A chegada do iOS 9 aos dispositivos da Apple vem causando comoção na mídia, principalmente porque uma mudança em específico passou a preocupar marcas, agências publicitárias e publishers. A nova versão do software traz a possibilidade de anúncios mobile serem bloqueados no navegador padrão, o Safari, a partir de aplicativos disponíveis na App Store. Apenas após um dia do anúncio da atualização do sistema operacional, os ad blockers atingiram o topo da App Store, o que estimulou o debate sobre a necessidade de reformular como se anuncia no mobile.

A preocupação com o possível encerramento da publicidade mobile, porém, é infundada. A revolução na maneira de anunciar ocorreu antes, quando os aplicativos passaram a substituir o browser e, portanto, se tornaram o foco dos anunciantes. O uso de aplicativos melhora a experiência do usuário, personalizando a maneira como conteúdos específicos irão se comportar na plataforma mobile. Raramente alguém utiliza serviços como Facebook, Twitter e Youtube através de navegadores, porque a experiência se torna mais lenta e de menor qualidade.

“O uso de aplicativos significa 90% da atividade em dispositivos móveis”

“A publicidade em Apps é notadamente mais efetiva que na mobile-web”, afirma André Ferraz, CEO da In Loco Media. Segundo ele, isso ocorre porque as segmentações em mobile Apps são muito mais assertivas, pelo fato de eles terem mais acesso a dados do dispositivo móvel do que os sites mobile, sendo a geolocalização uma delas. As segmentações por serem mais assertivas resultam em muito mais relevância para o consumidor, além de mais resultado para o anunciante. Além disso, a visibilidade dos anúncios nos aplicativos é muito mais garantida, e ainda possibilita explorar mais interatividade nas peças publicitárias.

O uso de aplicativos significa 90% da atividade em dispositivos móveis, de acordo com um relatório recente do Flurry. Isso significa que, com a ascensão dos ad blockers e a diminuição da publicidade na web, a tendência é que finalmente as atenções sejam voltadas para o investimento em mobile apps, que é onde de fato está a maior audiência para a publicidade.