Artigos

UX 2022: o que está sendo demandado hoje e quais os desafios

As facilidades de acessar qualquer coisa, de qualquer lugar, têm tornado o mundo cada vez mais digital, no qual as pessoas preferem resolver o que for possível por dispositivos eletrônicos. As empresas que desejam permanecer competitivas devem oferecer a melhor experiência aos seus usuários, com funcionalidades que entregam bons resultados a todos.

Alguns números sobre experiência do usuário

Segundo o site Small Biz Genius:

  • 70% dos negócios online que falham, o devem a uma má usabilidade.
  • Atualmente, apenas 55% das empresas realizam testes de UX.
  • 75% do julgamento que as pessoas fazem sobre a credibilidade de um site se dá puramente à sua estética.
  • A otimização móvel ruim incomoda 48% dos usuários.

A percepção do usuário deve ser levada em consideração

A pesquisa “The State of UX 2022”, da UserZoom, mostrou que a percepção do usuário não está sendo considerada por 45% das empresas. Elas estão falhando em integrar a pesquisa do usuário no ciclo completo de desenvolvimento de um produto, apesar dessa ser uma clara evidência de crescimento dos negócios.

Quando esses indicadores são comparados aos números das empresas que integram UX no processo de desenvolvimento de produtos, fica claro os ganhos nas métricas de negócios. Por margens de mais de 30 pontos, as equipes que consistentemente integraram na pesquisa a experiência do usuário tiveram um impacto positivo na satisfação do cliente de 50% a 80% e na percepção da marca de 45% a 76% em comparação com os que não incluíram.

É importante utilizar as métricas certas

Executivos estão medindo os resultados de UX, mas muitos deles estão usando as métricas erradas. Algumas medidas dão poucas orientações sobre como os usuários reagem às experiências e como melhorá-las, apesar da comprovação do impacto da estratégia na satisfação do cliente e nas receitas.

O que as lideranças mais avaliam são: satisfação do cliente (63%), métricas de negócios (60%) e análises de produtos/sites (51%). Essas métricas dizem pouco sobre como os usuários reagem às experiências digitais ou como melhorá-las.

Conforme a pesquisa da UserZoom, cerca de ¼ dos executivos utilizam o benchmarking UX, que é o processo de avaliação da experiência do usuário de um produto ou serviço valendo-se de métricas para medir seu desempenho.

Elas tendem a utilizar UX para investigar as questões de usabilidade e validar projetos ao invés de impulsionar a estratégia do produto ou inovação ou medir o desempenho de UX contra concorrentes.

Passar da pesquisa de UX tática para a estratégica não é algo que é feito da noite para o dia, mas isso pode ser implantado gradualmente e estabelecer as bases para uma pesquisa.

É necessário investir tempo em UX

Os principais obstáculos encontrados para uma estratégia de UX eficaz são tempo, orçamento e recursos. Segundo a pesquisa “The State of UX 2022”, os 5 principais obstáculos para UX Research são:

  • 55% – Restrições de tempo;
  • 44% – Restrições orçamentárias;
  • 44% – Restrições de recursos;
  • 34% – Dificuldade em recrutar participantes;
  • 28% – Falta de adesão das partes interessadas;

Houve aumento na demanda por UX, mas não é possível entregar resultados quando se está sobrecarregado e com recursos insuficientes.

Envolver pessoas de outros setores para trabalhar com a pesquisa em UX auxilia a estratégia

Implantar UX em outros setores é vital para o sucesso. Isso libera tempo para a equipe específica focar em iniciativas mais estratégicas e, a partir do momento que outros setores passam a trabalhar com a estratégia e entendem a sua importância, eles mesmo passam a defendê-la.

Para isso, é necessário desenvolver ferramentas que ajudem a expandir a capacidade da organização que garantam a qualidade da pesquisa que será conduzida por todas as equipes.

Além disso, é preciso incluir programas de treinamento, suporte, modelos para compilações de estudos e perguntas de triagem para garantir dados de qualidade e rigorosos procedimentos de aprovação.

A pesquisa de UX deve ser plural

Hoje, as considerações sobre diversidade, equidade e inclusão (DE&I), na prática, não são um padrão em quase metade das equipes de UX.

Para melhor entender e atender a todos os usuários, a pesquisa de UX precisa de uma rede mais ampla. É necessário um esforço para garantir a usabilidade e os testes, explorações ou pesquisa documental devem incluir usuários com origens, famílias, rendas, fases da vida, etnias, deficiências, sexos e gêneros variados.

43% dizem que diversidade, equidade e inclusão estarão entre as mais críticas tendências que afetarão a experiência do usuário nos próximos cinco anos. Isso reflete pesquisas externas de terceiros que sugerem que as empresas que abraçam a DE&I são mais bem-sucedidas do que as que não o fazem.

Como o investimento em usabilidade gera retorno para as empresas?

É perceptível a importância do UX para potencializar os resultados da sua empresa. Se deseja entender um pouco mais o quanto essa estratégia pode aumentar os ganhos do seu negócio, confira o artigo “Como o investimento em usabilidade gera retorno para as empresas?” e não negligencie a experiência do seu usuário.

Participe do principal evento de negócios do Universo Digital SAIBA MAIS | DIGITALKS EXPO

Rodrigo Neves

Bacharel em Sistemas de Informação com ênfase em Planejamento Estratégico pelo Mackenzie e MBA em Gestão de Tecnologia pela FIAP. Mais de 18 anos de experiência com tecnologias para internet e telecomunicações. CEO e Fundador da VitaminaWeb e Presidente da AnaMid.

Comentários

PUBLICIDADE