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As 7 principais tendências de vídeos para 2021

Durante o ano de 2020, mais do que nunca, os vídeos reinaram. O que esperar de 2021?

 

Qual é a melhor maneira de definir o ano de 2020? Com todos os impactos da pandemia na nossa sociedade, vale ressaltar a antecipação de tendências de vídeos que já aconteceriam nos próximos anos.

Foram mudanças muito abruptas e que nos forçaram a buscar soluções para lidar com o período de quarentena. Apesar disso, pessoas e organizações ainda estão experimentando novos formatos de conteúdos e entendendo quais os melhores canais e veículos para seus objetivos.

Quando o assunto é vídeo, muita coisa mudou neste período – inclusive, a importação de alguns conceitos que já eram consolidados em outros países. Mudanças estas que se fortalecerão no próximo ano.

Quais são as principais tendências de vídeo para 2021? Confira as sete principais que movimentarão este universo nos próximos doze meses:

1. Movimentação das operadoras de TV Paga

Cada vez mais pessoas trocam seus planos de TV por assinatura pelos serviços de streaming. Neste ano, a Netflix atingiu 17 milhões de assinantes no Brasil e ultrapassou os 15,2 milhões de assinantes de televisão a cabo no país.

Com o crescimento da Amazon Prime e a chegada do Disney+ em terreno brasileiro, teremos uma oferta ainda maior de conteúdos originais irresistíveis – e isso será um golpe ainda mais duro nos players tradicionais de TV paga.

Desta forma, as principais operadoras de TV por assinatura precisarão se movimentar para oferecer serviços de TV pela internet com ofertas mais atrativas. Caso contrário, não se manterão competitivas num mercado progressivamente competitivo.

2. Conteúdos de Nicho Everywhere

Grandes players do streaming como as já citadas Netflix, Disney e Amazon proporcionam uma experiência de entretenimento que gera grande conveniência. Isso acontece não só pelo amplo catálogo oferecido, mas também por ser acessível em qualquer dispositivo.

Este mercado está em franca ascensão. Segundo estudo da Allied Market Research , ele deve atingir faturamento global de US﹩ 332,5 bilhões até 2025, com crescimento anual de 16,7%.

Com os avanços tecnológicos, ter uma plataforma de vídeos não é algo possível somente às empresas de grande porte. Isso possibilita uma maior diversidade de segmentos abordados e veremos uma explosão de canais de streaming de conteúdos de nicho – eles estarão por toda parte, com destaque aos sobre finanças, saúde e bem estar e esportes.

3. A consolidação dos eventos online

Com a chegada da COVID-19 ao Brasil, os eventos presenciais foram paralisados e o mercado precisou se adaptar à conjuntura. Qual foi a solução? Digitalizar este mercado, assim consolidando a tendência dos eventos online.

Este ano de pandemia mostrou como este formato é atrativo. Além da redução de custos com espaço físico e deslocamento, este tipo de evento permite aumento de alcance e facilita o uso do conteúdo de maneira estratégica.

Ainda não dá para saber exatamente quando os eventos físicos serão retomados. Quando isso acontecer, veremos a profissionalização e consolidação do formato digital por meio de estratégias com vídeos ao vivo e sob demanda. Ou seja, o físico e o online se juntarão no que chamamos de evento híbrido.

4. Retransmissão de videoconferências

Você sabia que o Zoom foi considerado a principal rede social da pandemia? Com a necessidade do trabalho remoto durante a quarentena, plataformas de videoconferência como ela, Microsoft Teams e Google Meets assumiram o protagonismo.

Seguindo a tendência de consolidação dos eventos digitais, as empresas perceberam que é possível atuar remotamente de maneira eficiente – assim promovendo painéis e debates com transmissões em alta escala.

Por isso, as retransmissões de videoconferências com experiências de Picture-in-Picture serão o padrão. Somado a isso, haverá a presença comum de uma plateia virtual compondo o background destas transmissões.

5. Os esportes aumentarão ainda mais a presença no digital

Neste ano, a Medida Provisória 984/2020 foi objeto de debate no cenário esportivo. Ao propor mudanças nos direitos de transmissão das partidas, fez com que os clubes se mobilizassem para aderir à novidade.

Jogos oficiais de futebol não serão o único tipo de vídeos online que será explorado pelos clubes. Conteúdos gratuitos e produtos digitais serão cada vez mais utilizados não só para se aproximar dos torcedores, mas também gerar novas fontes de receita.

Clubes de primeira divisão já investem nas suas próprias plataformas de vídeo. Por exemplo, o Athletico Paranaense com o Furacão Live e o Sport com o Leão Play . Além disso, o LiveFC realizou a transmissão da Copa do Nordeste.

Este movimento deve se estender não só para outros clubes, como também outras modalidades. Esportes de nicho e que não possuem veiculação em mídias tradicionais se beneficiarão com o universo dos conteúdos digitais.

6. A explosão do Live Commerce

Também conhecido como Live Shopping, o conceito de Live Commerce já era popular na China. Segundo a consultoria ChoZan, o nicho movimentou US﹩ 123 bilhões em 2020 – o dobro do ano anterior, quando já detinha 10% das vendas do varejo.

Por que ele é efetivo? Transmissões ao vivo possuem engajamento dez vezes maior do que em vídeos gravados. Além disso, a simultaneidade de consumo do conteúdo aumenta a conversão em vendas de seis a dez vezes.

Mas e o Brasil nessa história? Com a chegada da pandemia, varejistas passaram por um longo período de portas fechadas e se viram forçados a buscarem novos canais de vendas. Por isso, empresas grandes como Riachuelo e Americanas aderiram ao recurso.

Com esta tendência se fortalecendo por aqui, o ano de 2021 trará uma enxurrada de iniciativas de Live Commerce – sejam elas novas startups, super apps e cada vez mais grandes varejistas realizando ações ao vivo para vender seus produtos.

E isso não será somente com influenciadores digitais. Teremos um número cada vez maior de executivos se tornado protagonistas das transmissões ao vivo de suas próprias empresas. Este movimento já ganha bastante força na China e tem tudo pra chegar aqui.

7. “Entertain first, than educate”

Entreter primeiro para depois educar é uma citação clássica de Robert McKee, maior autoridade em roteiros de Hollywood. Diante de uma oferta cada vez maior de conteúdo, se diferenciar da concorrência se torna uma tarefa cada vez mais desafiadora.

Desta forma, ter um bom storytelling é um pré-requisito para contar boas histórias. Com isso, é possível potencializar o engajamento da audiência e se comunicar de maneira mais eficiente – independentemente deste público ser de colaboradores, parceiros ou clientes.

Assim, a busca por narrativas que se conectem e permitam a transformação do espectador se tornarão a regra. Além disso, veremos o universo corporativo aderir a ferramentas mais flexíveis por elas permitirem experiências amigáveis para o consumo destes conteúdos.

31 anos, indicado como um dos 30 jovens Under 30 pela revista Forbes e eleito como Empreendedor do Ano pela IBM, é cofundador da Netshow.me, empresa referência em soluções de gerenciamento, distribuição e monetização de videos online. Administrador de empresas pela FGV-EAESP e Maastricht University, Daniel também é cofundador da GVentures, aceleradora de startups da FGV-EAESP, além de contribuir ativamente com o desenvolvimento do ecossistema de startups no Brasil com palestras e mentorias.

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