Sexta-feira, 07 de agosto de 2015
A gestão da marca é mais que uma bússola que leva uma empresa ao seu objetivo, ela é uma promessa. Promessa esta que se instala em nossas mentes e corações e, contra ela é que medimos todas as nossas interações com a marca, em todos os touchpoints (pontos de contato), para o bem ou para o mal.
Na verdade, trata-se de uma série de estratégias de planejamento que ajuda aos empreendedores a definirem algumas questões essenciais com relação ao seu empreendimento, como diretrizes que guiam a gestão e o relacionamento com o mercado.
Mais que seus produtos ou serviços, a experiência e engajamento são os principais pontos para o sucesso. Hoje uma marca se destaca e é lembrada pelas percepções tangíveis e intangíveis que oferece, a mente das pessoas é seletiva e, para atrair sua atenção, é preciso despertar sentimentos. Pense na sensação do consumidor ao sair de uma loja, ou receber em sua casa um Macbook ou um Iphone. A Apple consegue despertar os sentimentos que envolvem quem consome sua marca gerando uma conexão entre empresa e cliente, fundamental para o sucesso. De forma parecida, imagine a emoção de um apaixonado por motos, ao receber a sua Harley.
Outro aspecto importante para se destacar é que não basta fazer comparações com a concorrência. Antes é preciso realizar um exercício primordial: Olhar para dentro. O mesmo cuidado direcionado aos consumidores deve ser aplicado aos colaboradores. Construir um ambiente colaborativo pode trazer respostas que às vezes os donos ou a diretoria não pensariam sozinhos. Atitudes como essas são comuns nas empresas mais “jovens”, em que as reuniões de brainstorm são comuns e de onde são geradas as melhores ideias para sanar algum problema ou criar novos produtos e serviços.
Como olhar para dentro ajuda a ir em frente, podemos perceber, entre outras coisas, que é possível investir em um novas oportunidades de negócios. A Proxis, por exemplo, atua no segmento farma há mais de 14 anos e, com esse exercício de olhar para dentro, identificamos o setor da saúde como estratégico e, lançaremos agora no 2º semestre de 2015 uma unidade de negócio, como extensão da marca, para atender empresas e pacientes no gerenciamento de doenças crônicas e raras, bem como monitoramento preditivo da saúde por um atendimento que integra todos os canais de comunicação.
O diferencial na gestão da marca está dentro da empresa, principalmente para os pequenos e médios negócios. Quem quer crescer e ocupar seu lugar no mercado terá de alinhar sua estratégia da marca a estratégia de negócios. Seu significado ainda tem sentido e é capaz de permanecer e evoluir com as novas tendências tecnológicas, mudança no hábito do consumidor, internet das coisas e o Big Data.
Para compararmos, a gestão deve funcionar como o metabolismo de uma árvore. Ela deve captar os nutrientes da raiz, transportá-los até o caule, e enfim, criar folhas e gerar frutos. Sempre considerando qualidade, inovação, beleza etc.
Mesmo empreendimentos já estabelecidos podem se beneficiar e se reinventar ao fazerem uma autoanálise com base em um diagnóstico que colha informações importantes para dar suporte na tomada de decisão.
é Presidente da Proxis e especialista na gestão de pequenas e médias empresas. Foi professor do MBA da ESPM autor do livro Quem Mexeu na Minha Vida, pela editora Elsevier, e articulista da Harvard Business Review.
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