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Pix automático não deve substituir cartão de crédito, aponta Campos Neto

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O Pix se tornou um verdeiro sucesso de adesão entre os brasileiros e, apesar do seu pouco tempo no mercado, a alternativa de transações instantâneas desenvolvida pelo Banco Central (BC) cativou a população e já se consolidou como um dos meios de pagamento mais usados no país.

Dessa forma, o BC tem desenvolvido novas funções para a ferramenta, sendo uma delas o Pix automático, que permitirá o pagamento de contas recorrentes, mas que conforme o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, não substituirá o cartão de crédito.

Essa afirmação do presidente do BC se dá pela discussão crescente relacionada aos altos juros rotativos cobrados no cartão de crédito. Em novembro, Campos Neto apontou que o parcelamento de compras sem juros poderia inibir o desenvolvimento do Crédito Direto ao Consumidor com juros menores.

“A gente nunca disse que faria nada que atrapalhasse o consumo, ao contrário. Nossa preocupação é olhar para frente e pensar se esse sistema é o melhor sistema para amanhã. Se eu vejo o consumo crescendo, se eu vejo o crédito expandindo, e eu vejo que o CDC está parado, a gente se pergunta: será que é este o crescimento saudável que a gente quer daqui para frente? Acho que é uma pergunta legítima de se fazer e, se a gente chegar a conclusão que não, como é que a gente faz o endereçamento para ter uma forma mais sustentável lá na frente? Esse é o ponto”, explicou o presidente do BC em um evento na Casa JOTA.

Durante o evento, Campos Neto ainda relatou que 2023 foi um bom ano para o Brasil, já que, segundo ele, tanto o número de postos de trabalho quanto a economia registraram crescimento. Além disso, ele relata que o Congresso Nacional tem trabalhado em reformas importantes, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária. Já para o próximo ano, o presidente do BC acredita que ocorrerá uma desaceleração econômica global devido à alta de juros em diversos países.

“Os países de forma geral se endividaram muito na pandemia, então temos um desafio fiscal global que vai fazer com que 2024 tenha um foco muito importante no tema da liquidez, porque se grandes países têm muito mais dívidas com muito mais juros, vai ser preciso consumir muito mais recursos”, relata Campos Neto.

Mesmo com Pix, cartão de crédito ainda é muito popular

Mesmo que a adesão ao Pix seja impressionante, principalmente se considerarmos o pouco tempo de mercado que a ferramenta possui, o cartão de crédito ainda é a opção de pagamento predileta de muitos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o método de pagamento teve um crescimento de 24,6% somente em 2022.

Com isso, fica claro que a população tupiniquim continua recorrendo a essa ferramenta para realizar uma boa parte das compras, e pagar serviços recorrentes, desde a aquisição de alimentos em supermercados, assinaturas de serviços de streaming ou compras em e-commerce. E, percebendo essa predileção da população, até mesmo empresas do exterior que atuam por aqui, como as operadoras cassinos online, permitem ao brasileiro depositar dinheiro com seu cartão de crédito, sendo que as plataformas listadas pelo cassinos-online.com ainda oferecem algumas facilidades para quem usa o método de pagamento, como saldo extra e rodadas gratuitas.

De acordo com a pesquisa realizada pela Abecs, em 2022, os cartões movimentaram no Brasil R$ 3,31 trilhões, e desse montante, R$ 2,1 trilhões foram através dos cartões de crédito. Além disso, segundo uma pesquisa feita pelo Serasa, cerca de 19% dos brasileiros buscaram novos cartões de crédito em 2023 que oferecem novas vantagens em relação aos concorrentes.

Por conta disso, Junior Santos, CEO e Cofundador da iDtrust, companhia especializada na oferta de tecnologia para o mercado financeiro, aponta que as empresas que atuam no ramo dos cartões de crédito devem sempre se atentar à evolução deste setor.

“As empresas do setor de cartões devem buscar se desenvolver cada vez mais, e uma possibilidade é contar com os fundos de investimento para tal desenvolvimento”, relata o especialista.

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Entusiasta digital desde 1999, ajudei a desbravar a mídia digital em SC. Co-fundador do Portais Oleopoldo, PorAcaso, Aconteceu em Jaraguá e OCPNews. Atualmente sou Diretor da Linkarme.com, agência especializada em link building.

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