Terça-feira, 11 de agosto de 2020
Quando iniciei no mundo do design, as coisas eram bem diferentes (não que faça tanto tempo assim). No fim dos anos 2000, o impresso ainda era o foco na maioria das faculdades de Design. Não se falava muito sobre o Digital. Com o tempo, novos cursos foram ofertados, mas era difícil se livrar da estrutura engessada que me acostumei. Mas o mundo, pequeno gafanhoto, muda constantemente.
Vamos dar um salto e pensar os dias atuais. O design e a experiência do usuário são pontos importantes quando empresas buscam inovar ou redesenhar a maneira como se posicionam. As empresas estão buscando isso há um bom tempo. E você, designer? O que tem feito para oferecer aos seus clientes essa evolução no ambiente virtual?
Você já deve ter pensado em coisas como “não sabem nada sobre design e ainda querem dar pitaco” ou “paciência se não entendeu o que eu quis mostrar”. Eu sei porque também já pensei assim e acredito que essa postura é algo impregnado na nossa profissão. Afinal, éramos o pessoal descolado que só era acionado depois que uma ideia, projeto, produto ou qualquer coisa já havia sido definida. Com o tempo, nos habituamos a ser “a mina ou o cara da arte”, além de ficarmos mais confortáveis sendo apenas um “fazedor”, alguém que manja de Photoshop. E aqui morremos aos poucos.
Lembrar-se da essência do que faz é o ponto que vai te trazer de volta ao jogo, como titular e artilheiro desse campeonato chamado vida! Afinal, você, designer, é um profissional especializado em elaborar de forma técnica e criativa projetos que atendam, nos campos de uso e percepção, materiais com informação visual, projetando isso no seu dia a dia. Cabe também a você questionar e trazer sempre uma nova solução.
A sua posição no desenvolvimento de um projeto não é mais apenas “layoutar” uma página, um app ou um post. É essencial que você tenha iniciativa e participe de todo o processo, afinal, você é responsável por mostrar visualmente a necessidade que um público tem em um produto. Como você vai fazer isso, nos dias de hoje, sendo o meio ou muitas vezes a ponta do processo?
Entenda que o momento não pede apenas domínio sobre o software X ou o app Y. Precisamos nos desconstruir como manuseadores de ferramentas e usar aquela que é a melhor de todas e insistimos em estragar: o cérebro. Costumo dizer que você não vai à casa de Leonardo Da Vinci e pergunta qual tipo de pincel ou marca de tinta ele usou. Você
olha para a tela e se emociona. Você pode usar o After Effects para criar um vídeo, como também a câmera dos Stories do Instagram.
Nós temos um mundo a desbravar. Desenhe o futuro!
ps: eu poderia ter usado gráficos ou outros elementos visuais para apoiar o meu texto, mas não. Eu quero que você, designer, leia.
Iniciou sua jornada no universo do design passando por diagramação de jornais, produção serigráfica, edição de imagens para e-commerces. Integra o time da GOGO Digital, desde o primeiro ano de vida da agência. Desde então, vem aprimorando suas experiências e comportamentos profissionais, sendo hoje co-diretor de Criação GOGO, esforçando-se para não deixar o sedentarismo tomar conta dos seus pensamentos e do seu cérebro, uma vez que já dominou o seu corpo.
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