Segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Nos piores dias da pandemia de Covid-19, as transmissões ao vivo assumiram o protagonismo da maneira com a qual consumimos conteúdo. Diferentemente do que alguns acreditavam, o formato se mantém forte mesmo após o fim das medidas restritivas.
Segundo o estudo State of Streaming, da Conviva, o mercado de streamings cresceu 21% no último ano. Seja para produtores de conteúdo ou os mercados corporativo e de eventos, esta tecnologia possui diversas aplicações.
O que está no horizonte das transmissões ao vivo? Para nós aqui da IOXtream, essas serão as tendências das lives para 2023 são:
Foi-se o tempo em que os podcasts eram programas em áudio. Hoje, os criadores de conteúdo aproveitam para fazer a transmissão ao vivo do conteúdo em vídeo – e o público ama.
Durante as eleições, o Flow convidou o candidato Lula (PT) para uma entrevista ao vivo. Com 1,1 milhão de visualizações simultâneas, o programa foi recordista de audiência – batendo o recorde de seu concorrente Jair Bolsonaro (PL), que era de 550 mil espectadores no mesmo programa.
Ou seja: há muito interesse neste tipo de conteúdo. E a tendência é que a ascensão continue, podendo ser aplicada em todos os nichos – seja entretenimento, e-commerce e até comunicação corporativa.
Fazer um evento presencial ou digital? Que tal uma abordagem que une o melhor de cada? Estes são os eventos híbridos, com participantes à distância e presencialmente. Claro, para se aplicar à definição é necessário que ele seja pensado a fim de explorar a tecnologia.
Segundo estudo da VM Consultoria e da SSK Análises, a tendência é que este formato cresça. Afinal, 83% dos organizadores de eventos pretendem usá-lo – com 76% dos respondentes acreditando que os eventos híbridos são o formato do mercado.
Seja para congressos, festivais, convenções de vendas e até educação, o modelo híbrido pode ser aplicado em qualquer nicho. Além disso, permite redução de custos e maximização dos ganhos – ou seja, é rentável.
Surgido na China antes da pandemia de Covid-19, o Live Commerce é uma potencial mina de ouro. Segundo a consultoria ChoZan, o segmento tem faturamento de US$ 123 bilhões no país que foi seu berço.
Durante os dias de lockdown, a novidade se estabeleceu nos outros países. No Brasil, por exemplo, gigantes como Americanas e Magazine Luíza aderiram à ideia de usar transmissões ao vivo para venderem produtos.
E isso continuará em 2023, com a intensificação do uso de plataformas de transmissão ao vivo para a venda de produtos. Seja com soluções dedicadas ao Live Commerce como Mimo, Alive e Stream Shop ou plataformas como YouTube e Twitch.
Com a popularização do TikTok, o consumo de conteúdos digitais foi revolucionado. Não à toa, vídeos curtos se popularizaram e as outras plataformas passaram a se adaptar. Por exemplo, a criação dos Reels no Instagram.
Segundo estudo da Restream, 60% dos vídeos publicados na internet possuem menos de dois minutos. Com a grande disponibilidade de conteúdos digitais, torna- se cada vez mais importante ser assertivo e – menos é mais. Isso se traduzirá nas transmissões ao vivo, que precisarão focar em agregar valor e reter a atenção com menos tempo.
Com a necessidade de realizar eventos remotos durante a pandemia, o mercado precisou se adaptar à realidade de ter cada participante em uma localidade diferente. A solução foi o uso de ferramentas de videoconferência, colocando todos os participantes na mesma sala e transmitindo ao vivo.
Hoje já é possível reunir todos os participantes no mesmo estúdio de maneira segura. No entanto, esta tecnologia ainda pode ser usada em lives – por exemplo, para reduzir custos na participação de pessoas em um evento. Desta forma, adicionando praticidade à live.
Quando Mark Zuckerberg anunciou o conceito de metaverso e que direcionaria todos seus esforços para trazê-lo à realidade, muitos se empolgaram. Segundo estudo da Grayscale, a expectativa é que o investimento nesta inovação atinja US$ 1 trilhão até 2025.
Tem até show sendo realizado no metaverso. Artistas como Ariana Grande, Travis Scott e BTS já tocaram em eventos no Fortnite, enquanto a Natura convidou artistas como Gloria Groove e Tropkillaz para o Festival do Lado, no GTA RP.
Além disso, a Chilli Beans chegou até a apostar numa experiência imersiva no metaverso, com patrocinadores, atrações e até loja virtual. Ou seja: o importante é saber usar a criatividade para explorar o metaverso – porque a tendência veio para ficar.
Não faltam maneiras de ter receita com transmissões ao vivo. Seja com inscrições, doações, vendas de produtos, patrocínios e conteúdo sob demanda, cada produtor de conteúdo pode escolher o modelo que parecer mais atrativo.
No entanto, a principal tendência no que diz respeito à monetização é outra: os criptoativos. Com valor de mercado de US$ 1 trilhão, as criptomoedas são cada vez mais usadas como método de pagamento – seja pelo Google, em estabelecimentos e até nas lives.
A Twitch já cantou a bola testando a funcionalidade recentemente. Outras ferramentas estão começando a olhar para os criptativos para monetização – afinal, é um mercado que só tende a crescer e quem não embarcar na onda pode se arrepender.
Em 2023, o universo das transmissões ao vivo continuará com o potencial imaginado durante o período pandêmico. Seja com a diversificação de formatos, novas opções de monetização e plataformas, a regra é explorar a criatividade para engajar o público – já não é mais um diferencial, mas sim um pré-requisito.
CEO e fundador da IOXtream, plataforma que oferece experiências imersivas e monetização com criptoativos sem intermediários e taxas. Sonhador, é especialista em descentralização de negócios, NFTs, IoT, SaaS e Web3. Formado em Comunicação e Marketing na ESPM, também é diretor executivo da L4U - LOADING FOR YOU e diretor de startups da ESPM Angels.
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