Quarta-feira, 09 de novembro de 2022
Metaverso é um tema que vem ganhando grande foco em diversos ambientes, principalmente o empresarial. Fato é que há a estimativa de que o metaverso pode alcançar o valor de US$ 5 trilhões até 2030, segundo relatório da consultoria McKinsey. Só em 2021, os investimentos no mundo virtual somaram US$ 13 bilhões e em 2022 já são mais de US$ 120 bilhões — um aumento de mais de 820%.
São grandes as movimentações relacionadas a esse mercado envolvendo internet de última geração, fones de ouvido de Realidade Virtual (VR), feedback háptico avançado – capaz de promover a sensação táctil -, ferramentas de modelagem 3D e outras tecnologias para alimentar ambientes digitais imersivos. Tudo para que os usuários possam ter a sensação de viver experiências dentro desse universo.
Mas, o que significa metaverso? O termo tem vários significados. Muitos consideram como um ambiente onde os seres humanos poderiam interagir tanto social quanto economicamente através de avatares no ciberespaço, o que funciona como um reflexo do mundo real, mas sem suas limitações físicas.
Mas além desses termos técnicos considero o metaverso como uma parte da evolução tecnológica e da internet, algo parecido como as evoluções das redes sociais e de comunicação, como o próprio 5G. Uma das consequências da citada evolução tecnológica é que a linha entre o mundo real e o virtual é cada vez mais difusa. As redes sociais invadem nosso cotidiano e passamos várias horas nas mesmas, interagindo com outras pessoas. Chegamos inclusive a nos submergir nos videogames graças à realidade virtual ou a inserir elementos virtuais no mundo real através da realidade aumentada.
Para as empresas, essa novidade também é relevante, sendo que o metaverso proporcionará uma experiência imersiva, capaz de envolver muitas pessoas ao mesmo tempo, criando desejo de consumo online e físico, vínculo emocional e mesmo sensações físicas. A oportunidade de viver experiências será cada vez mais frequente e necessária para as marcas, como por exemplo provar uma roupa digitalmente ou assistir a um desfile de moda como se estivesse presente.
Ter sua marca nesse novo ambiente será vital; hoje, grandes empresas como Amazon, Nike e Adidas chegam a faturar cerca de 125 milhões de Reais (no último ano) comercializando NFTs.
Algumas empresas já estão criando seu próprio metaverso como é o caso do Facebook, que é o case mais famoso e mudou seu nome para Meta, mas outras empresas já estão migrando para essa nova evolução. Posso citar que algumas grandes marcas, além das citadas acima, que também estão apostando no metaverso no e-commerce como um aliado de vendas multicanal. A expectativa é que a tecnologia crie ambientes virtuais de centros comerciais, onde os consumidores poderão testar e experimentar produtos, escolhendo quais querem comprar.
Atualmente as marcas já empregam experiências mais imersivas, que envolvem o uso de realidade virtual ou realidade aumentada. Um exemplo são os provadores virtuais de roupas ou óculos. Através desses ambientes virtuais, é possível experimentar produtos de uma maneira mais realista, em 2D ou 3D, melhorando a experiência de compra.
Hoje, existem algumas maneiras de investir no metaverso e obter retorno financeiro com essa nova realidade:
Os terrenos virtuais já estão sendo comercializados e podem ser investimentos bastante rentáveis, alguns chegando a ser vendidos por milhões de dólares.
As criptomoedas são o ativo mais popular do metaverso e já têm um mercado financeiro amplo em funcionamento. Atualmente, existem mais de 4 mil moedas digitais diferentes em circulação.
Já existem fundos de investimentos especializados em ativos do metaverso como criptomoedas, terrenos virtuais e NFTs. Ao investir em cotas desses fundos, você ganha o direito à participação nos resultados (positivos ou negativos) e conta com a gestão de um profissional do mercado financeiro.
Largar na frente é essencial para que sua empresa consiga se consolidar no mercado. Estar presente onde seu público consumirá é vital para a sobrevivência do seu negócio. Temos alguns exemplos de empresas que demoraram, ou não migraram, para o mundo digital e acabaram sumindo ou deixando de existir como a Kodak, Blockbuster entre outros. Independentemente do tamanho do business, é possível perceber que regras que orientavam negócios antigamente não são mais aplicáveis num mundo digital. Então, é preciso ficar alerta para que você sua empresa não fique para trás.
Pós-graduado em Marketing Digital e redes sociais pela Universidade Municipal de São Caetano (SP) e graduado em Publicidade e Propaganda. CEO da agência Marketing Link3 onde é responsável pela coordenação de marketing, tanto na parte on, com gestão e controle de campanhas, monitoramento e métricas de marketing digital e mídias pagas.
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