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Inteligência e informação são saídas econômicas e eficientes para a crise no varejo

Em meio às crises – econômica e política – instaladas em nosso país o varejo sofre uma retração. As vendas caem e os lojistas passam a ter que adotar medidas para reverter essa situação, mas muitas vezes acabam amplificando o problema. Sem ter informações importantes, muitos investimentos são feitos e maneira equivocada e não geram resultados esperados.

Ao perceber que o faturamento da loja está caindo, grande parte dos gestores apostam em investimentos em marketing e divulgação, que podem acabar piorando o seu problema. Isto por que a grande maioria dos lojistas ainda não analisa o fluxo e o número de pessoas que frequentam sua loja, não percebendo que este não diminuiu na mesma proporção das vendas. As pessoas não deixaram de ir às lojas, aos shopping centers; seu apetite por compra diminuiu.

Analisar a taxa de conversão, que é a diferença entre o número de clientes na loja X número de compras realizadas no mesmo momento – é uma prática que garante uma vantagem competitiva em tempos de crise. Taxas que ano passado estavam na média de 15% hoje caíram para 12,5%. Isso significa que as lojas perdem em média 87,5% dos clientes que entram e saem sem comprar.

Investimentos em marketing podem trazer mais clientes à loja, mas não garantem o ato da compra. Portanto, investir em equipe, desconto em produtos, vendas combinadas, entre outras estratégias que trabalhem no aumento da taxa de conversão e não no fluxo de clientes podem garantir um sucesso mais efetivo em tempos difíceis.

Ferramentas e tecnologias permitem analisar a taxa de conversão e também analisar o perfil do consumidor (sexo e faixa etária) que mais compra ou que está deixando de consumir determinados produtos. Tudo isso feito de maneira automática, por meio de sensores instalados na loja que não atrapalham a experiência de compra do cliente e que geram dados importantes para tomadas de decisões mais eficientes.

Quando essas variáveis são comparadas às vendas, o gestor passa a entender as condicionantes que geram ou prejudicam a performance do negócio e em tempo real, da mesma maneira que é feito na internet. Não é mais necessário esperar fechar o mês para perceber que o resultado foi ruim. Venda é uma consequência de uma série de variáveis que precisam ser conhecidas e monitoradas, e agora isso não é mais uma realidade somente virtual; é um diferencial competitivo que será parte do dia a dia dos gestores de varejo nos próximos anos.

é CEO e Fundador da Seed, empresa de inteligência para o varejo. Foi fundador da infracommerce, uma das maiores fornecedores de tecnologia para comércio eletrônico do Brasil; é Arquiteto e professor de tecnologia nos cursos de pós-graduação de varejo da ESPM e Universidade Positivo.

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