Terça-feira, 21 de junho de 2022
O metaverso é sim uma realidade e chegou com tudo, se tornando um dos assuntos mais comentados no mundo todo. Segundo uma pesquisa recente do Instituto Kantar Ibope Media, 4,9 milhões de brasileiros já transitam por alguma versão do metaverso – equivalente a 6% das pessoas com acesso à internet.
Não consegue imaginar como isso se dá na prática? Vejamos o exemplo recente da Justiça do Trabalho em Mato Grosso, que inaugurou um ambiente totalmente digital. Já não é mais preciso estar na Vara do Trabalho da cidade de Colider para fazer uma audiência, afinal, ela está no metaverso. O ambiente virtual permite que, de qualquer lugar do mundo, avatares acessem a recepção e cheguem à sala de audiência, onde encontra a juíza da Vara. A ideia é que, com o tempo, audiências sejam feitas de forma virtual, sem a necessidade de deslocamento e real confronto das partes. Incrível, não é mesmo?
Mas pensemos agora em um exemplo mais simples, corriqueiro e que, de fato, já acontecem. Ao utilizar um aplicativo de realidade aumentada (RA), é possível tirar uma foto do ambiente e posicionar um determinado elemento no espaço para visualizar a apresentação do local. Quer saber como aquele vaso que está no site da loja ficaria em cima da sua mesa? Não precisa nem sair de casa. O cenário é projetado bem na sua frente e pode ser visto rapidamente.
O metaverso não só agiliza todo esse processo de compra como também deixa as pessoas mais satisfeitas por escolhas mais assertivas.
O mundo das artes também já entrou nisso. Se você é de São Paulo, ou passou pela capital paulista no primeiro semestre de 2022, deve ter visto a exposição imersiva Beyond Van Gogh, – uma instalação com projeções de vídeo feitas para criar uma viagem sensorial por cerca de 300 obras-primas do pintor holandês. Por incrível que pareça, a exposição, que já passou por diversas cidades dos Estados Unidos, pelo Canadá, Chile e Porto Rico, e foi vista por 10 milhões de pessoas, não conta com nenhum quadro original. É a nova realidade já mostrando para o que veio.
Já no mundo corporativo, as iniciativas também não param. A criação de ambientes de trabalho virtuais, nos quais equipes inteiras podem fazer reuniões, treinamentos, desenvolver projetos e realizar onboarding de novos funcionários, como se todos estivessem juntos em uma mesma sala, de certa forma, também já é realidade. Mas, dentro do contexto do metaverso, a prática vem sendo aprimorada para melhorar a experiência imersiva.
Pense, por exemplo, em soluções que permitam que os funcionários vistam óculos de realidade virtual e sejam transportados diretamente para uma sala de treinamento. Nesta sala, cada pessoa é representada por um avatar e pode interagir com as outras ou máquinas presentes no espaço. Algumas empresas estão criando esses espaços de aprendizagem imersivos, onde participantes e instrutores estão interagindo uns com os outros com os seus avatares.
As farmacêuticas Pfizer, Novartis e Bristol Myers Squibb, por exemplo, são algumas das empresas que estão usando essa tecnologia para praticar habilidades essenciais, voltadas a salvar vida dos pacientes, em laboratórios de realidade virtual seguros.
Parece que estamos em um filme futurista, não é mesmo? O fato é que, por mais céticos que ainda sejamos sobre isso, o metaverso é o próximo estágio da internet e já está aqui.
A indústria de games foi a mais rápida em explorar suas habilidades, mas já é possível entender que, em breve, o metaverso encontrará seu caminho em outras áreas e segmentos.
Espera-se que, neste contexto, o e-Learning se beneficie muito desta nova realidade, usando recursos imersivos para tornar os ambientes virtuais de aprendizado mais realistas e o próprio aprendizado mais envolvente e experimental.
Embora neste momento possamos apenas imaginar o que o futuro realmente reserva, será incrível assistir às mudanças, de pertinho, à medida que elas acontecem.
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Administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos. É especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais e agora CEO da NextGen Learning.
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