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4 diferenças entre o e-commerce brasileiro e o estrangeiro

Em meio às fragilidades que a economia brasileira atravessa, o e-commerce é um dos setores que continuam prósperos, com um crescimento superior a 20% em 2015, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Os quase R$ 50 bilhões movimentados são um atrativo para várias empresas ingressarem neste segmento, mas, para cair nas graças dos mais de 60 milhões de consumidores, tanto lojas virtuais estrangeiras que iniciam as operações no Brasil, quanto os fornecedores de tecnologia precisam se adaptar a algumas características do país. Conheça as quatro principais particularidades brasileiras neste segmento:

Menor taxa de conversão – De acordo com a e-Marketer, cerca de 3% dos visitantes de e-commerces norteamericanos chegam a concluir uma compra. Se o índice parece baixo, no Brasil, ele é ainda menor: corresponde à metade, com média de 1,5%, segundo o e-Bit. Para que a taxa de conversão aumente, as lojas devem investir em tecnologias que ofereçam diferentes meios de pagamento, como a compra em um clique, e credenciamento para aceitar o maior número de bandeiras de cartões.

Pagamento parcelado – Comprar a prestações é um costume que o brasileiro adquiriu no varejo físico há muito tempo e que migrou naturalmente para o e-commerce nacional, mas que não existe no mercado estrangeiro. Se o pagamento parcelado sem juros traz comodidade ao consumidor, para os lojistas, a conta é salgada com 30 dias para o recebimento da primeira parcela e 30 dias a mais para o valor de cada parcela concedida. Além do custo, lojistas dependem de uma solução de conciliação eficaz para manter o controle de caixa.

Concentração em grandes players – No Brasil, 70% das compras online são realizadas nos 10 principais varejistas, sendo 41,7% nos dois maiores, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Lá fora, o mercado é mais democrático. No Reino Unido, por exemplo, a Amazon tem cerca de 16% de marketshare, seguida por Tesco (9%) e e-Bay (8%), de acordo com dados do B2C European Report.

Pagamento transparente – Para proporcionar uma experiência de compra mais rápida para o consumidor, o varejo abre mão de uma etapa que garante a segurança. A autenticação do comprador por meio do Internet Banking (conhecida como Verified by Visa ou MasterCard SecureCode) é um recurso importante e eficiente para eliminar o risco de fraudes antes da conclusão da venda. A funcionalidade também protege o comerciante de eventuais charges backs, estornos que ficam sob responsabilidade dos bancos emissores dos cartões.

 

Nascido e formado na França, em Administração Internacional pela Escola Superior de Comercio de Bordeaux, iniciou sua trajetória profissional no Brasil, na FNAC, onde, após funções de controle de gestão na gerência comercial, assumiu o lançamento do canal de vendas online e criou fnac.com.br, em 2004. Conduziu as vendas e a presença da marca online da Fnac Brasil até 2009, seguindo as evoluções tecnológicas e mercadológicas em um setor muito dinâmico. Em 2009, tornou-se sócio da agência digital Vinil, onde atuava como diretor de planejamento, para contas como, entre outras, 3M, Sadia ou Ibope. Um ano depois ingressou no Terra-Networks para administrar a venda de mídia online para os grandes varejistas e reformulou a carteira de produtos do portal para as PMEs. Desde setembro de 2012, se empenha a comercializar a plataforma de pagamento online da Lyra-Network, a PayZen.

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