Segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
O mundo está mudando rapidamente, mas existem coisas que não mudam. O que uma empresa tem de mais importante? As pessoas e a marca. Os produtos são obsoletos, eles mudam a todo o momento.
Veja o iPhone 3 x iPhone 12. É iPhone, é Apple, mas é outro produto. A tecnologia traz isso. Marca é um símbolo cheio de significados.
A marca não é o que a empresa diz, mas sim o que as pessoas entendem. Se para você, a Montblanc é apenas uma caneta, não importa se o ator Taron Egerton é o garoto propaganda. Não importa se o Spike Lee é o garoto propaganda. Não importa se o Hugh Jackman é o garoto propaganda. Será sempre uma simples, e cara, caneta para você.
Mas para muitos, ela é uma jóia, um objeto de desejo, um símbolo de status ou algo colecionável.
Marca é a experiência que ela passa. A caneta da Montblanc é linda, mas se o consumidor comprar e ninguém repara, a experiência não aconteceu.
É preciso trabalhar a marca porque marcas fortes são lembradas. As marcas relevantes são mais consumidas. Em um fim de semana, com chuva, o que vem a sua cabeça? Coca-Cola, Netflix e iFood? Sem novidades. A maioria das pessoas pensa nas mesmas marcas. Porque não pensou na Chevrolet? Ou na Tecnisa? Ou ir ao Shopping Ibirapuera?
Mas na época de Natal você precisa comprar presentes. Coca-Cola, Netflix e iFood nem passam pela sua cabeça. Mas Natura, Boticário, Submarino, Mercado Livre, com certeza. Porque a experiência de compra é ótima.
As marcas precisam ser consistentes. Precisam ter o mesmo discurso. Precisam ser autenticas. Marcas não são apenas logomarcas, mas são significados para algumas pessoas. São a sua vida. Convença um motoqueiro com a Harley-Davidson tatuada no braço a comprar uma Suzuki, Yamaha ou Honda. A vida dele é a Harley-Davidson.
“A minha marca ajuda pessoas a definirem quem são elas mesmas.” Coco Chanel.
Se você usa uma camiseta da Emporio Armani, passa uma mensagem. Da Hering, outra mensagem. Se você gasta 200 mil em um Porsche conversível, quer ser visto de uma forma. Os mesmos 200 mil em uma Mercedes-Benz CLA 200, o recado para a sociedade é outro. Se você escuta Rolling Stones, não terá os mesmos gostos de quem ouve Lady Gaga.
Do que a empresa é, do que a empresa faz, para quem a empresa vende. Identidade é o que a marca quer ter, imagem é o que o consumidor enxerga dela. Como vimos acima, marcas fortes trabalham com elementos que se tornam ícones. O vermelho da Ferrari é único. Reza uma lenda que a Harley-Davidson padronizou o barulho do motor da moto. Uma maçã no fundo preto dá a ideia de inovação. Você não sente vontade de sair correndo ao ver o Swoosh (Nike)? Toca a música da Intel, você reconhece.
Já olhou o curso 5Ps de Branding da Trampos Academy? Onde você vai aprender a metodologia de sucesso de construção e fortalecimento de marca?
Dá um pulo lá para ver como colocar esse artigo em prática.
é sócio-diretor da FM CONSULTORIA. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Somos Educação) e Transformação Digital - Como a inovação digital pode ajudar seu negócio nos próximos anos (Somos Educação). Professor de MBAs na ESPM, USP, Senac, Belas Artes e Metodista.
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