Sexta-feira, 08 de julho de 2016
Nos últimos anos, o Inbound Marketing tornou-se o queridinho do Marketing Digital, assim como aconteceu com as redes sociais, o SEO, mídia programática, links patrocinados e outras técnicas revolucionárias que surgem ano após ano.
A resposta para esta pergunta se resume na definição utilizada pela Hubspot na apresentação Transform Your Marketing:
“Inbound Marketing pode ser considerado qualquer tática de marketing que se baseia em ganhar o interesse das pessoas ao invés de comprá-lo”
Os mais estudiosos e experts da área dirão que é muito mais que isso. Mas, para efeitos de contextualização, vamos focar na definição acima.
As mudanças comportamentais do consumidor moderno estão diretamente ligadas com a popularidade do Inbound Marketing. Cada vez mais exigentes e conectados, os consumidores buscam marcas e empresas que não estão apenas preocupadas em vender seus produtos, e sim em ajudá-los a solucionar os problemas do dia a dia.
Partindo do princípio que uma estratégia concisa de marketing de atração (tradução literal do termo principal deste artigo) deve obrigatoriamente definir a jornada de compra de um determinado público-alvo e produzir conteúdo para cada etapa de forma a auxilia-lo a tomar decisão certa – e consequentemente se tornar um evangelizador da marca –, definimos um dos pontos que tornam o Inbound Marketing tão popular.
Para as marcas e empresas, é uma das novas estratégias do mix de marketing de maior custo benefício. Chega a ser 62% mais barato que Outbound Marketing e, em média, o ROI (retorno sobre investimento) de Inbound é 275%.
Considerado um dos pilares do Inbound Marketing, o SEO é um conjunto de técnicas que têm como principal objetivo tornar os sites mais amigáveis para os sites de busca, trabalhando palavras-chave selecionadas no conteúdo do site de forma que este fique melhor posicionado nos resultados orgânicos.
Levando em consideração que 93% das intenções de compra ou contratação de serviços iniciam-se com uma pesquisa online; que dessas, 81% acontecem no Google, e que 70% dos usuários preferem os resultados orgânicos aos pagos, o tráfego oriundo da pesquisa orgânica é peça fundamental para o sucesso de uma campanha de Inbound Marketing.
O Google analisa mais de 250 fatores para ranquear uma página, há quem diga que, para cada um desses fatores, outras 50 variáveis são analisadas. O que nos leva a um total de 12.500 fatores.
Mas calma! Vamos falar aqui de apenas sete, e quase todos de fácil ou moderada dificuldade de implementação.
Sites com arquiteturas bem organizadas, com poucos níveis e com “URLs Amigáveis”, facilitam o rastreamento dos bots e a navegação dos usuários – não é à toa que, aqui na SEO Marketing, este é o nosso ponto de partida de qualquer projeto de SEO.
Procure manter o conteúdo mais importante: no caso, as páginas onde estão os formulários de captura de leads a menos de três cliques da home.
Trilhas de navegação, os famosos breadcrumbs, também ajudam a organizar a arquitetura e são ótimos para a otimização orgânica de um site.
Confirmado em 2010 como um dos 250 fatores analisados pelo algoritmo do Google, o tempo de carregamento não só influencia no posicionamento orgânico, como também afeta diretamente a taxa de conversão de um site.
Se uma das etapas do Inbound Marketing é converter os usuários em leads, páginas que demoram para carregar podem afetar diretamente os preenchimentos de formulários.
Ferramentas como o PageSpeed Insights do Google e WebpageTest são excelentes pontos de partida para analisar o tempo de abertura de uma página e obter insights para reduzi-lo.
Outro fator confirmado pelo Google: sites que não se adaptam às telas de smartphones e tablets, sejam eles responsivos, mobile ou adaptativos, perderam relevância nos resultados orgânicos desde que a atualização intitulada de “Mobilegeddon” foi lançada em 21 abril de 2015, e atualizada no último mês de maio.
