Quinta-feira, 24 de novembro de 2022
A transformação digital já é uma realidade nas empresas brasileiras e foi ainda mais intensificada durante a pandemia. Segundo a Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, realizada pelo Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), a antecipação do processo de Transformação Digital durante a pandemia de COVID-19 foi o equivalente ao esperado para o período de um a quatro anos.
Neste intervalo, os modelos de negócio foram repensados, trazendo um impacto significativo para as empresas, que tiveram que se adequar e acelerar seus processos de digitalização. Os próprios prestadores de serviços precisaram se transformar e antecipar este processo de transformação, para atender as necessidades de seus clientes e do próprio mercado, que naquele momento, passava por grandes desafios.
No entanto, se boa parte das empresas já passaram pela transformação digital, alguns questionamentos ainda devem ser feitos antes de dar continuidade aos projetos, como: O que foi realizado está correto? A infraestrutura, a tecnologia contratada e o investimento estão sendo utilizados adequadamente? Há algo que pode ser ajustado ou otimizado, seja relacionado aos processos, colaboradores ou à tecnologia?
Estes ajustes, cada vez mais necessários nas companhias, tratam-se, justamente, do processo de evolução digital, o próximo passo a ser dado pelas corporações.
Evolução digital pode ser transformar ou simplesmente evoluir, sendo importante no atual ambiente, competitivo e desafiador, no qual os recursos são escassos. E, essa escassez, pode-se referir a tudo: tempo, pessoas, mão de obra, tecnologia, custo, investimento, entre outros.
Sendo assim, para evoluir digitalmente, é necessário ser cada vez mais eficiente, ter uma relação de investimento versus retorno muito grande e, mais do que nunca, não desperdiçar nada. Portanto, evoluir não é mudar o core, mas agregar valor e inovações dentro daquilo que já foi realizado, crescendo dentro do próprio ecossistema de negócios.
Em evolução, pequenas ações agregam valor para aquilo que já está sendo realizado. Especialmente em um momento desafiador neste cenário de retomada da normalidade, manter o ambiente tecnológico estável, maximizar a renda e buscar alternativas de trazer novas receitas, devem ser os direcionais das empresas.
Além disso, ao tratar de evolução digital, é fundamental avaliar o que a empresa já possui, tirar o que não serve mais naquele momento e aproveitar tudo que já foi construído para proporcionar um salto de evolução. Desta forma, algumas empresas se transformam e outras evoluem, sempre dentro da necessidade de cada negócio.
Diferentemente daquela visão que afirma que “a transformação digital vem, a empresa abandona tudo e olha para frente”, é importante salientar que na evolução, o legado, sim, importa. Portanto, isto significa não esquecer o que foi realizado na corporação incentivando a governança, otimização e eficiência, não tendo desperdícios.
O maior desafio do mundo digital é manter a inovação de maneira humana e sustentável. Neste sentido, a evolução digital nas empresas é composta por seis pilares fundamentais de sustentação, sendo eles divididos em dois grupos de três pilares cada, um com foco tecnológico e, o outro, com foco humanitário e social.
O pilar de inovação consiste em além de investir em tecnologias disruptivas, trabalhar para otimizar essas tecnologias e incentivar uma cultura inovadora. Já a automação, refere-se à melhoria dos processos da empresa, a fim de torná-los menos complexos, mais simples e escaláveis. Em relação ao pilar de segurança tecnológica, este reforça a importância de garantir a segurança dos processos durante sua modernização.
Por outro lado, os três pilares sociais da evolução digital relembram que ao investir na evolução dos processos digitais, é preciso olhar também para os aspectos humano, cultural e social da empresa, com o objetivo de manter sempre a melhor experiência de trabalho dos colaboradores e, consequentemente, um atendimento de qualidade aos clientes.
Ao abordar a humanização na evolução digital, as empresas devem se preocupar em conectar o mundo digital às pessoas dentro da organização. Ou seja, utilizar as ferramentas tecnológicas de modo a facilitar o dia a dia dos colaboradores. Além disso, a humanização também corresponde a oferecer maior qualidade de vida dentro e fora da empresa, prezando pela satisfação de todos.
Já do ponto de vista de inclusão, é preciso focar na tecnologia aliada à inclusão de pessoas. Para atingir a sustentabilidade proposta como um dos pilares da evolução digital, a empresa deve ter a consciência do desperdício zero, além de consumir menos recursos para obter resultados mais eficientes.
Considerando que cada um desses seis pilares são assuntos distintos e teoricamente de responsabilidades de setores específicos dentro de uma corporação, para que eles sejam gerenciados da melhor maneira, é preciso assertividade na governança digital, a fim de coordenar toda a estratégia de evolução digital da companhia, para que ela funcione em cada pilar de maneira homogênea.
Desta forma, para que essa estratégia de governança na evolução digital seja de fato assertiva, é importante que haja investimentos, tecnologias, pessoas e, principalmente, capacitação. Além disso, é necessário que cada corporação modernize e transforme seu ecossistema de parceiros, que complementam os serviços do ponto de vista de conhecimento para que esses fundamentos sejam entregues e os negócios sejam cada vez mais alavancados.
Executivo com 20 anos de carreira nos setores de Tecnologia em Nuvem, Enterprise, Varejo e Canais de Distribuição no Brasil. Tem grande experiência na venda de soluções em nuvem, SaaS, Paas e IaaS, com Nível de Serviço Gerenciado, com foco em redução de custos e aumento de produtividade.
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