Quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
O ano de 2015 já começou como previsto pelos especialistas e, no cenário econômico, uma série de medidas e ajustes fiscais já afetam a vida e o bolso dos brasileiros.
Diante deste ambiente instável e incerto, contar com a melhor compreensão sobre o comportamento dos consumidores é ainda mais crucial para a tomada de decisão. Não há espaço para erros ou testes. Resultado, ou melhor, conversão é a palavra de ordem no e-commerce e, para ajudar os gestores neste desafio, a TNS realizou o estudo Connected Life que revela o comportamento dos consumidores digitais em todo o mundo. Para detectar tendências e oportunidades entrevistou 56 mil pessoas em 52 países.
No Brasil, uma das principais conclusões aponta para o público feminino: as mulheres gastam mais de 6 horas diárias em aparelhos como celular, PC e tablets, enquanto os homens gastam 5 horas. Apenas no celular, as mulheres gastam 3 horas e 40 minutos diários.
O estudo também classificou os consumidores digitais em quatro grandes grupos: functionals, observers, connectors, leaders. Em nosso país, as mulheres pertencem ao perfilconnectors que compõe 12% da amostra. Este perfil é forte consumidor de mídia social e o envolvimento digital é parte importante de suas vidas.
Os connectors são em sua maioria jovens, entre 16 e 24 anos. Possuem menos aparelhos, logo são bem mais dependentes do celular: são “heavy users”, abertos a marcas, gostam de assistir a vídeos e interagir com redes sociais. Sites e aplicativos de comparação de preços são apenas alguns dos recursos mais utilizados para mapear ofertas e promoções.
A tendência é que o público feminino intensifique ainda mais a sua presença no ambiente digital, sobretudo em categorias como viagens, tecnologia e cuidados pessoais.
De acordo com a E-bit, o e-commerce do Brasil movimentou R$ 35,8 bilhões em 2014, cresceu 24%, em relação a 2013, quando o faturamento chegou a R$ 28,8 bilhões. Para potencializar este negócio, no entanto, é necessário que as estratégias de marketing sejam adaptadas às necessidades específicas da categoria de produto ou serviço, por exemplo: marcas de viagens devem focar em aspectos divertidos e questões aspiracionais. Já cuidados pessoais devem se concentrar em exclusividade do produto. O setor financeiro, por sua vez, deve fornecer atendimento online para clientes.
Ir além da inserção de informações de produtos é crucial. É essencial assegurar que o conteúdo contribua para a economia de tempo e dinheiro, por exemplo. Para impulsionar as vendas, fornecer descontos e garantias de produtos são elementos importantes detectados pelo estudo.
Apesar desta evolução, em geral, a pesquisa detectou que as marcas devem focar em pontos de contato off-line e em lojas físicas para ativação dos compradores, mas é bem provável que, nos próximos anos, o cenário seja outro.
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