Segunda-feira, 23 de maio de 2016
Enquanto a ideia de cidades e empresas completamente conectadas ainda nos parece algo saído de um não tão distante futuro, a IoT – ou “Internet of Things” -, posiciona-se como a tecnologia atual com possibilidades reais de inovação, e o que já é uma realidade em mercados mais maduros como o Americano e o Europeu, vem ganhando cada vez mais espaço também no Brasil. A expectativa é que projetos envolvendo essas iniciativas cresçam exponencialmente, como mostra o levantamento publicado pela IDC em janeiro sobre as previsões para o mercado de TIC no Brasil em 2016, que afirma que a IoT deve movimentar mais de quatro bilhões de dólares no país apenas neste ano.
No universo corporativo, para acompanhar essas mudanças e conquistar os benefícios possibilitados pela IoT, as empresas precisam digitalizar seus negócios, desenvolvendo assim uma nova forma de atuação. Para isso, é necessário que as companhias revisitem suas operações, invistam na transformação de seus processos e migrem suas atividades tradicionais para um ambiente totalmente digital, baseado em uma arquitetura tecnológica que suporte a incessante transação de dados gerada por todos os dispositivos conectados à sua rede.
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Eu não tenho dúvidas que a IoT vai cada vez mais se consolidar como uma poderosa propulsora dos novos modelos de negócios. Para isso, é necessário que as corporações tenham sua estratégia e inteligência baseadas em plataformas preparadas para a implementação dessas iniciativas e que permitam que seus dispositivos dialoguem entre si independentemente da ação de usuários o que resultará em ambientes totalmente integrados, flexíveis e estáveis.
E como podemos medir o sucesso das conexões entre objetos e processos? Como garantir a otimização do trabalho nas empresas e a comunicação eficiente de máquinas e funcionários? Não existem fórmulas!Até mesmo porque, com a velocidade com que o mercado se reinventa, não é mais possível fazer grandes previsões.
Por isso acredito que o segredo do sucesso esteja ligado à digitalização dos negócios que mencionei acima, uma vez que ela garante a agilidade necessária da adequação às tendências e demandas que ainda veremos despontar.
É nesse cenário que percebemos a importância do desenvolvimento e integração das APIs (Application Programming Interface) – tecnologias que permitem que dispositivos se comuniquem uns com os outros por meio de códigos, sem a necessidade de qualquer intervenção. A digitalização dos negócios passa pela utilização de uma plataforma que integre – de forma inteligente – essas tecnologias, possibilitando assim a implementação de iniciativas de IoT.
Isso porque a plataforma de integração atua unificando diferentes ambientes e ampliando a capacidade de captura de eventos complexos e suas correlações preditivas, o que facilita a identificação dos dados emitidos por qualquer dispositivo conectado à internet. Dessa forma, esses eventos podem ser capturados e analisados em questão de nano segundos e resultar em uma ação. Um exemplo prático – uma geladeira, conectada a internet, pode emitir informações sobre a quantidade que possui de determinado produto, possibilitando que o supermercado abasteça, preditivamente, aquele endereço.
As rápidas mudanças pelas quais passa o mercado têm dois pilares principais: tecnologia e pessoas. A tecnologia está ai, altamente desenvolvida e a nossa disposição, para criarmos saídas inovadoras para os nossos desafios. Já as pessoas estão cada vez exigentes e querem, tanto no ambiente corporativo quanto no doméstico, a mesma qualidade dos serviços e produtos.
É fundamental que os decisores tenham consciência que a transformação digital dos negócios é mandatória para atender às atuais expectativas mercadológicas e dos consumidores. Se até 2020, as 37 bilhões de “coisas” – dentre elas smartphones, tablets e carros – estiverem conectadas, os grandes projetos de IoTs deixarão de ser algo do futuro e serão inseridos, definitivamente, em nosso dia a dia.
é diretor de Operações para a América Latina da Software AG. O executivo tem mais de vinte anos de experiência em vendas, gestão e empreendedorismo na América Latina, incluindo cargos de liderança na Oracle, Tibco, Adobe e HP. Igualmente importante é a experiência de Hernández em negócios diretos em todo o continente, tendo trabalhado no México, Peru e Brasil.
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