Segunda-feira, 05 de dezembro de 2022
A palavra startup significa o ato de começar algo. Segundo informações da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o Brasil já conta com mais de 13,2 mil empresas nesse modelo que começaram do zero, distribuídas em 634 cidades. No entanto, esse termo é muito mais amplo, já que as soluções propostas são novas, mas miram na resolução de problemas antigos.
Independentemente do setor de atuação da startup, trata-se de uma empresa que, por meio de uma ideia inovadora, resolve dores crônicas do mercado e dos consumidores. É uma organização que tem um modelo de negócio criado em um cenário de incertezas, porém deve se consagrar inovadora, escalável e rentável. O número de negócios seguindo essas premissas cresce mais a cada dia. Mas é preciso muito trabalho e dedicação para realmente entregar caminhos novos para demandas antigas.
Para entrar nesse universo sem se aventurar, o planejamento é a chave do negócio. Quem está iniciando deve identificar um problema real para sua solução ser aderente. Sua hipótese vai, de fato, resolver o desafio do seu público?
Um bom planejamento aponta justamente os caminhos para garantir essa estruturação, viabilizando a gestão de tempo das atividades de forma adequada, com previsão para ações corretivas, distribuição e alocação dos recursos, além de mitigação dos stakeholders que atuam de maneira potencialmente negativa, gestão financeira, previsão de caixa e novas rodadas de investimentos. É essa gama de ações que vai proporcionar segurança para a empresa e para todos os envolvidos no processo.
Para formatar esse plano é preciso investir em uma boa equipe, ter indicadores claros do seu segmento para mapear as tendências e os investimentos e, assim, estruturar um bom valuation no futuro. Outra dica é investir em boas parcerias – alternativa eficiente para cortar caminho para o sucesso – garantindo redução de tempo, melhoria da resolução de problemas complexos, decisões mais assertivas, aprendizagem, melhoria na comunicação e estímulo à inovação.
Com o apoio de uma venture builder, por exemplo, a startup evita o crescimento de forma caótica, já que pode encapsular inteligência de mercado setorial e boas práticas, lançando mão de metodologias mais eficientes para o processo de desenvolvimento, além do forte apoio na captação de recursos e de novos clientes.
O fato é que a evolução das startups funciona em ciclos. Apesar da queda de 44% na captação de investimentos do segmento no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2021, o quadro não significa decadência, pois esse processo não se dá em linha reta.
Atualmente, com a retomada econômica pós-pandemia, a tendência é a virada dessa chave e o retorno dos investimentos. Agora chegou o momento de mais impulso, maior movimentação e fomento em 2023. Esses próximos meses devem abrir o caminho para o consequente novo boom de startups que presenciaremos nos próximos anos, seguindo a curva de subida desse ciclo natural.
Independentemente do cenário em que a empresa atua e dos contextos externos, a dica é sempre se planejar, reinventar-se e criar diferenciais competitivos. Cenários adversos podem ser vistos como crise ou oportunidade.
CEO da Dome Ventures, Corporate Venture Builder focada em Startups Govtech. Sócio-Consultor da Factta Consultoria, Estratégia e Competitividade, foi Fundador e CEO da Broomy Tecnologia durante mais de quatro anos, aplicativo de limpeza residencial que atuou em cinco Estados do Nordeste. Foi Professor Universitário da Laureate International Universities e da FOCCA - Faculdade de Olinda. Possui Mestrado em Management of Technology pela ESIEE Paris, é formado em Gestão de Projetos pela University of California e tem graduação em Sistemas de Informação pela Faculdade Integrada do Recife. Também é certificado como Pesquisador em Administração pela International University of Monaco. Foi Jurado do Startup in School Google Brasil em 2019.
Comentários