Sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Quando o capitão de um navio conduz um barco ele não se referencia apenas por “feelling”. Na verdade, mesmo com muita experiência ele vai utilizar mecanismos que garantam que a viagem seja feita de forma segura e dentro daquilo que foi planejado – e isso já acontece há pelo menos alguns séculos. São usados mapas, bússolas e outros instrumentos. Claro que nos nossos dias isso mudou e já existem softwares modernos que permitem identificar a condição do tempo, comandos que tornam o navio mais autônomo, mas, de qualquer maneira, o capitão ainda é quem tem o controle de todas as operações da embarcação.
Essa analogia funciona muito bem para falarmos do universo do marketing nas empresas, duvida?
As ações de marketing mais efetivas sempre foram aquelas pensadas e desenvolvidas com planejamento, por mínimo que ele seja, e baseadas em informações concretas. Se trouxermos para os dias atuais, então, é quase covardia. A quantidade de dados que temos a nossa disposição é muito grande, o que pode direcionar novas campanhas quase que de forma automática por conta das ações de automação.
O cenário é cada vez mais parecido com o exemplo utilizado no início do texto, e cabe ao capitão, ou seja, o gestor de marketing, no caso, o objetivo de zelar pelo bom andamento do budget da empresa ou do cliente.
Mesmo em um cenário em que temos tantas informações, alguns profissionais ainda ignoram essa oportunidade. Hoje se fala em Big Data, mas seu uso ainda não é uma prática comum. E mesmo informações mais básicas, como o CRM e histórico de campanhas, dificilmente são utilizadas para o desenvolvimento de ações.
Vamos tomar como exemplo uma loja virtual. Em um cenário hipotético, ela será a primeira loja virtual a oferecer um determinado produto de linha branca. Claro que isso é muito bom, mas como eles deveriam fazer a divulgação?
Uma das formas de fazer isso é utilizando uma difusão em massa, para toda a base, e que contemple os principais canais de mídia. O que isso implica? Provavelmente isso irá consumir um investimento significativo e não irá proporcionar, necessariamente, uma boa conversão.
Se essa loja conseguir extrair informações estratégicas de seus negócios em diferentes plataformas, certamente pode ter resultados mais expressivos e com maior garantia de assertividade. Como? Imagine que ela tenha:
Claro que podem existir outros dados estratégicos, mais esses ajudam a exemplificar uma ação que tem um “norte” definido. O próximo passo será estruturar esses dados cruzando todas as informações para identificar qual segmentação de público possui potenciais maiores de conversão. Existem ferramentas, como softwares de automação de marketing, que oferecem uma visão clara de quais categorias e produtos convertem melhor e em cada canal de performance, o que facilita o trabalho de quem está gerenciando.
Se o canal que mais converte linha branca for o comparador de preço X, ele certamente deve fazer parte do planejamento da marca, e se o Facebook Ads tiver pouca ou nenhuma conversão, pode ser deixado de lado nessa campanha específica.
Mas esse tipo de insight e direcionamento só será possível com uma estruturação, mesmo que mínima, das informações de seu site. Portanto, tenha sim um direcionamento, mas não deixe de contar com as ferramentas certas que te ajudem a trilhar sua rota com o marketing.
é Co-fundador e Head da Admatic, maior plataforma de gerenciamento de campanhas online da América Latina. Formado em Administração de Empresas pela UFF – Universidade Federal Fluminense com MBA em Gestão Empresarial pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. 5 anos de experiência na operação de e-commerce da TV Globo (Globomarcas.com) e 3 anos de experiência na Leader.com.br, responsável pela área de Marketing Digital. Professor de Links Patrocinados na Ecommerce School. Atualmente também exerce o papel de Head da B2WAdvertising, área de mídia da B2W que conta com o B2WADS como principal plataforma.
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