tecnologia pode trazer benefícios muito maiores do que imaginamos.

Dois fatores estão colocando a Internet das Coisas à beira de um grande avanço. Uma delas é a tecnologia móvel, seja através da popularização dos smartphones, inclusive em países subdesenvolvidos, ou ao avanço da internet móvel via planos de internet ou acessos wi-fi em lugares públicos.

O segundo fator é a queda dos preços dos sensores utilizados na fabricação de eletrônicos. No início da década de 90, um sensor custava cerca de 25 dólares. Um smartphone típico, por exemplo, possui até nove sensores, direcionados à luz ambiente, som, movimento, temperatura e umidade, por exemplo. Hoje em dia, o custo total de todos esses sensores juntos pode é inferior a 5 dólares. Como os preços continuam a cair, a possibilidade de popularizar o uso desses componentes em outros objetos como geladeiras, lâmpadas, micro-ondas e impressoras irá se tornar cada vez mais acessível para a industria.

Inúmeros setores poderão trazer benefícios às pessoas através da Internet das Coisas, sobretudo o de Saúde. Um dos exemplos que mais se encontra em pauta no momento talvez sejam os “automóveis autônomos”. Todo ano, centenas de milhares de pessoas morrem no mundo em acidentes de trânsito, na maioria absoluta das vezes devido à erros humanos. A tecnologia da Internet das Coisas, especialmente o surgimento de sensores com foco em segurança nos automóveis, apresenta um grande potencial de reduzir drasticamente os acidentes mortais.

A possibilidade da diminuição de mortes não se resume somente aos acidentes de trânsito. Paramédicos, por exemplo, podem utilizar dispositivos da Internet das Coisas para capturar dados críticos dos pacientes que estão atendendo na rua e transmitir tais dados imediatamente ao pronto-socorro destino da ambulância. Assim, no momento em que o paciente chegar ao hospital, os médicos já poderão ter um plano de ação em vez de perder tempo tentando entender a condição do paciente.

Os benefícios da Internet das Coisas não são direcionados somente a casos extremos de vida e morte, mas sobretudo estará fortemente presente no dia-a-dia das pessoas, gerando praticidade nas mais simples rotinas diárias.
Um termostato comum pode verificar na internet quais são as condições climáticas da região em que você mora e, através dessa informação, deixar o ar condicionado na temperatura ideal para quando você chegar em casa.
Sua geladeira pode apresentar informações relacionadas a preços de produtos, tabelas nutricionais ou até mesmo apresentar receitas baseadas no que você tem em casa.

Para o varejo e a indústria as possibilidades também são quase infinitas. A Internet das Coisas pode ajudar a medir em tempo real a produtividade de máquinas de uma determinada fábrica. Já um supermercado, poderá controlar em tempo real a falta de produtos de suas prateleiras, assim como controlar quais estão encalhados.

Após citar tantos exemplos de benefícios gerados pela Internet das Coisas, é claro que não poderia deixar de dizer que a evolução e popularização dessas tecnologias poderão trazer também alguns problemas para a mundo.
Os maiores problemas, que de certa forma poderão estar interligados entre si, são a segurança e a privacidade.

Invasões de hackers poderão colocar em cheque sistemas de segurança diretamente ligados à internet, assim como dados pessoais coletados dentro de nossas casas poderão vir à tona.

Apesar disso, a Internet das Coisas promete enormes benefícios para consumidores e empresas ao longo dos próximos anos. Diante do cenário que a IoT nos revela, os profissionais de marketing e comunicadores que quiserem inovar e fortalecer a imagem das suas empresas no mercado, precisarão desenvolver novas formas de comunicação e mídia nesses outros canais que estão surgindo “os objetos”. O desafio agora é saber como fazer isso.

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é especialista em Marketing para Pequenas Empresas. Em agência de publicidade já realizou estudos e projetos nas áreas de B.I. e Digital. Já atuou como professor em MBA na FIT-SP e atualmente é consultor independente e editor chefe do portal Primeiro Negócio.

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