Quinta-feira, 30 de maio de 2019
Conhecer pessoas novas, culturas diferentes e ter a oportunidade de tirar alguns dias para sair do automático e vivenciar o que está por vir, como o mundo mudou e de que maneira isso vem afetando o modo como as pessoas fazem negócios. Só isso já teria sido uma baita motivo para eu ter vindo ao DES 2019, mas vou contar aqui por que o evento foi bem mais que isso.
A atmosfera do evento é toda de inovação. Nos estandes você pode encontrar alguns robôs, projetos que estão utilizando VR para viabilizar negócios de engenharia, carros autônomos (tinha até uns modelos do Tesla lá), sistemas de reconhecimento facial, inúmeros fornecedores de ferramentas de Tecnologia Digital, etc.
Nas palestras, pessoas extremamente inquietas e sedentas pela próxima novidade no mundo dos negócios. Pessoas que buscam incessantemente estar à frente de seu tempo e levar para o outro seu ponto de vista e trocar informações que nos façam diferenciar. Ufa! Inquieta como sou, estava mesmo ”em casa”!
Busquei um pouco de tudo e fui, desde uma palestra de petróleo e energia renovável, à reinvenção da medicina, e à transformação digital de uma empresa de seguros, até ao papel do líder de marketing do futuro… Um monte de novas referências que levo para o Brasil, pro meu dia a dia. Uma pilha de cartões de visitas novos… e muitas oportunidades se abrindo!
E lá, conheci muita gente. Muita gente disposta a começar projetos novos, a colocar seus negócios no nosso país, a criar oportunidades para o Brasil na Espanha… E de uma forma ou de outra, de integrar as culturas, gerando assim um senso de coletividade extremamente relevante para todos.
Cada vez mais, saber se conectar, estar disposto a se abrir, ouvir e ser ouvido e encontrar pessoas que estejam abertas a ajudar as outras genuinamente com o que têm para oferecer, é algo que cada vez mais me deixa otimista em relação ao ser humano. Acredito que é o que vai nos salvar no futuro.
Já se sabe que o futuro será mais escasso do que é hoje. Precisamos cada vez mais ter consciência de que saber trocar, compartilhar e conectar pode ser a única forma de sobrevivermos.
A essa turma de pessoas que tive acesso por meio da Digital Mission DES Madrid, notei claramente isso.
Criamos uma comunidade, um grupo de pessoas que trocava, em todos os momentos informações e novidades sobre o evento e o que estavam vendo de novo e, com isso, passamos uns a torcer pelos outros! A cada palestra de um brasileiro, estávamos lá na primeira fila, orgulhosos. E agora saímos de lá com a sensação e a vontade de querer que cada um ali encontre um caminho de mais e mais sucesso e estamos dispostos a ajudar nisso.
Vivemos hoje um momento em que os robôs estão aí, e que muita gente teme o que vai acontecer depois deles… Será que teremos espaço para todos?
Na minha opinião, um robô não sabe reconhecer um ser humano e torcer por ele. Não sabe identificar o que há de mais bacana numa pessoa e enxergar uma possibilidade de parceria ou oportunidade, para o qual ela talvez não tenha sido “programada”. Isto é algo do ser humano. Não é racional, mas, sim emocional, intangível. E não há como replicar isso!
Quando falamos em transformação digital, falamos muito menos de tecnologia e muito mais de transformar modelos mentais, renovar o mindset de padrões antigos.
Então, eu convido você a provocar a sua própria transformação digital. Convido a pensar em você como empresa. Se você fosse uma empresa, como sobreviveria neste momento de tanta competição e pouca diferenciação? Como rentabilizaria os processos? Parcerias, colaboração, cooperação não são exclusividade do mundo dos negócios.
Pense em quem você poderia conectar com quem, ou com o que, hoje, que poderia ser interessante para ela e pra você no futuro?
Talvez você se surpreenda por ter às mãos a possibilidade da criação de um valor exponencial, ainda adormecido. E talvez essa seja a única forma de se diferenciar no futuro. Vai esperar acontecer?
Publicitária, formada pela Cásper Líbero com mais de 15 anos de experiência em Marketing Digital e Comunicação. Early adopter de internet teve passagens por diversas empresas do Mercado Digital, precursoras de campanhas online, pesquisas e e-mail marketing no Brasil. Trabalhou na Ogilvy e desde que entrou no mercado de Educação se encantou e não saiu mais. Trabalhou na Anhanguera, depois na Kroton e hoje é responsável por uma das maiores marcas da Laureate International Universities, a Anhembi Morumbi. É inquieta por natureza e apaixonada por inovação e conexões e o potencial de cada uma delas.
Comentários