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[VTEXDAY] Como alinhar uma cultura para construir um time com foco em resultados

Entenda quais são as novas regras para a gestão de equipes no processo de transformação digital

 

Por Bianca Borges*

A transformação digital vai muito além da implantação da tecnologia em uma empresa, envolve mudança de mindset, de processos e requer a adaptação das pessoas que trabalham na organização. Esse último quesito, que se refere às pessoas e que tende a ser um dos mais difíceis de ser colocado em prática, foi um dos temas debatidos ontem, 30 de maio, durante o VTEXDAY 2019.

Amure Pinho, Presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) mediou um debate entre Alfredo Soares, Head Global SMB na VTEX e Bruno Nardon, Sócio e Co-Fundador Gestão 4.0, Rappi Brasil e Kanui no qual os profissionais compartilharam um pouco das suas experiências como gestores de equipes que passaram pela transformação digital.

Foto: Palco do debate sobre transformação no VTEXDAY
Debate entre Alfredo Soares e Bruno Nardon, com mediação de Amure Pinho no palco do VTEXDAY 2019.

 

Transparência e clareza: duas exigências da transformação digital

De acordo com Alfredo Soares, Head Global SMB na VTEX, o segredo para a adequação das empresas à nova realidade dos negócios é ter na sua equipe “pessoas diferentes, mas com o mesmo objetivo e transparência”.

Além disso, ele defendeu a clareza como o maior poder do ser humano. “Quando você sabe exatamente o que tem que fazer, você acaba tendo mais poder. O líder precisa construir essa transparência e saber extrair melhor isso dos funcionários”, indicou.

 

O verdadeiro papel do líder

“Aqui no Brasil, a gente tem a cultura do líder mandar, mas eu sou totalmente contra isso”, ressaltou Bruno Nardon, Sócio e Co-Fundador Gestão 4.0, Rappi Brasil e Kanui.

Segundo Nardon, a função do líder é se tornar dispensável para empresa. Ele explicou:

O líder precisa conseguir criar processos, contratar pessoas boas, implantar sistemas confiáveis para, com tudo isso, ter tempo de pensar e analisar os resultados. [O líder] também precisa pensar em como ele pode destruir a própria empresa para qual trabalha ou é dono, dessa forma, ele ou ela pode ter ideias inovadoras e evitar futuros problemas”.

Também faz parte das tarefas do gestor de uma organização ser capaz de enxergar as qualidades dos funcionários e estimular sua evolução como ressaltou Soares. “O líder, na minha visão, precisa inspirar as pessoas e extrair a melhor versão delas. A melhor palavra-chave para definir um líder é: direcionar. Ele precisa direcionar as pessoas da maneira certa para que elas encontrem o seu caminho”.

 

A importância do processo de onboarding

Durante o debate, veio à tona o fato que de muitas empresas contratam, mas logo acabam demitindo o funcionário, ou mesmo o próprio colaborador não se adapta ao trabalho e pede o desligamento da organização muito cedo. Isso acontece, em muitos casos, porque o processo de onboarding, ou seja, integrar os colaboradores recém-chegados na cultura da empresa, não foi feito.

De acordo com Soares, Head Global SMB na VTEX, às vezes, os próprios líderes acabam sabotando as pessoas que eles mesmos escolheram para trabalhar em suas equipes.

“Nós, gestores, só cobramos metas, mas esquecemos de deixar claro para o novo colaborador por qual momento a empresa está passando. Alinhar o interesse da empresa com a expectativa do colaborador é um bom método para reter talentos”, comentou Soares.

Qualquer funcionário de uma empresa precisa ser inserido na cultura organizacional da mesma para poder trazer resultados mais efetivos e se tornar mais produtivo para a companhia.

 

Gestão Horizontal

A gestão horizontal, que fornece autonomia aos funcionários para tomarem suas próprias decisões, também foi um tópico discutido durante o debate. Para o Sócio e Co-Fundador Gestão 4.0, Rappi Brasil e Kanui, o colaborador precisa se sentir como um dos donos do negócio.

“Só assim ela vai ter mais autonomia e melhorar o seu desempenho. Além disso, eu acredito que ter uma rotina de reuniões, por exemplo, faz muito mais sentido do que estipular diversos KPIs e metas”, salientou Nardon.

Soares também é a favor da gestão horizontal e completou o pensamento:

“Em uma empresa 4.0 o poder é horizontal. O estagiário não terá a mesma autonomia de decisão que um diretor, mas ele tem a liberdade de comunicação. Ele deve poder chegar até o gestor e dar sugestões, opinar e contestar as estratégias”.

Em reação a autonomia dos colaboradores, Nardon destacou:

“Se você não der autonomia e as ferramentas corretas paras as pessoas tomarem decisões e, às vezes, errarem e aprenderem com esses erros, ninguém vai se desenvolver e a empresa vai permanecer estagnada.”.

 

Mais algumas dicas…

Então, para encerrar o bate-papo, Amure Pinho, Presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e mediador da conversa no VTEXDAY, pediu que os convidados dessem um conselho aos líderes que querem ter sucesso no processo da transformação digital com suas equipes.

“É melhor feito do que perfeito”, essa fala simples e direta de Alfredo Soares, Head Global SMB na VTEX, evidencia que as empresas precisam perder o medo de errar e colocar suas ideias mais inovadoras em prática.

“Cuide bem do seu time, tenha certeza que eles gostam de trabalhar na sua empresa e que eles têm as ferramentas corretas”. Essa foi a dica do Sócio e Co-Fundador Gestão 4.0, Rappi Brasil e Kanui, Bruno Nardon, que salientou a importância dos líderes se preocuparem e darem todo o suporte necessário para os seus colaboradores.

Por fim, com essas dicas você já pode começar a construir uma equipe focada em resultados e seguir em frente com o processo de transformação digital da sua empresa ?

*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos, mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.

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