Segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
O ano de 2016 deve apresentar poucas mudanças. As maiores possibilidades de transformação estão no share entre os meios. Aí, podemos enxergar duas vertentes muito diferentes possíveis para 2016. A primeira e de muito maior probabilidade é a manutenção da tendência dos últimos anos. Alguns crescerão (internet, com certeza) e outros ainda perderão investimentos (meio jornal, por exemplo). O outro cenário é improvável, mas provocaria sensíveis mudanças na distribuição do share.
Antes de entrar nele relatarei algo que presenciei recentemente. No começo do ano estive no salão de cabeleireiros. Duas manicures estavam conversando, sendo que uma tinha por volta de 40 anos e outra aparentava ter cerca de 20. Ambas passaram o réveillon na praia, em lugares diferentes e começaram a falar que, infelizmente, pegaram muita chuva. As duas fizeram o mesmíssimo comentário: a grande diversão delas foi assistir Netflix pelo celular!
Optei por lhes contar essa pequena passagem para facilitar minha análise objetiva e direta. Mobile não é tendência, pois virou realidade no último ano. Vídeo é realidade há mais tempo ainda! Nesse mesmo raciocínio, a internet seria “jurássica”. O consumidor e os hábitos de consumo estão mudando muito rapidamente. O mundo sabe disso. Estudamos os millennials exaustivamente e somos capazes de falar quase absolutamente tudo sobre o comportamento deles. Os últimos nativos dessa geração acabaram de atingir a maioridade. Portanto, toda essa população está no momento de ápice do consumo, inclusive dos meios, e de influência junto ao seu grupo social. Porém, a distribuição de budgets na indústria da propaganda ainda não reflete o quadro que estamos vivendo.
Diante do histórico e do cenário econômico atual, creio em um ano estável, considerando os investimentos publicitários. Poderemos ver um leve crescimento graças às Olimpíadas, que acontecerão no Rio de Janeiro. Não haverá grandes surpresas ou oscilações. Em algum momento, provavelmente teremos mudanças bem mais drásticas no share, mas, por enquanto, ao menos em 2016, entendo que acompanharemos simplesmente as tendências dos últimos anos. Quem está crescendo segue e quem está perdendo encolhe se não reagir!
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