Além disso, em maio do ano passado, o próprio Google confirmou que pesquisas em dispositivos móveis ultrapassaram as realizadas em desktops.
A dica aqui é bastante óbvia: se o site ainda não oferece uma boa experiência em dispositivos móveis, não perca mais tempo. Além de impedir que as principais páginas obtenham um posicionamento orgânico, isso está afetando diretamente a captação de leads dos usuários que acessam o site por meio de smartphones e tablets, independente do canal.
De acordo com pesquisa realizada pela Econsultancy, 61% dos usuários leem comentários e avaliações de produtos antes de comprar. Mas o que isso tem a ver com SEO e Inbound?
Duas coisas: primeiro, que comentários e avaliações contribuem para a otimização de uma página (SEO). E segundo, que ajudam a passar mais credibilidade aos novos usuários na hora de preencher um formulário ou compartilhar dados pessoais em seu site.
Portanto, sempre que possível, habilite ou insira manualmente depoimentos ou comentários de clientes em suas páginas de conversão.
Tempo de carregamento e adaptabilidade em dispositivos móveis podem e devem ser considerados elementos de UX (user experience). Mas, em tempos de inteligência artificial, machine learning e algoritmos inteligentes (RankBrain), é preciso ir além e se preocupar com a diagramação do layout, estruturação do conteúdo textual, gramática e semântica, webwritting e níveis de engajamento do conteúdo.
Tudo isso pode parecer muito subjetivo ou até mesmo óbvio para alguns, mas é muito comum nos depararmos com sites com layouts da época do Cadê (sim, do buscador), textos que nos fazem lembrar dos jornais impressos, erros gramaticais e semânticos.
A combinação desses fatores faz com que o usuário não engaje com o conteúdo elevando a taxa de rejeição, reduzindo o tempo médio no site e, claro, as conversões.
Uma vez definida a jornada de compra do seu público-alvo, produza e otimize o conteúdo para cada etapa do funil. Mas, antes de sair produzindo conteúdo, faça uma pesquisa de palavras-chave para determinar quais os tópicos mais pertinentes para cada fase.
Pesquisas de palavras-chave ajudam a determinar o comportamento de busca dos usuários e a entender como o seu público-alvo utiliza o Google para procurar informações relacionadas aos seus serviços ou produtos.
Quando o conteúdo otimizado atingir as primeiras posições orgânicas, você terá criado uma teia de captação de tráfego orgânico qualificado para etapa do seu funil. Então se prepare para colocar sua estratégia de Inbound Marketing no automático, pelo menos por alguns meses.
Dentre todos os fatores que influenciam o posicionamento orgânico de uma página, os links são os de maior peso e importância. São eles que ajudarão a dar propulsão aos resultados e fazer o conteúdo produzido para cada etapa do funil chegar às primeiras posições.
Sendo assim, construa links para seu conteúdo utilizando como anchor-text (texto-âncora) as palavras-chave definidas em sua pesquisa inicial, mas não exagere na repetição desses termos em seus links: procure diversificar para evitar ser pego pelo Pinguim.
Entretanto, quando construímos links não devemos pensar apenas no link que ajudará no posicionamento orgânico, mas também no tráfego de referência qualificado que o mesmo possa gerar. Pensem no seguinte: e se o Google deixasse de existir?
Assim como no Marketing tradicional, no digital, o sucesso está no mix: invista em estratégias complementares para maximizar ou até mesmo garantir bons resultados.
CSO na agência de Marketing Digital Hedgehog Digital. Desde 2015 listado entre os top 3 SEOs do Brasil, tendo ganho o prêmio no mesmo ano. Há mais de 10 anos apaixonado por SEO, Content Marketing e Marketing Digital em geral. Já liderou mais de 100 projetos de SEO e Content Marketing em empresas no Brasil, Reino Unido e Europa.
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