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Pessoas, tecnologias e processos: os fatores da transformação digital

Não se faz transformação digital apenas com base na digitalização e na automatização. É sobre o processo e o mindset.

 

Transformação digital é como utilizamos a tecnologia para entregar melhor experiência, melhor custo, melhor eficiência. O segredo do seu sucesso reside no planejamento e organização desta transição. Os diferentes setores precisam ser treinados a pensar com objetivos claros e isso passa por um alicerce construído ao longo do tempo. E é aí que é preciso se atentar à necessidade da implementação e manutenção constante da cultura interna voltada à inovação. O respeito ao fator humano, à diversidade e à multidisciplinariedade é fundamental e preponderante. Somado à tecnologia e aos processos, temos uma junção vencedora.

Estudo global da Pegasystems/Savanta com mais de 4 mil colaboradores em diferentes países, inclusive o Brasil, aponta que 42% dos entrevistados entendem que a transformação digital tornou seus trabalhos mais complexos. Por vezes, a rapidez das mudanças é maior que a capacidade de adaptação e acompanhamento. Uma das formas de evitar esta complexidade é a quebra dos chamados “silos tecnológicos“, com a adoção de sistemas que integrem as tecnologias.

Indústria 4.0 e transformação digital

Muito se fala sobre a “quarta revolução” da indústria 4.0. Se engana quem pensa que se trata, desta vez, só de tecnologia. A questão é que não se faz transformação digital apenas com base na digitalização e na automatização. Em si, a transformação digital é o processo, uma mentalidade digital que a empresa implementa (mindset). Não importa qual produto ou serviço, ele pode ser o mais analógico possível. O que interessa é que os processos utilizados na sua produção e/ou na comercialização obedeçam à lógica do mundo digital, que são das mudanças rápidas, respostas instantâneas, flexibilidade e agilidade.

Foco no cliente

Não necessariamente inovações disruptivas, melhorias podem ser muito significativas quando elas atendem às necessidades dos clientes. O que importa é a aplicabilidade que traz valor dentro de determinado ambiente.

Tendo como objetivo utilizar a tecnologia a serviço das empresas/pessoas, as molas propulsoras da transformação digital são a tecnologia em escala e a necessidade atual de comunicação instantânea para a solução de problemas. Existe até um conceito, VUCA, que é uma sigla em inglês formada pela primeira letra das palavras volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade), como forma de descrever a atualidade.

Todo o contexto global tem levado os gestores a transformar as empresas, para que estas se mantenham ágeis e competitivas. Com o surgimento de novos serviços que utilizam metodologias ágeis e novas tecnologias, as organizações os têm incorporado com a finalidade de atender às necessidades de seus clientes. Por intermédio de novas soluções, é possível atenuar ou resolver problemas tradicionais com mais praticidade e eficiência.

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gustavo saraiva

CIO/ CTO da Luft Logistics, Professor de MBA e especialista em Tecnologia, Inovação e Transformação Digital. Em 2022 foi escolhido entre os 10 melhores CTOS do mundo pelo OnCon Icon Awards.

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